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Brasil

Despesas dos Estados com pessoal cresceram R$ 100 bi em 8 anos

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Alexa Salomão, O Estado de S.Paulo

Entre 2008 e 2015, gastos com a folha aumentaram 40% acima da inflação, quase o dobro dos oito anos anteriores, e avaliação é que aumento deve ser ainda maior

Apesar de serem obrigados, por lei, a conter despesas com pessoal, vários Estados estouraram seus limites e essa conta cresceu em pelo menos R$ 100 bilhões de 2008 para cá – período em que o governo federal afrouxou o monitoramento das finanças estaduais. A alta é espantosa porque representa um crescimento real, acima da inflação, de 40%, e é quase o dobro dos R$ 58 bilhões de aumento de 2000 a 2007, quando se aplicou com mais rigor a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Apesar de gigantesco, a avaliação é que esse número pode ser ainda maior. Gastos com auxílio-paletó, auxílio-combustível, auxílio-moradia, precatórios com alimentação, terceirizados, prestadores de serviços por meio de contrato com organização social e até pensões e aposentadorias – enfim, uma série de despesas decorrentes de pessoal – podem não estar incluídas nessa cifra. “Não dá para saber”, diz Gustavo Morelli, diretor da consultoria Macroplan, que coordenou esse levantamento. Morelli explica que, ao longo dos anos, foram feitas diferentes “interpretações da lei” sobre o que entra ou não na conta, dificultando a análise da saúde financeira dos Estados.

Os especialistas em finanças não gostam de dizer que isso configura “maquiagem” ou que as interpretações criaram uma “caixa preta”. As secretarias de Fazenda conhecem os dados e fazem a prestação de contas dentro da lei. É fato que muitos critérios contrariam o manual do Tesouro Nacional, responsável por monitorar a aplicação da lei. Mas eles foram aprovados pelos Tribunais de Contas dos Estados ou conquistados em disputas na Justiça. Ainda assim, a maioria admite que houve uma “criatividade coletiva” na apresentação dos gastos.

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“O que temos nos Estados é a pior das contabilidades criativas – a contabilidade criativa legal, pois interpretações da Lei de Responsabilidade Fiscal foram autorizadas pelos Tribunais de Contas dos Estados, pela Justiça e, em alguns casos, até pelo Tesouro”, diz Raul Velloso, especialista em contas públicas.

Índice. Para medir o peso do pessoal sobre o caixa dos Estados, a lei manda fazer uma conta elementar: dividir os gastos com a folha pela receita líquida corrente. O resultado é um indicador que não pode ser superior a 60%. As manobras consistem em contabilizar a menos as despesas e a mais as receitas, por meio das tais interpretações, para que o resultado da conta fique abaixo de 60%.

Para a economista Sol Garson, ex-subsecretária de Finanças do Rio e hoje responsável pela área fiscal da Macroplan, o Rio de Janeiro tem uma das interpretações mais criativas do País. Em 2015, para fechar a conta com a Previdência, usou cerca de R$ 3,6 bilhões de royalties de petróleo. A receita é instável e incerta, não tem relação com o esforço fiscal do Tesouro, mas o Estado e o Tribunal de Contas entendem que vale.

Há outra manobra comum, mas mais requintada. Estados e municípios recebem repasses do SUS destinados exclusivamente a pagamentos de serviços da rede privada. O dinheiro mal passa pelo caixa público e segue para o setor privado. “Mas a maioria dos Estados e municípios contabiliza como se o dinheiro fosse deles, eleva a receita corrente líquida, o que melhora o indicador”, diz Sol.

Durante muito tempo, os Estados preferiram defender seus critérios, ainda que duvidosos. Uma nova geração de secretários de Fazenda, porém, defende que é preciso rever a posição.

Quem puxa a fila é Ana Carla Abrão Costa, secretária de Fazenda de Goiás. Egressa do setor privado, ao assumir, mandou recalcular o indicador incluindo absolutamente todos os gastos com pessoal. Pelas regras da contabilidade oficialmente adotadas em Goiás, o indicador hoje está em cerca de 50%. Mas o cálculo sugerido por Ana Carla diz que é 80%. Ela reforça que a situação dos Estados é gravíssima (leia mais abaixo).

