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MEC suspende vestibular de 30 mil vagas em cursos ruins

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Punição faz parte de novo pacote de regulação da qualidade do ensino superior. Ao todo, 207 cursos avaliados pelo Enade em 2011 terão vestibulares cancelados

O Ministério da Educação anunciou a suspensão de vestibulares de 207 cursos superiores do País. Juntos, eles poderiam receber até 30 mil novos alunos em 2013. A punição é resultado de um novo pacote de medidas que serão adotadas pelo governo para controlar a qualidade das instituições de ensino superior do País.

Veja o ranking de cursos superiores avaliados no Enade 2011

Essas graduações fazem parte de um grupo de 672 cursos que tiveram desempenho insuficiente no Conceito Preliminar de Curso (CPC) em 2011. Entre eles, 124 são de instituições federais e 548 da rede privada. Todos terão de assinar um termo de compromisso para acabar com as deficiências dos cursos, receberão visitas de especialistas para conferir o cumprimento do acordo e não poderão aumentar o número de vagas oferecidas nos processos seletivos.

O CPC é calculado a partir das notas no Exame Nacional de Desempenho do Estudante (Enade), a infraestrutura do curso, a organização didático-pedagógica das graduações e a avaliação dos professores (número de mestres, doutores e o regime de trabalho deles). São esses três aspectos que serão avaliados no processo de supervisão. O indicador varia em escala de 1 a 5, sendo que 1 e 2 são considerados desempenho insatisfatório; 3, razoável; e 4 e 5, bom.

A avaliação dos cursos é feita a cada três anos. As áreas são divididas em três grupos, um avaliado a cada ano. Em 2001, foram avaliados em 2011 as áreas de biologia, ciências sociais, filosofia, física, geografia, história, letras, matemática, música, pedagogia, química, licenciatura em educação física, arquitetura e urbanismo, licenciatura em artes visuais, computação; oito grupos de diversos cursos de engenharia e cursos tecnológicos das áreas de controle e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industrial.

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Prazos e metas

Dos 672 cursos com desempenho insatisfatório (conceitos 1 ou 2), 465 reprovaram na avaliação do MEC pela primeira vez. Eles não terão os vestibulares suspensos ainda, mas receberão as penalidades gerais. Essas graduações atendem 90.478 estudantes. Os outros 207 cursos mal avaliados, no entanto, são reincidentes. Em 2008, quando foram avaliados pela última vez, também ficaram com conceitos ruins. Para eles, a punição será mais forte.

No grupo reincidente, 90 cursos pioraram o CPC que já era insuficiente em 2008. Para eles, a suspensão dos vestibulares será por um ano. Mesmo que dentro desse prazo os problemas sejam corrigidos, os vestibulares não poderão ser reabertos. Outros 117 cursos continuam com desempenho abaixo do esperado, mas tiveram discreta melhora. Nesses casos, se todas as deficiências forem sanadas antes de um ano, a suspensão pode ser revertida.

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Todo o processo de supervisão dura um ano. No entanto, há medidas de correção de problemas que deverão ser cumpridas em um prazo menor. Os cursos que têm problemas no corpo docente, por exemplo, terá de reestruturá-lo em 60 dias. Os problemas de infraestrutura e do projeto pedagógico podem ser corrigidos em até 180 dias. A cada dois meses, a comissão de acompanhamento da instituição deve enviar relatórios ao MEC.

Uma comissão de especialistas visitará, em até um ano, esses cursos para conferir se o plano de melhorias – e todos esses prazos – foram cumpridos. Se isso não for constatado, os cursos podem passar por processos administrativos e receber penalidades que chegam ao fechamento do curso.

“O MEC tem todo o interesse em aumentar o número de vagas e de matrículas no ensino superior, porque a demanda é grande. Mas seremos cada vez mais rigorosos com a qualidade”, afirmou o ministro. Todos os cursos que tiveram conceito acima de 3 terão o reconhecimento da qualidade de ensino (processo exigido de todos os cursos e que era feito por avaliações de especialistas) atestados automaticamente.

Punição também para instituições

Além da penalidade individual para graduações que não estão oferecendo ensino de qualidade, o Ministério da Educação vai punir as universidades, centros universitários e faculdades que também não atingiram o conceito mínimo de qualidade exigido pelo governo federal, nota 3.

