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Acre

Índice de vulnerabilidade juvenil mostra um Acre pobre, violento e com jovens fora da Escola

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No índice de vulnerabilidade juvenil à violência o Acre continua à frente de estados como Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. No indicador de mortalidade por acidente de trânsito o Acre apresentou piora expressiva entre os anos de 2007 e 2012. Município reconhece dificuldades de o jovem permanecer no banco da escola.

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Jairo Carioca – Reportagem Especial

Quando se pensa em vulnerabilidade juvenil em um contexto mais amplo do que apenas o indicador de violência letal, o estado do Acre surge como um dos que os jovens estão com média vulnerabilidade à exposição à violência. O município de Rio Branco, único pesquisado no estudo – com população acima de 100 mil habitantes – tem o desemprego (0,640) e pobreza (0,791) como os maiores componentes do índice de violência e desigualdade social do estado. No índice de vulnerabilidade juvenil à violência o Acre continua à frente de estados como Rio de Janeiro, Distrito Federal, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo. Rio Branco a cidade pesquisada, tem mais de 100 mil jovens entre 15 e 29 anos, isso representa 34% da população da capital. Trabalhando no sistema de inversão, o município aposta em políticas públicas preventivas para livrar o jovem da vulnerabilidade, mas reconhece que muito ainda precisa ser feito para estimular, principalmente, a vontade do jovem em permanecer na escola. “Nós fazemos desde palestras, campanhas até rodas de bate-papo” disse a secretária de juventude do município, Temyllis Lima da Silva. A Campanha “Fora da Escola” promovida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância revelou que o Acre tem 35 mil adolescentes e jovens fora da escola somente na faixa etária de 7 a 17 anos.

Com relação ao IJV, o estado está inserido no grupo 3 do estudo feito com o objetivo de diálogo e articulação entre ministérios, municípios e sociedade civil no enfrentamento da violência, em especial àquela exercida sobre os jovens negros, e na promoção de sua inclusão social em territórios atingidos pelos mais altos índices de vulnerabilidade.

O Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IJV) e Desigualdade Racial 2014 é um indicador sintético, que agrega dados relativos às dimensões consideradas chave na determinação da vulnerabilidade dos jovens à violência, tais como: taxa de frequência à escola, escolaridade, inserção no mercado de trabalho, taxa de mortalidade por causas internas, taxa de mortalidade por causas violentas, valor do rendimento familiar médio mensal, entre outros.

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Acre tem mais jovens vulneráveis do que estados do nordeste e sudeste

O grupo de vulnerabilidade média é o que apresenta o maior número de municípios: 81. Para 75 municípios desse grupo, ou seja, 93%, o Indicador de pobreza é o mais elevado dentre aqueles que compõem o IVJ – Violência. Para apenas cinco municípios o Indicador de mortalidade por homicídio é o que aparece como mais relevante e, para um município, é o fator mortalidade por acidente de trânsito.

Nesse grupo encontra-se o maior número de capitais brasileiras, nove: Rio Branco, Goiânia, Cuiabá, Recife, Teresina, Rio de Janeiro, Natal, Boa Vista e Aracaju. Nesse grupo, os adolescentes e jovens de 12 a 29 anos totalizavam mais de 10 milhões de pessoas, quase um terço da população total desses municípios.

Nos anos pesquisados o estado do Acre ficou em sexto lugar na Variação do Indicador Padronizado de Mortalidade por Homicídios entre adolescentes e jovens. Os dados são ainda mais alarmantes no indicador de mortalidade por acidente de trânsito que apresentou piora expressiva nos estados de Goiás, Santa Catarina, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Acre, com variação superior a 100% entre os anos de 2007 e 2012.

Em cinco anos Acre não diminuiu violência juvenil – O estudo mostra ainda que nos anos de 2007 a 2012 o Acre não conseguiu diminuir os indicadores de homicídio nas faixas etárias de jovens entre 12 e 18 anos – 19 e 24 anos. A redução ocorreu somente na faixa entre 35 e 29 anos, foi de menos 12,8.  A exceção fica com os casos do Rio de Janeiro, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraná, que apresentaram redução no indicador de homicídio nas três faixas etárias.

Estado pobre, violento e com jovens fora da escola – o indicador de pobreza é ainda muito alto na maior parte do país, colocando-se como um dos principais desafios na garantia de cidadania da juventude brasileira. A dimensão frequência à escola e emprego foi construída a partir de variáveis que expressam a parcela de adolescentes e jovens que não frequentam a escola, bem como aqueles que se inserem de forma precária no mercado de trabalho.