Os gastos com pessoal crescem de 5% a 6%, ao ano, mesmo que não se contrate ninguém e não se dê um centavo de aumento. “Teremos vários Rios de Janeiro em três anos se nada for feito e estou convencida de que apenas com informações transparentes – e o debate pela sociedade – é que teremos condições de avançar nas correções”, diz Ana Carla. O governo tem uma nova proposta de cálculo, mais rigoroso, que poderia dar uma visão mais clara sobre os gastos.

Morelli reforça o alerta. A junção das duas faces do gasto com pessoal – os identificados e os ocultos – elevam a potência da bomba-relógio que é a folha. De um lado, está claro que os Estados contrataram e deram aumentos acima do recomendável, que pesam hoje e vão elevar o custo da Previdência. Por outro, de fato, não há clareza sobre o tamanho da encrenca.

 

Apesar de serem obrigados, por lei, a conter despesas com pessoal, vários Estados estouraram seus limites e essa conta cresceu em pelo menos R$ 100 bilhões de 2008 para cá – período em que o governo federal afrouxou o monitoramento das finanças estaduais. A alta é espantosa porque representa um crescimento real, acima da inflação, de 40%, e é quase o dobro dos R$ 58 bilhões de aumento de 2000 a 2007, quando se aplicou com mais rigor a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Apesar de gigantesco, a avaliação é que esse número pode ser ainda maior. Gastos com auxílio-paletó, auxílio-combustível, auxílio-moradia, precatórios com alimentação, terceirizados, prestadores de serviços por meio de contrato com organização social e até pensões e aposentadorias – enfim, uma série de despesas decorrentes de pessoal – podem não estar incluídas nessa cifra. “Não dá para saber”, diz Gustavo Morelli, diretor da consultoria Macroplan, que coordenou esse levantamento. Morelli explica que, ao longo dos anos, foram feitas diferentes “interpretações da lei” sobre o que entra ou não na conta, dificultando a análise da saúde financeira dos Estados.

Os especialistas em finanças não gostam de dizer que isso configura “maquiagem” ou que as interpretações criaram uma “caixa preta”. As secretarias de Fazenda conhecem os dados e fazem a prestação de contas dentro da lei. É fato que muitos critérios contrariam o manual do Tesouro Nacional, responsável por monitorar a aplicação da lei. Mas eles foram aprovados pelos Tribunais de Contas dos Estados ou conquistados em disputas na Justiça. Ainda assim, a maioria admite que houve uma “criatividade coletiva” na apresentação dos gastos.

“O que temos nos Estados é a pior das contabilidades criativas – a contabilidade criativa legal, pois interpretações da Lei de Responsabilidade Fiscal foram autorizadas pelos Tribunais de Contas dos Estados, pela Justiça e, em alguns casos, até pelo Tesouro”, diz Raul Velloso, especialista em contas públicas.

Índice. Para medir o peso do pessoal sobre o caixa dos Estados, a lei manda fazer uma conta elementar: dividir os gastos com a folha pela receita líquida corrente. O resultado é um indicador que não pode ser superior a 60%. As manobras consistem em contabilizar a menos as despesas e a mais as receitas, por meio das tais interpretações, para que o resultado da conta fique abaixo de 60%.

Para a economista Sol Garson, ex-subsecretária de Finanças do Rio e hoje responsável pela área fiscal da Macroplan, o Rio de Janeiro tem uma das interpretações mais criativas do País. Em 2015, para fechar a conta com a Previdência, usou cerca de R$ 3,6 bilhões de royalties de petróleo. A receita é instável e incerta, não tem relação com o esforço fiscal do Tesouro, mas o Estado e o Tribunal de Contas entendem que vale.

Há outra manobra comum, mas mais requintada. Estados e municípios recebem repasses do SUS destinados exclusivamente a pagamentos de serviços da rede privada. O dinheiro mal passa pelo caixa público e segue para o setor privado. “Mas a maioria dos Estados e municípios contabiliza como se o dinheiro fosse deles, eleva a receita corrente líquida, o que melhora o indicador”, diz Sol.

