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Acre é destaque: casos e óbitos diminuem, mas números ainda são críticos, segundo Fiocruz

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O Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19 Fiocruz aponta queda no número de casos, óbitos e taxas de ocupação de leitos UTI para adultos com coronavírus. Segundo os pesquisadores, os valores ainda são considerados críticos. Entre 18 e 24 de abril, o número de casos diminuiu a uma taxa de -1,5% ao dia e a taxa diária de óbitos reduziu para -1,8%.

Em relação à taxa de ocupação de leitos, destaque para os estados de Rondônia, com redução de 94% para 85%; Acre, de 94% para 83% (ambos ainda na zona de alerta crítico); Alagoas, de 83% para 76% (saiu da zona de alerta crítico para zona de alerta intermediário); e Paraíba, de 63% para 53% (saiu da zona de alerta).

O sanitarista e membro do Observatório Covid-19 Fiocruz, Christovam Barcellos, explica que a queda dos indicadores se deu por conta das medidas de isolamento social tomadas em algumas cidades do país.

“Em março, houve uma série de iniciativas locais de lockdown em algumas cidades como Fortaleza, região metropolitana de Salvador, Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo. Isso aliviou um pouco. Só que logo em abril, muitas dessas medidas foram relaxadas. Possivelmente, teremos a consequência disso em maio”, alerta.

O epidemiologista e vice coordenador da Sala de Situação da Universidade de Brasília, Mauro Sanchez, afirma que a vacinação ainda tem pouco impacto sobre a queda dos casos.

“O efeito da vacina só é significativo, por enquanto, nas faixas etárias mais avançadas, que tiveram o início da vacinação há pelo menos um mês e meio. Porque o período necessário para construir resposta imune entre as doses é de um mês, na vacina que tem o menor intervalo entre doses – que é a Coronavac. Ou seja, um mês entre doses de vacina e mais pelo menos duas semanas para o organismo acabar de se proteger”, explica.

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O pesquisador Christovam Barcellos ressalta que, apesar da queda dos indicadores, ainda se observa uma forte demanda por serviços de saúde para tratar pacientes com Covid-19.

“Há ainda uma sobrecarga muito grande sobre os hospitais e uma demanda de medicamento e de trabalho dos profissionais de saúde. Isso pode acarretar no triste colapso do sistema de saúde. Infelizmente, ainda não estamos vendo um quadro favorável para a redução da pandemia no Brasil”, afirma.

Foco nos jovens

Segundo o pesquisador da Fiocruz, a preocupação cada vez maior é com o público jovem que, além de não estar vacinado, tem se exposto ao vírus para buscar emprego ou para lazer irresponsável. Barcellos recomenda que as campanhas para uso de máscaras e evitar aglomerações foquem nesse grupo.

“Os governantes locais e o governo federal têm que passar essa mensagem para a população mais jovem que está se expondo muito. Porque as vacinas para esse grupo vão demorar alguns meses; talvez setembro, outubro, cheguem nessa população”, estima.

O epidemiologista Mauro Sanchez também reforça o papel dos gestores públicos nas campanhas de conscientização.

“O papel dos gestores é acelerar o ritmo da vacinação; mas em paralelo reforçar as campanhas de comunicação para que a população adote medidas de restrição de mobilidade, uso da máscara, álcool gel, ou seja, todas as medidas não farmacológicas, que sabemos que são efetivas desde o começo da pandemia.”

Taxa de letalidade

Ainda de acordo com o Boletim Extraordinário do Observatório Covid-19, a taxa de letalidade do coronavírus aumentou, passando de 2% no final de 2020, para 3% em meados de março. Na última semana epidemiológica (18 a 24 de abril), o indicador atingiu 4,4%. O pesquisador Christovam Barcellos explica que a taxa de letalidade é calculada pela quantidade de pessoas infectadas e pelas que vieram a óbito pela Covid-19.

“Não é que o vírus tenha mudado completamente e está matando mais gente. É o que o sistema de saúde está falhando. Ele não está conseguindo fazer o diagnóstico precoce, encaminhar os casos graves, detectar os contatos entre os casos. As pessoas estão morrendo mais, dentro e fora dos hospitais”, explica.

Nesse sentido, é fundamental destacar o papel da Atenção Primária à Saúde. “É o agente de saúde visitando as pessoas; é telefonar para elas perguntando como estão; fazendo testes, não só naquela pessoa que está com sintoma, mas em pessoas que tiveram algum contato. Em alguns municípios está funcionando muito bem”, destaca Barcellos.

Previsão para os próximos meses

O pesquisador da Fiocruz, Christovam Barcellos, afirma que as previsões para os próximos meses não são otimistas.

“Infelizmente nós vamos passar por um período de oscilações: relaxa as medidas; volta a subir os casos; voltando a subir os casos; superlota os hospitais; tomam-se algumas medidas restritivas e diminui o número de casos. Isso tem que ser evitado, porque o inverno, geralmente, é uma estação de incidência de doença respiratória”, alerta.

Confira a entrevista completa com o sanitarista Christovam Barcellos, membro do Observatório Covid-19 Fiocruz.

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Com a presença do governador Gladson Cameli, Acre faz história ao ser o primeiro a receber Liga Indígena que será divulgada em mais 170 países

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Em mais um ato para fortalecer a cultura indígena do estado, o governador Gladson Cameli marcou presença no primeiro Festival Huwã Karu Yuxibu, que ocorre em Rio Branco, e participou da abertura da Liga Indígena ( Indigenous League), uma iniciativa da startup Nave Global. O objetivo é dar destaque à cultura indígena e disseminar o conhecimento tradicional por meio da linguagem universal que é o futebol.