A dimensão de pobreza no município incorpora variáveis relativas aos níveis de escolaridade e renda e, por fim, a dimensão de desigualdade associa variáveis relativas aos níveis de escolaridade e a existência de assentamentos precários. No indicador padronizado de pobreza o Acre é o quarto estado do país com maior índice de contribuição à violência.

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Prevalência de jovens negros serem mais vitimas de assassinatos

A prevalência de jovens negros serem mais vítimas de assassinatos do que jovens brancos é uma tendência nacional: em média, jovens negros têm 2,5 mais chances de morrer do que jovens brancos no país. Nessa meta, o Acre é o oitavo com mais chances, com 3,8. Foram 45 jovens mortos para cada 100 mil jovens negros.

Entre os jovens negros presos no sistema prisional do estado do Acre, com idade entre 18 e 29 anos, 38% está envolvido com entorpecentes 52% com ensino fundamental incompleto 70% condenado 74% a regime fechado.

TEMILES_01O OUTRO LADO:

A reportagem ouviu a secretária de juventude do município de Rio Branco, Temyllis Lima da Silva. Com população acima de 100 mil habitantes a capital do Acre foi a única pesquisada.  Temyllis reconheceu a grande dificuldade de manter o jovem no banco da escola.

“Mesmo com todos os incentivos de dois programas do governo federal que disponibilizam bolsas de estudos para o ingresso e permanência do jovem no ensino básico e, principalmente, no ensino fundamental, ainda assim o jovem insiste em não estudar” disse a secretária.

Ela acredita que uma série de fatores contribui para esse fator, a busca mais cedo pelo trabalho é um deles, e influência os jovens masculinos. “Como as empresas acabam dificultando o acesso desse jovem ao trabalho, exigindo experiência e até mesmo a questão de qualificação, ele acaba caminhando para outras aventuras, como por exemplo, as drogas”, acrescentou Temyllis.

Os números são fieis à realidade, O Acre ocupa o 1º lugar no ranking de população encarcerada jovem do Brasil. Entre 2007 e 2012, a população carcerária jovens aumentou cerca de 25%, e a de não jovens em 54%, no Estado.

As mulheres jovens sofrem com a gravidez na adolescência que a afastam do estudo e do emprego. Esse é outro dado real. Rio Branco, Tarauacá e Cruzeiro do Sul são os municípios com maior incidência de grávidas adolescentes. Somente nos primeiros três meses do ano passado, 38 meninas deram à luz na maternidade Barbara Heliodora. Já entre as adolescentes com idades entre 15 e 19 anos, foram 1.963 gestantes no Acre.

Política pública da inversão vem dando resultado

Mesmo com os dados alarmantes para uma capital do tamanho de Rio Branco, a secretária de juventude acredita que a política da inversão vem dando resultado. Ela afirma que enquanto um jovem em medida protetiva custa aos cofres públicos por mês, o valor de R$ 1.400, o programa de prevenção para jovem estagiário paga R$ 724 por jovem. O programa Jovem Voluntário, da estratégia Juventude é Cidade, paga R$ 74.

“Temos feitos muitas palestras e rodas de bate-papo, um esforço tremendo para conseguirmos reverter esse quadro através da conscientização”, disse.

Temyllis conta que ela mesmo veio de um desses programas, descoberta pelo prefeito Raimundo Angelim, quando exerceu a função de chefe da Divisão de formação e participação na coordenadoria de juventude, ela foi convidada pelo prefeito Marcus Viana para continuar à frente da pasta que trabalha as políticas públicas para a juventude.

“Eu acredito que as políticas públicas desenvolvidas pelo município tenham dado resultado. Esse trabalho é longo, exige muito esforço e o envolvimento de toda a sociedade” concluiu a secretária.

Com informações do ac24horas.com

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Polícia militar realizou passagem de comando do 5º Batalhão do Acre

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Na manhã desta terça-feira, 26 de março, a Gestora de Organismos de Políticas para Mulheres (OPM), Suly Guimarães, marcou presença representando a Prefeita Fernanda Hassem na cerimônia de transição de comando do 5º Batalhão de Polícia Militar. O evento, que teve lugar em Brasiléia, foi prestigiado por diversas autoridades dos âmbitos estadual, municipal e federal.

O destaque da ocasião foi a passagem de comando do Major Wallace para o Capitão Thales Rafael, que assumirá o posto de comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar. Natural de Brasiléia, o Capitão Thales retorna à corporação pela segunda vez e expressou gratidão ao comando da Polícia Militar do Acre por confiar-lhe essa importante missão.