Durante muito tempo, os Estados preferiram defender seus critérios, ainda que duvidosos. Uma nova geração de secretários de Fazenda, porém, defende que é preciso rever a posição.

Quem puxa a fila é Ana Carla Abrão Costa, secretária de Fazenda de Goiás. Egressa do setor privado, ao assumir, mandou recalcular o indicador incluindo absolutamente todos os gastos com pessoal. Pelas regras da contabilidade oficialmente adotadas em Goiás, o indicador hoje está em cerca de 50%. Mas o cálculo sugerido por Ana Carla diz que é 80%. Ela reforça que a situação dos Estados é gravíssima (leia mais abaixo).

Os gastos com pessoal crescem de 5% a 6%, ao ano, mesmo que não se contrate ninguém e não se dê um centavo de aumento. “Teremos vários Rios de Janeiro em três anos se nada for feito e estou convencida de que apenas com informações transparentes – e o debate pela sociedade – é que teremos condições de avançar nas correções”, diz Ana Carla. O governo tem uma nova proposta de cálculo, mais rigoroso, que poderia dar uma visão mais clara sobre os gastos.

Morelli reforça o alerta. A junção das duas faces do gasto com pessoal – os identificados e os ocultos – elevam a potência da bomba-relógio que é a folha. De um lado, está claro que os Estados contrataram e deram aumentos acima do recomendável, que pesam hoje e vão elevar o custo da Previdência. Por outro, de fato, não há clareza sobre o tamanho da encrenca.

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Marcas fortalecem a representação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris 2024

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Marcas fortalecem a representação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris 2024
Ana Beatriz Oliveira*

Marcas fortalecem a representação brasileira nos Jogos Olímpicos de Paris 2024

Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 estão chegando e as novidades chegam junto, desde a transmissão, patrocinadores e até mesmo, tecnologia. Este ano, as Olimpíadas serão realizadas em Paris, do dia 26 de julho a 11 de agosto. A cerimônia de abertura será no dia 26 de julho e contará com disputas em diversas modalidades esportivas.

E a primeira conquista dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, já pode ser considerada concretizada. As Olimpíadas terão a maior participação feminina em 100 anos. Além do aumento de competidoras, a edição também conta com igualdade de gênero nas cotas das vagas. De acordo com o Comitê Olímpico Internacional (COI), o grupo feminino representará 50% dos atletas participantes, maior marca desde que o evento passou a contar com mulheres.

Em relação à transmissão e patrocínios, já podemos declarar sucesso. A Globo detentora exclusiva dos direitos dos Jogos Olímpicos, anunciou alguns patrocinadores para a cobertura, como: Ambev, Nivea, Piracanjuba e Claro, na TV aberta; e XP Investimentos, KTO e Netshoes na TV fechada (Sportv, Globoplay, VIU).

A CazéTV também será uma das emissoras oficiais dos Jogos. O canal do streamer , produzido pela LiveMode, irá transmitir 500 horas ao vivo do evento. O acordo para a transmissão foi negociado e fechado diretamente com o COI. A cobertura será feita tanto do Brasil quanto de Paris.

Marcas nas Olímpiadas e o apoio ao Time Brasil

As marcas estão a todo vapor com seus patrocínios. Ainda no começo de 2024, a expectativa era de que as Olimpíadas 2024 teriam recorde de patrocinadores. No caso do Brasil, um dos motivos é o grande time de atletas influenciadores, além da grande entrega comercial, novas modalidades e visibilidade.

Confira algumas das marcas que estão apoiando os Jogos Olímpicos e os seus lançamentos para a competição, em especial aos que apoiam a delegação brasileira.

Havaianas

Com o patrocínio ao Comitê Olímpico do Brasil, os icônicos chinelos serão usados pela delegação que representará o país. A ação reforça o compromisso da marca em celebrar o Brasil e a brasilidade em todo o mundo, em um momento de grande celebração por meio do esporte, colocando nos pés de milhares de pessoas um ícone que nasceu no Brasil e ganhou o mundo.