As novas medidas de regulação incluem a abertura de processo de recredenciamento – no qual especialistas avaliam se a instituição pode continuar funcionando, verificando inclusive condições de ensino in loco – assinatura de protocolo de compromissos e até congelamento de vagas em processos seletivos.

Das 1.875 instituições avaliadas em 2011, 1.775 estão sob a responsabilidade de fiscalização e controle do MEC. São as federais e a rede privada. As estaduais e municipais têm de ser avaliadas pelos governos locais. Dentre o sistema regulado pelo governo federal, 551 ficaram com desempenho abaixo de 3. Duas federais e o restante, privadas.

Dentre as 551 consideradas ruins, 319 apareceram com conceitos insuficientes pela primeira vez. Para elas, apenas as medidas gerais – abertura de processo de recredenciamento e administrativo, elaboração de plano de melhorias e visita de especialistas – serão aplicadas. Outras 47 já estavam sendo supervisionadas (a supervisão pode ser iniciada por diferentes problemas detectados pelo MEC em outras ocasiões) e poderão ter as exigências aumentadas.

A situação mais grave, no entanto, é a de 185 instituições. Elas são responsáveis por 238.323 alunos e, além de todas as medidas gerais de supervisão, terão as vagas dos vestibulares congeladas. Do total, 99 haviam melhorado entre o último ciclo completo de cursos avaliados (em 2008) e o mais atual (de 2011). Mas, como os conceitos ainda são menores que 3, terão de restringir aos processos seletivos o número de vagas preenchidas por calouros em 2011.

De acordo com o secretário de Regulação e Supervisão do Ensino Superior do MEC, Jorge Messias, a ideia é não deixar instituições que têm desempenho insuficiente crescerem. Por exemplo, uma faculdade que tem autorização para oferecer 500 vagas por ano no vestibular e preencheu apenas 300 em 2011 terá de oferecer apenas 300 novas vagas em 2013.

Há outras 86 instituições que tiveram desempenho ruim em 2008 e não melhoraram em 2011. Para essas, o congelamento de vagas terá de considerar a quantidade de calouros (matrícula de ingressantes) feita em 2008, de acordo com o censo daquele ano.

As novas medidas devem ser transformadas em instrução normativa. Nesta quarta-feira, o Diário Oficial da União começará a publicar quais são os cursos e as instituições que farão parte desses processos de supervisão.

Priscilla Borges – iG Brasília

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Integração lavoura-pecuária ganha espaço em Mato Grosso

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O Mato Grosso, maior produtor de carne bovina do Brasil, se destaca como pioneiro na adoção da integração lavoura-pecuária (ILP), um modelo inovador que otimiza a produtividade e a rentabilidade da pecuária, ao mesmo tempo que contribui para a sustentabilidade ambiental. Com 34,2 milhões de cabeças de gado, equivalente a 14,6% do efetivo nacional, o estado lidera o ranking nacional e serve como referência para a implementação dessa prática promissora.

A ILP vai além da simples recuperação de pastagens degradadas. Através da diversificação das atividades da fazenda, a agricultura passa a atuar como um complemento direto à pecuária, proporcionando diversos benefícios aos criadores. O cultivo de grãos, por exemplo, contribui para a melhora da qualidade do solo, a otimização do uso da água e o aumento da produção de forragem.

A Fazenda São Valentim, em Pontes e Lacerda (MT), é um exemplo prático da eficiência da ILP. Em apenas três anos de adoção da técnica, a propriedade dobrou sua capacidade de produção animal, passando de 2.500 para 4.500 animais. Além disso, a fazenda diversificou suas atividades, incorporando o cultivo de milho à rotina da fazenda.

Benefícios da Integração Lavoura-Pecuária:

  • Aumento da produtividade: O cultivo de grãos melhora a qualidade do solo e aumenta a produção de forragem, o que permite o manejo de um maior número de animais em uma mesma área.
  • Melhoria da rentabilidade: A diversificação das atividades da fazenda gera novas fontes de renda, como a venda de grãos e subprodutos.
  • Sustentabilidade ambiental: A ILP contribui para a preservação dos recursos naturais, como a água e o solo, e para a redução das emissões de gases do efeito estufa.

Apesar dos muitos benefícios, a ILP também apresenta alguns desafios, como a necessidade de investimento em infraestrutura e mão de obra especializada. No entanto, com planejamento adequado e acompanhamento técnico, esses desafios podem ser superados.

