Acre
Candidatos definem o que querem para o Acre nos próximos quatro anos
Da redação, com A Tribuna
A legislação eleitoral obriga cada candidato ou coligação que disputa o governo dos estados a apresentar, no ato da inscrição definitiva das chapas, um Plano de Governo no TRE. Entretanto, não há qualquer tipo de parâmetro, nem formulário, nem determinação de como deve ser esse plano dos candidatos, como deve ser elaborado e o que deve conter. Dessa forma, cada um dos quatro candidatos a governador elaborou sua proposta da forma que sua equipe desejou, com o que julga mais importante, com mais ou menos detalhado, de acordo com a visão de cada um.
Assim, o governador Tião Viana e sua vice Nazaré Araújo, da Frente Popular, entregaram um Plano alentado, que faz um balanço dos primeiros quatro anos da administração e apresenta cinco eixos estratégicos para o trabalho entre 2015 e 2018, caso se eleja. Os eixos, que se desdobram em áreas de resultados e essas em programas, são cinco: Economia Sustentável; Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano; Educação, Saúde e Segurança Pública; Desenvolvimento Social e Gestão Pública.
O candidato oposicionista Marcio Bittar, liderando uma aliança de 11 partidos, abre seu plano de governo com um documento pessoal em que apresenta sua candidatura com fortes críticas às administrações estadual e federal e liga suas propostas diretamente às de seu candidato a presidente Aécio Neves. Ele divide seu projeto em cinco “valores” e cinco “grandes objetivos”. Os cinco valores seriam: Ética e Honestidade; Respeito às leis e instituições; liberdade e democracia; trabalho e solidariedade e eficiência. Os cinco grandes objetivos seriam Saúde Pública de Qualidade; Segurança Pública Eficiente; Educação Pública de Qualidade; Infraestrutura; e Desenvolvimento Econômico e Social.
O candidato Tião Bocalom, com três partidos em sua coligação, apresenta três eixos principais de atuação: Segurança Pública, Saúde Pública e Educação. E ainda estabelece metas para a geração de empregos e renda em várias áreas econômicas: Indústria, Ciência e Tecnologia, Negócios e Oportunidades, Infraestrutura, democracia e liberdade, incluindo cultura, esporte e lazer e Gestão Pública.
O PSOL se propõe a “defender as bandeiras de lutas que foram levantadas nas ‘jornadas de junho de 2013’” e elegeu como prioridade para seu candidato Antônio Rocha a garantia dos direitos dos trabalhadores, serviços públicos de qualidade, mobilidade urbana e rural, preservação do meio ambiente e dos bens comuns que devem servir ao interesse da maioria do povo acriano. Tudo isso listado em 50 “pontos para construção das diretrizes”.
O plano de governo da Frente Popular tem 278 páginas; o de Marcio Bittar, 88 páginas; o de Bocalom, 124 páginas e o de Antônio Nobre, do PSOL, 14 páginas.
Em uma série especial de reportagens, A TRIBUNA vai apresentar os principais pontos dos programas de governo dos quatro candidatos, sempre que possível fazendo uma análise comparativa das propostas. Muitas vezes, pela falta de uniformização dos planos, essa correlação de projetos e propostas pode ser prejudicada pela própria formatação de cada programa apresentado.
Nesta primeira reportagem da série, será apresentado um quadro geral das intenções de cada plano e de como cada candidato encarou a tarefa e suas proposições preliminares.
Tião Viana defende participação do eleitor na definição de metas do governo
A Frente Popular considera que o Plano de Governo entregue ao TRE, mesmo com uma completa análise da situação do Acre e das propostas de trabalho já implantadas, em desenvolvimento e previstas para o próximo quadriênio, é apenas o ponto de partida para uma ampla discussão que pretende abrir com eleitores de todo o estado.
Marcio Bittar foca abertura do programa em ataques ao governo
Um texto assinado pelo próprio candidato Marcio Bittar abre o programa de governo da coligação Por um Acre Melhor. A proposta é de um Acre com mais paz, mais próspero e mais justo, Além dessa abertura em tom pessoal, o programa não nomeia as pessoas por trás de sua elaboração. O texto de abertura vem em tons fortes, em acusações pesadas contra os governos estadual e federal e na apresentação pessoal de Marcio, que fala de sua família, dos pais e da criação que teve. Por duas laudas de seu longo texto, ele apresenta seu candidato presidencial Aécio Neves e apresenta os dez partidos coligados, que têm um bloco de dez prefeitos, 87 vereadores, quatro deputados federais e cinco deputados estaduais e um senador. Esses partidos ainda governam 13 estados, a maioria das unidades federadas e da população brasileira; elegeram 43 dos 81 senadores da República e 231 deputados federais, em um universo de 513 deputados. O candidato ignora nesse dado que no nível federal, alguns partidos coligados com ele no Acre são aliados a seus adversários, não compondo um bloco de oposição, caso do PMDB e do PP, principalmente.
Bocalom quer governo de força em três eixos principais
O candidato Tião Bocalom, representando três partidos, anuncia que quer fazer um governo de “força e autoridade”, centrado em três eixos principais. Saúde, Educação e Segurança. A coligação Produzir para Empregar também tem propostas para o setor produtivo. Diz ainda que seu governo será pautado por disciplina e transparência, prometendo ser a gestão mais transparente do país já no primeiro ano de administração. Essa é só a primeira das promessas do plano de governo. Além dos três eixos principais, o plano destaca ações nas áreas de Produção, Indústria e Ciência e Tecnologia, Infraestrutura, Justiça Social, Cultura, Esporte e Lazer, Gestão e Meio Ambiente.