O modelo escolhido para a ocasião foi o modelo clássico da Havaianas com a bandeirinha do Brasil, nas cores da nossa amada bandeira em três versões: sola branca com tiras brancas, sola azul com tiras brancas e sola amarela com tiras verdes; dando aquela cara bem brasileira que pode ser reconhecida de longe.

adidas

A adidas lançou uniformes e uma de suas maiores coleçõ e s de calçados poliesportivos de para atletas e comitês patrocinados. Dos e sportes clássicos, como corrida, às novas adiçõ e s, como ‘breaking’, a coleção de calçados foi projetada para atletas de 41 modalidades diferentes, resultando e m um lançamento de 49 modelos de calçados, sendo que mais de 20 de les serão usados por atletas que competirão nesta temporada. Já para os uniformes , a marca das três listras traz 86% das peças de vestuário criadas com base nos princípios do de sign universal que garantem que atendam a atletas com e sem de ficiências.

E mbora cada país patrocinado pela adidas conte com um de sign e xclusivo que ressoa com as cores de sua bandeira, os uniformes e os tênis incluirão e mblemas inspirados no fogo, um conjunto de e stampas unificador que simboliza a paixão pelos e sportes compartilhada por todos os atletas.

Os produtos da linha de calçados foram projetados especificamente para os respectivos esportes (Foto: Divulgação/ adidas)

Riachuelo

A Riachuelo , patrocinadora do Com itê Olímpico do Brasil e marca de moda oficial do T ime Brasil , reforça sua trajetória de incentivo ao e sporte ao produzir os uniformes de viagem e da cerimônia de abertura, que serão utilizados por todos os atletas brasil eiros classificados para os Jogos Olímpicos de Paris .

A marca junto ao COB e de mais parceiros, celebraram a contagem regressiva e m um e vento e xclusivo que aconteceu no Morro da Urca, no Rio de Janeiro. Na ocasião, Riachuelo aproveitou para com partilhar, e m primeira mão, o processo de confecção sustentável e artesanal do s uniformes que foram de senvolvidos e m Natal e no semiárido do Rio Grande do Norte.

Além da apresenta ção no palco, a marca trouxe sua e ssência fashion e m um de sfile protagonizado por atletas olímpicos para prestigiar o trabalho de todas as mulheres que ajudaram nesse processo. E stiveram presentes a de legação olímpica de natação, além de Lara Brito e Sheila Castro.

Feitos por e para brasil eiros, os uniformes e xploram a fauna e a flora do país, e ilustram a força da biodiversidade brasil eira. A cartela de cores das camisetas faz alusão a bandeira do Brasil , com as tonalidades de verde, azul e amarelo presentes e m grande parte das peç as . A modelagem foi pensada e specialmente para proporcionar e legância, apostando e m cortes finos e , ao mesmo tempo, modernos, que valorizam os traç os do s atletas.

PUMA

A PUMA apresentou 17 novos uniformes de federações que serão usados pelos atletas nos Jogos Olímpicos. A revelação faz parte de um ano histórico do esporte para a marca, e também em conjunto com o lançamento da campanha global ‘FOREVER܂FASTER, See The Game Like We Do’.

Além do Brasil, os 17 uniformes englobam as delegações de Bahamas, Barbados, Botsuana, Ilhas Virgens Britânicas, Cuba, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Catar, Santa Lúcia, Suécia, Suíça, Trinidad e Tobago e Ucrânia. Após os jogos de Paris 2024, a marca dará as boas-vindas à Austrália e África do Sul, acrescentando alguns dos atletas mais rápidos do mundo em seu portfólio.

Com raízes na performance de elite, os novos uniformes foram projetados para evocar velocidade, com linhas de corte estrategicamente posicionadas para acentuar o físico dos atletas. Apresentam ainda tecnologia de termorregulação que otimiza a temperatura corporal, permitindo máximo desempenho. A linha completa atende a vários tipos de corpos e será oferecida para atletas de provas de velocidade, distância, saltos e arremessos.

Azul

O COB e a Azul fecharam um acordo de patrocínio, e a empresa passa a ser a companhia aérea oficial do Time Brasil para as Olimpíadas. O objetivo da parceria é que a Azul ajude a promover os Jogos para reforçar a conexão da companhia com o Brasil e os brasileiros, valorizando conquistas e sonhos. O contrato contempla ações que buscarão inspirar, motivar e mobilizar clientes e também os próprios colaboradores da empresa.

