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Acre

Morte de Wilson Pinheiro é deixada meio a lama e o esquecimento

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Sede do antigo sindicato foi transformado no Memorial à Wilson Pinheiro. Hoje está abandonado em meio a lama e esquecimento - Foto: Alexandre Lima

Sede do antigo sindicato foi transformado no Memorial à Wilson Pinheiro. Hoje está abandonado em meio a lama e esquecimento – Foto: Alexandre Lima

Alexandre Lima

Neste dia 21 de julho de 2015, completou 35 anos da morte do seringueiro e sindicalista Wilson Pinheiro. Assassinado em 1980 a tiros enquanto lutava por dezenas de milhares de seringueiros e pequenos agricultores acreanos tiveram que empreender nas décadas de 70 à 80, para não serem expulsos dos antigos seringais.

Wilson Pinheiro conseguiu transformar o Sindicato de Brasiléia, localizado no centro da cidade, num dos focos centrais de resistência dos trabalhadores da floresta, contra os novos proprietários dos seringais vindos dos estados do Centro-Sul do país, conhecidos por “Paulistas”.

Passados esses 35 anos, seu nome foi usado para muitas coisas por ONG’s e Governo do Estado e até Federal. Desde ponte, até em série de televisão que gerou processos por parte da família pelo uso indevido. Em 2008, a sede do sindicato foi transformada em um memorial, tributo ao sindicalista onde se podia ter conhecimento sobre a luta e vida de Wilson.

Em 2012, Brasiléia foi assolada pela segunda enchente de sua história, deixando um rastro de destruição e percas em todas às áreas. O Memorial Wilson Pinheiro estava no meio e foi coberto pelas águas barrentas do Rio Acre. Começou aí, a ver que a história do sindicalista só servia para angariar fundos e aparecer na mídia.

Dois anos depois do abandono e sem qualquer reconstrução, Brasiléia foi assolada novamente pela terceira enchente no final de fevereiro e início de março de 2015, maior que 2012. A antiga sede do sindicato está destruída e pode até ruir devido sua madeira estar apodrecendo com o tempo.

Passado mais de dois anos sem qualquer cuidado, o Memorial que deveria servir para atrair turistas e lembrar um pouco da história de Brasiléia, está abandonado, destruído, sem qualquer cuidado por quem mais usou seu nome. Uma de suas filhas esteve visitando o local neste dia 20 de junho, aniversário da morte de partida de seu pai e saiu triste, em ver que vem sendo esquecido a cada ano que passa.

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