Com informações da digitalagro.com.br

Fonte: Pensar Agro

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Banco Central decide nesta quarta novo corte na taxa básica de juros

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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira (08.05) o tamanho do corte na taxa básica de juros, a Selic. A recente alta do dólar e os juros altos nos Estados Unidos trouxeram a indefinição se os juros básicos, atualmente em 10,75% ao ano, serão reduzidos em 0,25 ou 0,5 ponto percentual.

Nos comunicados da última reunião, no fim de março, o Copom informou que os diretores do BC e o presidente do órgão, Roberto Campos Neto, tinham previsto, por unanimidade, um corte de 0,5 ponto percentual no encontro de maio. No entanto, o mercado financeiro global enfrentou fortes instabilidades desde então, o que reduziu a previsibilidade do encontro.

Em viagem para a reunião do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana), em abril, o presidente do BC disse que a decisão do Copom dependeria do nível de incerteza na economia global.

Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve cair 0,25 ponto percentual. Até semana passada, a expectativa estava em corte de 0,5 ponto. Para o fim do ano, a estimativa é que a Selic chegue a 9,63% ao ano.

Nesta quarta-feira, ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Esse será o sétimo corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário.

Na ata da última reunião, em março, o Copom informou que mudou a forma de comunicar os próximos cortes para dar mais flexibilidade ao Banco Central. Até janeiro, o Copom informava que reduziria a Selic em 0,5 ponto pelo menos mais três vezes. Agora, o órgão informou apenas que cortaria os juros básicos na mesma magnitude no encontro de maio.

Na ocasião, o Copom informou que cumpriu o papel “de coordenar as expectativas, aumentar a potência de política monetária e reduzir a volatilidade”. No entanto, ressaltou que a deterioração da conjuntura internacional tornou mais incerto o cenário para a queda da inflação, não apenas no Brasil, mas em diversos países. A perspectiva de alta de juros nos Estados Unidos e a guerra entre Israel e o grupo palestino Hamas dificultam a tarefa do BC de baixar os juros em 0,5 ponto por longo tempo.

INFLAÇÃO – Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2024 caiu levemente, de 3,73% para 3,72%. Isso representa inflação dentro do intervalo da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, recuou para 0,21%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,77% em 12 meses, dentro da meta para 2024.

Para 2024, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. Para 2025 e 2026, as metas também são de 3% para os dois anos, com o mesmo intervalo de tolerância.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2024 em 3,5%, dentro da meta de inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho.

SELIC – A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Fonte: Pensar Agro

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Mapa prorroga por mais 180 dias o estado de emergência zoossanitária

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O Ministério da Agricultura (Mapa) publicou nesta terça-feira (07.05) a Portaria nº 680, que prorroga por mais 180 dias a vigência do estado de emergência zoossanitária, em todo território nacional, em função da detecção da infecção pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) em aves silvestres no Brasil.

“O Brasil é um dos quatro países do mundo que não tem gripe aviária no plantel comercial. O sistema de defesa agropecuária brasileiro é muito eficiente. Vamos manter o status de emergência para evitar uma possível crise que possa vir a acontecer”, disse o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.

A prorrogação acontece de forma preventiva com objetivo de manter as condições do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) em adotar medidas de erradicação do foco de forma rápida e a mobilização de verbas da União e a articulação com outros ministérios, organizações governamentais – nas três instâncias: federal, estadual e municipal – e não governamentais.

A emergência zoossanitária foi decretada, pela primeira vez, em 22 de maio de 2023 e prorrogada, uma vez, em 7 de novembro do mesmo ano, como uma medida do Mapa para evitar que a doença, também conhecida como gripe aviária, chegue na produção de aves de subsistência e comercial, bem como para preservar a fauna e a saúde humana.

Até este momento, não há registro de circulação do vírus na criação comercial, o que mantém o Brasil com status de país livre de influenza aviária perante a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), exportando seus produtos para consumo de forma segura.

O primeiro caso de gripe aviária no Brasil foi registrado no dia 15 de maio de 2023, em aves silvestres. Perto de completar um ano da detecção, já foram identificados 164 focos, sendo apenas três em aves de subsistência nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Fonte: Pensar Agro

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