Uma das ativações fará com que os clientes dos voos Viracopos-Orly aproveitem os Jogos Olímpicos de maneira diferente. De junho a agosto, a Azul retomará a parceria com o chef Claude Troisgros, que assinará o menu do almoço e do jantar dos passageiros das Classes Business e Economy. A promessa é que o cardápio valorizará ingredientes brasileiros, preparado com técnicas clássicas da culinária francesa.

O anúncio foi feito em uma coletiva e reuniu atletas como Alison dos Santos, Letícia Oro e Gustavo Bala Loka (Foto: Divulgação/COB)

PACCO

A PACCO , marca pioneira especializada em produtos térmicos, é a nova parceira do COB. A empresa fornecerá garrafas para a hidratação durante os Jogos Olímpicos.

Além de oferecer garrafas e produtos térmicos para diversas ocasiões, a marca se destaca pelo compromisso com a sustentabilidade, mantendo uma cadeia produtiva que respeita o meio ambiente.

A parceria com o COB é um reflexo dos valores da PACCO ( Foto: Divulgação/PACCO)

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Fonte: Nacional

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Brasil

Seis corpos são encontrados no Guarujá durante buscas por PM

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Os corpos de seis pessoas foram encontrados no Guarujá (SP), neste mês, durante buscas por um soldado da Polícia Militar (PM) que está desaparecido desde o último dia 14. O primeiro cadáver foi localizado no dia 16, outras duas ossadas no dia 22 e outros três corpos na tarde de quarta-feira (24).

As informações foram confirmadas pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. O desaparecimento do policial militar segue em investigação pela Polícia Civil. As ações conjuntas para localização incluem também o Corpo de Bombeiros.

Na tarde de ontem (24), policiais da 3ª Delegacia de Homicídios (Deinter 6) localizaram um barraco na rua Argentina, no Guarujá, onde o soldado teria sido mantido. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), diligências prosseguem para esclarecer os fatos e localizar o policial.

Na ocasião do desaparecimento do soldado Luca Romano, a PM deflagrou uma operação na região para identificar e prender os envolvidos. “Cerca de 250 policiais foram deslocados para reforçar o policiamento, restabelecer a segurança e auxiliar nas buscas pelo soldado. Um homem de 36 anos foi preso, suspeito de participação no desaparecimento”, informou a SSP na época.

Operações policiais

O município de Guarujá, na Baixada Santista, foi um dos alvos das Operações Escudo, no ano passado, e Verão, no início deste ano, realizadas pela PM. Com a justificativa de combate ao crime organizado, o governo do estado deflagrou essas grandes operações após policiais militares serem mortos na região.

A Operação Escudo – deflagrada após a morte do policial militar Patrick Bastos Reis, baleado e morto no Guarujá, no dia 27 de julho de 2023 – matou 28 pessoas no período de 40 dias, na Baixada Santista. Uma segunda Operação Escudo foi decretada em São Vicente, em 8 de setembro, resultando em mais oito mortes, segundo divulgação do Instituto Sou da Paz.

Neste ano, quando as ações passaram a ser nomeadas de Operação Verão, 56 pessoas foram mortas por policiais militares na região, segundo nota da SSP. As mortes ocorreram em supostos confrontos com a polícia desde o dia 2 de fevereiro, quando o policial militar Samuel Wesley Cosmo foi morto em Santos, durante patrulhamento. Na ocasião, SSP informou que as polícias civil e militar se mobilizaram para localizar e prender os envolvidos na morte de Cosmo.

Resultados

Levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz, a partir da análise de dados da SSP, mostrou que as operações deflagradas pela Polícia Militar na Baixada Santista, no ano passado, não resultaram em avanços na redução da criminalidade violenta e colocaram a vida de policiais em risco, além de violar direitos das populações periféricas da região.

Com base nos indicadores criminais da região em agosto e setembro de 2023, os dados demonstraram que as operações foram marcadas pela baixa eficiência, alta letalidade policial, crescimento de infrações ligadas ao crime organizado, como roubo de cargas, e a incapacidade do policiamento nas ruas para evitar crimes como furtos, roubos e agressões.