A cerimônia representou não apenas uma mudança de liderança na unidade militar, mas também um momento de reconhecimento e apoio das autoridades presentes às forças de segurança do estado.

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Vereadora irmã do governador de Pando é apreendida após acidente de trânsito que deixou 7 feridos

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A vereadora do município de Porvenir e irmã do governador de Pando, Liz Cruny Richter Alencar, foi apreendida na tarde desta quarta-feira (27), quando estava em uma na clínica particular na cidade de Cobija(BO), por envolvimento em um acidente de trânsito – uma colisão entre carro e triciclo motorizado de carga (motocar) – ocorrido na estrada que liga a capital Cobija à Porvenir, registrando sete pessoas feridas, incluindo quatro menores de idade.

De acordo com o relatório da polícia, na noite de terça-feira, 26 de março, aproximadamente as 23:15, nas proximidades da cidade Villa Rojas, ocorreu um acidente de trânsito chamado ‘Colisão por Alcance com pessoas feridas’. Os envolvidos foram identificados como Liz Richter Alencar (motorista do carro) e Romário Victorino Cardozo (motorista do motocar), ambos passaram pelo teste do bafômetro, resultando 0%.

O relatório preliminar refere que a motorista do carro com placa brasileira tinha carta de condução, enquanto o motorista do motocar não tinha carta de condução nem placa de controle do triciclo – no meio da escuridão – e que transitava sem as luzes de alerta.

Devido ao forte impacto, sete pessoas, ocupantes do motorizado, foram evacuadas para o hospital Roberto Galindo de Cobija, enquanto a motorista foi internada na clínica particular com um ferimento, atualmente em fase de recuperação.

Na tarde desta quarta-feira (27), a polícia procedeu à apreensão, da vereadora de Porvenir e irmã do governador de Pando, pelo acontecimento de trânsito. Policiais guardam a sala onde ela está internada, aguardando a audiência de medidas cautelares.

O advogado Ricardo Eid questionou a apreensão contra a sua cliente por alegarem crimes de Lesões Graves e Gravíssimas em Acidente de Trânsito, sem considerar o seu estado de saúde e a fase de recuperação, além disso, o apoio imediato que deu aos ocupantes do triciclo.

Esclareceu que, com apoio da sua família, ajudou imediatamente os feridos até o hospital em Cobija, também está cobrindo com as despesas. Ele também afirmou que o motocar estava encalhado no meio da estrada sem nenhuma sinalização, pelo que classificou o acidente como um acidente fortuito.

O diretor do hospital Roberto Galindo, José Antonio Aguilar, informou que o hospital presta cuidados médicos a uma família formada por 7 pessoas, sendo 3 adultos e 4 crianças. Os pais irão passar por cirurgia nas próximas horas, outro adulto tem diagnóstico politraumatismo, 3 crianças estão em observação e uma criança de 7 anos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O Ministério Público acusou a motorista do carro por crimes de ferimentos graves e gravíssimos em acidente de trânsito.

Até o local do fato, uma equipe de investigadores de Trânsito foi deslocada para determinar as verdadeiras causas da colisão que deixou sete feridos e danos materiais. São realizadas perícias para determinar as circunstâncias da colisão e responsabilidades.

Da redação com jornal PÉROLA do ACRE

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VÍDEO: Acusado de sequestrar casal é preso em ação conjunta da DCORE E DHPP

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A ação, realizada em conjunto por investigadores da DHPP e da DCORE, ocorreu no início da tarde de quarta-feira, 27, em um beco no Bairro Cidade.

Depois de preso Wellison da Silva Chagas, conhecido como Pestana, foi encaminhado à sede da Divisão Especializada de Investigações Criminais, a DEIC.

De acordo com a polícia Wellison da Silva é um dos integrantes de uma quadrilha que tentou executar duas pessoas.

O crime aconteceu no dia 19 de dezembro do ano passado. Um casal foi rendido quando chegava em casa.

As vítimas foram mantidas em cárcere privado. Uma liderança de uma organização criminosa autorizou a execução dos dois, mas marido e mulher conseguiram fugir.

O delegado Leonardo Santa Barbara disse que outros envolvidos no crime estão sendo investigados.

Welisson da Silva Chagas foi indiciado pelos crimes de roubo, cárcere privado e também extorsão.

No momento da prisão, ‘Pestana”, portava esta arma de fogo e munições.

Ele a prisão expedida pelo Juiz da Vara de Delitos de Roubo e Extorsão da Comarca de Rio Branco.

O acusado foi localizado após uma investigação conjunta entre agentes da DCORE e da DHPP.

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