PSOL define 50 metas a serem implantadas por Antônio Rocha
Definindo que o projeto de governo é uma ação em permanente construção, o PSOL, sem apontar quem são os autores do enxuto programa de 14 páginas, diz que ele foi feito “com a colaboração dos mais variados setores da sociedade civil organizada e de pessoas individuais, muito valorosas, para definição destas diretrizes, que servirão de base para construção de um programa de governo pautado na garantia de direitos dos trabalhadores, dos serviços públicos de qualidade, mobilidade urbana e rural, da preservação do meio ambiente e dos bens comuns que devem servir ao interesse da maioria do povo acriano”.
O partido listou 50 pontos programáticos prioritários para o candidato Antônio Rocha, incluindo a “promoção de um choque de políticas públicas com participação cidadã, garantindo a presença do governo estadual nos espaços privatizados ou abandonados e propiciando a participação popular nas decisões estratégicas do estado e nas políticas regionais”. O plano contempla a área institucional e ainda Segurança, Saúde, Educação, Habitação, Meio Ambiente, Emprego e Renda, Orçamento, Cultura, Turismo e Esporte e Fóruns Populares Permanentes.
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Acre
Professores da Ufac rejeitam proposta do Governo Federal e discussão sobre greve é antecipada
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Acre
Acre já registra mais de mil casos de malária em 2024
No Dia Mundial da Luta Contra a Malária, celebrado em todo o mundo nesta quinta-feira, 25, dados registrados pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) revelam que, em 2022, foram notificados 6.139 casos da doença e, em 2023, 5.204 casos, o que representa uma redução de 15,2% das ocorrências no estado.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, os municípios com maior incidência da enfermidade se encontram no Vale do Juruá: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Nos três primeiros meses de 2024, foram confirmados 1.042 casos. Desses, 95,3% foram registrados nesses municípios.
O Acre está entre os estados com as maiores taxas da doença, representando 3,9% do total de número de casos de malária registrados na região amazônica em 2023. “Por isso, o Estado aderiu ao Plano Nacional de Eliminação da Malária, que prevê a extinção da doença no território brasileiro até 2035”, declarou o chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde da Sesacre, Júnior Pinheiro.
Apesar de potencialmente fatal, a malária é uma doença curável e evitável. É causada por parasitas inoculados por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles infectadas, também conhecidos como mosquito-prego. Existem cinco espécies de parasitas que causam malária em humanos; entre elas, o Plasmodium falciparum e o Plasmodium vivax representam a maior ameaça.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
Transmissão
O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como ocorre no compartilhamento de seringas (comum no caso de usuários de drogas), transfusão de sangue ou da mãe para o feto, na gravidez.
Tratamento
Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves devem receber hospitalização imediata.
O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante, a idade do paciente e condições associadas, como gravidez e outros problemas de saúde, além do nível de gravidade da doença.
Prevenção
Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, uso de repelentes e telas em portas e janelas.
Medidas de prevenção coletiva: drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterros, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho e uso racional da terra.
Fontes:
Ministério da Saúde. Saúde de A a Z
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Acre
Prefeito participa do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, em Rio Branco
O prefeito de Rio Branco participou, nesta quinta-feira (25),do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, que é realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac). O encontro reúne especialistas do setor, autoridades políticas e empresários, onde são discutidos propostas para o avanço da construção civil nessas regiões. O evento ocorrerá durante dois dias na capital acreana.
No primeiro dia foram abordados temas relacionados aos desafios enfrentados pelo setor, a importância da construção civil para a primeira infância, as articulações entre o governo federal e as secretarias de habitação dos estados, além de destacar o papel do Acre na integração regional com os países vizinhos e o apoio do Sebrae para aumentar a produtividade do setor.
“Estamos reunidos num grande debate sobre como desenvolver a região Norte-Nordeste. A engenharia está presente através dos presidentes dos CREAs, dos estados da região norte-nordeste, que juntamente com a Federação Nacional da Indústria da Construção estão aqui nesse debate de trazer a discussão, identificar os desafios e propor as melhores soluções para o desenvolvimento dessas duas regiões, com a participação da prefeitura, grandes obras que trazem melhorias para a nossa população, na infraestrutura, na mobilidade e na habitação também”, explicou a presidente do CREA/AC.
O prefeito de Rio Branco falou sobre a importância do Fórum na capital e lembrou do avanço da construção civil nos últimos três anos.
“Aqui em Rio Branco, a construção civil, as empresas da construção civil, estão felicíssimas pelo trabalho que a prefeitura vem fazendo, pelas gerações de oportunidades que a Prefeitura de Rio Branco vem criando, com tantas obras que nós estamos lançando e continuamos lançando de construção civil aqui. Sabemos que a construção civil é onde gera o maior número de empregos e principalmente empregos onde as pessoas não têm muita qualificação técnica. Então, isso é muito importante, porque significa que as pessoas podem levar o dinheirinho para casa para comprar a sua comida e botar na mesa, com dignidade.”
O presidente do CREA da Paraíba Renan Guimarães, falou da importância da troca de experiência entre os participantes do evento.
“O Fórum Norte-Nordeste veio realmente para ficar. Acredito que ele vai elevar a construção civil em todos esses estados e aí consequentemente nós vamos ter frutos, no futuro, que vão alavancar a engenharia e toda essa construção a qual rege economicamente nosso setor. É uma troca de ideias, de experiência. É poder trazer a realidade de cada estado. Uma pauta única. Então é muito importante agregar esse valor e esse conhecimento.”