*Colaborou Márcio Garoni, da TV Brasil

Fonte: EBC GERAL

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Brasil

Rio espera 1,5 milhão de pessoas em show da Madonna em Copacabana

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A prefeitura do Rio de Janeiro estima um público de 1,5 milhão de pessoas no show da cantora Madonna, que acontecerá em Copacabana, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro, no dia 4 de maio (sábado). Um esquema, semelhante ao adotado anualmente nos eventos de virada de ano, foi anunciado pelas autoridades municipais, estaduais e federais, nesta quinta-feira (25).

De acordo com a prefeitura, a previsão é que Madonna suba ao palco às 21h45 e faça um show de duas horas de duração. O evento, no entanto, já deve começar às 19h, com a apresentação de DJs e se encerrar às 2h. Imagens e som dos espetáculos serão retransmitidos por 18 torres localizadas em frente e atrás do palco, que ficará localizado em frente ao Copacabana Palace.

Segundo a empresa municipal de turismo, a Riotur, estão confirmados 170 voos extras entre os dias 1º e 6 de maio, ligando o Rio a 27 destinos nacionais. Também é esperado um movimento 30% na rodoviária Novo Rio nos dias 3 e 4.

“A expectativa é que rede hoteleira chegue a 100% de ocupação [em Copacabana], que gire, na economia da cidade, mais de R$ 300 milhões, gerando emprego, renda. Que a gente possa entregar esse espetáculo da melhor forma possível, não só para nós, cariocas, mas para todo o mundo”, afirmou o presidente da Riotur, Patrick Corrêa.

Além do público em terra, são esperadas 226 embarcações, que poderão ancorar a uma distância de pelo menos 200 metros da orla, de acordo com a Capitania dos Portos.

Segurança

A Polícia Militar atuará com 3.200 policiais apenas no bairro de Copacabana e reforçará o patrulhamento no entorno do local e de áreas de trânsito de entrada e saída para a apresentação, como a estação Central do Brasil e o terminal rodoviário Gentileza.

Além das câmeras de reconhecimento facial que já são usadas normalmente no bairro, haverá 12 equipamentos extras, além de dois drones que também usam a tecnologia. A polícia estará em 18 pontos de acesso ao bairro e terá 18 locais de revista nos acessos à Avenida Atlântica, onde haverá detectores de metal. Não será possível acessar a orla com instrumentos perfurocortantes e nem com garrafas de vidro.

A Polícia Civil informou que reforçará, com 1.500 policiais, as delegacias da área de Copacabana e as unidades especiais de Atendimento ao Turista (Deat), de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), de Proteção à Mulher (Deam) e de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi).

As delegacias em Copacabana terão atendimento bilíngue. A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) estará de prontidão, com seu esquadrão antibombas, caso seja necessária sua utilização.

Trânsito

O local terá bloqueio de trânsito já a partir das 7h de sábado, quando começa a interdição da faixa costeira da Avenida Atlântica. Às 18h, será vetado o acesso aos veículos particulares (inclusive carros de aplicativo). Às 19h30, o bloqueio será total, inclusive para ônibus e táxis.

O BRT (corredores de ônibus rápidos) e o VLT (bonde do centro da cidade) funcionarão 24 horas entre o sábado (4) e o domingo (5), permitindo conexões ao terminal rodoviário Gentileza, que terá ônibus partindo para Copacabana a partir das 13h de sábado. O retorno dos ônibus especiais para o terminal será de 0h às 4h de domingo.

O metrô funcionará as linhas 1 ligando normalmente a Uruguai a Jardim Oceânico e 2 conectando Pavuna diretamente a General Osório, sem necessidade de baldeação em Botafogo.

A parada mais próxima ao espetáculo, Cardeal Arcoverde, funcionará apenas para desembarque das 16h às 22h. As três estações de Copacabana funcionarão até as 4h. A partir de 0h, os locais  fora de Copacabana só funcionarão com desembarques.

Em relação à saúde, serão três postos de atendimento médico e 30 ambulâncias de terapia intensiva em Copacabana. Haverá 800 bombeiros, incluindo guarda-vidas, que estarão de prontidão para agir em variadas situações de emergência.

Fonte: EBC GERAL

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