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Acre

Açudes abertos pelo governo do Acre secam na reserva Chico Mendes

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Açude aberto pelo governo do Acre com dinheiro do governo alemão

Má execução e falhas nas obras para fomentar a criação de peixes dentro da Reserva Extrativista Chico Mendes, no município de Xapuri (AC), inviabilizaram 90% dos 54 açudes cavados entre 2014 e 2015 pelo governo do Acre, com verba de um banco alemão.
O resultado são tanques vazios que formam crateras no meio da unidade, igarapés que tiveram seus cursos alterados, floresta desmatada e risco de erosão por desobediência a padrões técnicos durante as escavação dos tanques. A reserva foi idealizada pelo ex-líder seringueiro Chico Mendes.

Os açudes têm 400 m2 em média –o equivalente a 3 campos de futebol. Foram construídos por uma empresa contratada pelo governo. O valor, de R$ 600 mil, foi custeado pelo banco alemão KFW e repassado para o governo do Acre.
A abertura dos açudes acabou por agravar impactos dentro da reserva. A pecuária e a extração ilegal de madeira são atividades que exercem pressão sobre a área.

A Folha teve acesso ao estudo que aponta as falhas nas escavações e os danos causados dentro da unidade. O relatório foi elaborado em junho de 2015 pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, responsável por gerenciar as unidades de conservação no país.

Pelo estudo, parte dos tanques secou por não ter ocorrido a correta compactação e permebealização do solo. A vistoria técnica do ICMBio apontou falhas nas estruturas das barragens, o que poderia provocar na inundação das áreas no entorno. Onde os açudes não secaram, a criação de peixes ficou comprometida pela baixa qualidade da água.

“Sua construção não seguiu os padrões recomendados para um tanque de boa qualidade. Cerca de 90% estão com a estrutura comprometida”, diz o documento do ICMBio. “A falta de fiscalização e assistência técnica fizeram com que os tanques fossem construídos de forma irregular, prejudicando o produtor”.

Segundo o documento, 16 deles foram construídos em áreas de proteção permanente, como margens de igarapés e até mesmo sobre “olho d’água” -que são as nascentes de mananciais, o que é proibido pela legislação ambiental.

OUTRO LADO

Segundo Sebastião Pereira, presidente da Amoprex, os tanques foram construídos por empresa contratada pelo governo, com os pagamentos dos serviços feitos pela associação. Ele nega que os açudes estejam secos. “Dos 54 tanques que temos só seis hoje não estão ‘segurando água’ [que secaram]”, diz Pereira.

A chefe da Resex Chico Mendes, Cristina da Silva, afirma que o ICMBio mantém o posicionamento do relatório. Segundo ela, a terceirização das obras não tira a responsabilidade do Estado, que deveria ter feito o monitoramento técnico e a fiscalização.

O KFW afirma que os recursos foram repassados para o governo como compensação pela redução do desmatamento da floresta em outras áreas do Estado. O banco alemão diz que apurará as possíveis irregularidades na aplicação do financiamento. O governo do Acre foi procurado, mas não se manifestou.

Fabio Pontes

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Acre

Acre tem uma das maiores taxas de casos de malária e registra mais de 5 mil em 2023

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Acre está entre os estados com as maiores taxas de malária e representou 3,9% do total de números de casos da doença registrados na região amazônica

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Acre

Caminhão carregado de farinha cai em rio e bombeiros fazem resgate a 15 metros de profundidade

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O Corpo de Bombeiros realizou na última semana o resgate de um caminhão carregado de farinha que caiu dentro do Rio Juruá, na cidade de Porto Walter.

O veículo, avaliado em cerca de R$ 100 mil estava carregado com 180 sacas de farinha e ao tentar descer a rampa de acesso à balsa, para descarregar a carga, perdeu os freios e caiu dentro do rio.

O veículo ficou a 15 metros de profundidade da superfície/ Foto: Corpo de Bombeiros

Os mergulhadores do Corpo de Bombeiros realizaram diversos mergulhos para fazer as amarrações necessárias para retirar o caminhão, que ficou a cerca de 15 metros de profundidade da superfície.

Os trabalhos de resgate duraram 14 horas e com o apoio de máquinas pesadas e de moradores da região, a equipe conseguiu retirar o caminhão do fundo do rio.

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Acre

Vereador João Marcos Luz rebate críticas a gestão municipal

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Durante a sessão na Câmara Municipal de Rio Branco, realizada na quarta-feira, 24, o vereador João Marcos Luz, líder do prefeito Tião Bocalom, utilizou a tribuna para rebater as declarações feitas pelo vereador Fábio Araújo em relação à gestão municipal.

“No início deste ano, por ser ano eleitoral, obviamente o debate político vai ser prioridade, porque o que nós queremos é alertar o cidadão de Rio Branco das mentiras propagadas durante 20 anos, que hoje o vereador Fábio Araújo representa aqui nesta casa.”

O vereador fez críticas ao partido de Araújo e também refutou a acusação de que o prefeito prometeu asfaltar todas as ruas da cidade, declarando que o programa em questão se chama “Asfalta Rio Branco”, e não teve promessas exageradas. “O prefeito Bocalom criou com o apoio desta casa aqui o programa asfalta Rio Branco, o nome do programa é asfalta Rio Branco, em nenhum momento ele disse vou asfaltar todas as ruas de Rio Branco, o vereador Fábio veio aqui mentir.”

Luz declarou sobre a gravidade dos problemas enfrentados pela cidade, como a insegurança e o desemprego, e criticou a oposição usando como justificativa a falta de conteúdo dela, que, segundo ele, se limita a desgastar a gestão atual. “Já disse aqui que não tem conteúdo, eles querem apenas desgastar, o vereador chamou quatro vezes o prefeito aqui de mentiroso, olha só a oposição, a postura de um opositor, não tem postura, faz oposição de qualquer jeito, atacando, querendo que não aconteça.”

Em relação ao projeto “Mil e Uma Dignidades”, Luz defendeu a atuação do prefeito e destacou os desafios enfrentados, como as enchentes e a burocracia. Ele declarou que as casas serão entregues.

“Então, se não foi possível entregar agora, certamente vai ser possível entregar no momento oportuno, e eu tenho certeza que o Ministério Público jamais será contra um projeto como esse até porque é um projeto magnífico, o prefeito Bocalom é um homem de visão e é isso que tem incomodado a população.”

Por fim, o vereador criticou a tentativa de atribuir todos os problemas ao atual governo municipal, e alegou que muitos deles foram herdados de gestões anteriores

“Querer jogar tudo nas costas da prefeitura, quer dizer que então a prefeitura tem que corrigir a lambança que o governo do estado fez, e é bom que se diga, não foi no governo do governador Gladson Cameli não, foi no governo do PT, e isso é muito grave.”

Fonte: Câmara Municipal de Rio Branco – AC

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