Governador esteve presente da abertura da Liga Indígena. Foto: José Caminha/Secom

O festival, que ocorre no Centro Huwã Karu Yuxibu, começou no dia 22 e vai até 31 de março. As competições envolvem 60 atletas do povo Huni Kuin.

“Esse evento é mais do que nunca para mostrar para o mundo inteiro que a gente luta pela preservação do meio ambiente, pelo nosso direito e também pela integração social”, disse o líder espiritual Mapu Huni Kuin.

Para além de uma programação do festival, Mapu destaca que essa é uma oportunidade de mostrar ao mundo a identidade de seu povo e também como aliam conhecimento tradicional e inovação para expandir e conscientizar ainda mais sobre a preservação da floresta.

“Queremos mostrar que estamos usando sistemas, tecnologia e que jogamos de uma forma consciente, educativa e respeitando todos os próximos. A gente está fazendo um jogo consciente junto com o adversário, que ali vai ter um entendimento, um respeito ao próximo. Isso que a gente quer trazer. E o mais importante, a alegria, porque é um momento de brincar, de divertir, então a gente tem que realmente colocar o sorriso na frente e poder transmitir isso para as pessoas que vão estar nos assistindo, que nós estamos brincando, e é um esporte de brincar, de divertir, viver a alegria”, pontuou.

Pioneirismo

Na abertura da Liga, o governador Gladson Cameli foi apresentado aos uniformes dos times e também ouviu, tanto da startup como dos indígenas, agradecimentos pelo apoio do governo ao festival, que tem movimentado a economia local. Flora Dutra, fundadora da Navi Global, destacou que o Acre está fazendo história ao ser o primeiro a receber a competição. O governador agradeceu e reforçou que o Estado é um parceiro das comunidades indígenas.

Na abertura, governador reforçou incentivo do governo em eventos indígenas. Foto: José Caminha/Secom

“A sensação é de dever cumprido de uma união para mostrar o potencial que temos no nosso estado, que tem respeito pelos povos da floresta, pelos povos indígenas, onde o mundo, de fato, vai conhecer tudo o que temos aqui de natural e de potencial. O Acre está tendo a oportunidade de mostrar para o mundo o seu potencial e nós podemos incentivar um turismo em respeito ao meio ambiente em que as pessoas podem conhecer a fortuna que temos aqui que é a natureza”, pontuou.

Flora Dutra também destacou a presença de lideranças indígenas dos povos Yanomami e Vale do Javari. Ao criar a Liga Indígena, ela pensou não apenas no esporte, mas também na união e fortalecimento da identidade de cada povo.

“Todo material está sendo gravado e será distribuído para mais de 170 países e 200 canais de televisão. Vale lembrar que todo o material usado nessa competição foi feito de forma sustentável. Além disso, os uniformes foram confeccionados em Rio Branco, justamente para fomentar essa economia”, pontuou.

Acre é o primeiro estado a receber Liga Indígena. Foto: José Caminha/Secom

Até o fim do ano, o campeonato deve ocorrer nas terras indígenas dos Yanomami e Vale do Javari. No ano que vem, a pretensão é fazer a Indigenous League Championship durante 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em novembro de 2025, em Belém (PA).

E foi com uniforme personalizado, com os nomes indígenas estampados, chuteiras, que os seis times entraram em campo, levando não apenas o futebol, mas toda sua ancestralidade.

O secretário adjunto de Esportes, Ney Amorim, destacou que é muito simbólico que o Acre seja pioneiro nesse projeto que é uma vitrine da cultura tradicional para todo o mundo.

“Estamos apoiando esse evento aqui com a equipe de arbitragem, com pessoas da Secretaria de Esportes apoiando o evento, também trouxemos algumas bolas para estar ajudando. O governador Gladson Cameli sai na frente quando ele abraça os povos indígenas em todos os sentidos, do ponto de vista da educação, do ponto de vista da saúde e agora fortemente o ponto de vista do esporte nessa parceria com outras forças que estão aqui. Então é uma alegria para gente muito grande estar nesse projeto piloto que está só começando e, se Deus quiser, nós vamos fazer mais eventos como esse nas áreas indígenas e vamos estar levando o esporte do nosso estado para todas as comunidades indígenas do Acre”, destaca.

Mapu destacou que evento divulga os povos indígenas. Foto: José Caminha/Secom

O Centro

A área da Associação Centro Huwã Karu Yuxibu atende indígenas da etnia Huni Kuin em contexto urbano e tem projetos importantes para reforçar a cultura do seu povo que vive na cidade e, muitas vezes, em vulnerabilidade social. Lá é onde funciona a cozinha tradicional, a primeira do estado, e reúne, todas as quintas, os indígenas para que sejam acolhidos e recebam informações.

A liderança Mapu destaca que o objetivo é preparar esses indígenas para voltar às aldeias. Segundo ele, seu povo atualmente é estimado em 17 mil pessoas, sendo que ao menos 7 mil indígenas da etnia Huni Kuin vivem em contexto urbano.

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Caminhoneiro do Alto Acre relata mudança de vida por meio do Programa CNH Social

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O programa CNH Social já contemplou 7 mil pessoas, garantindo inclusão, cidadania e geração de empregos para quem mais precisa, em todo o estado. Neste ano, no programa idealiza pelo governo do Acre, por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), mais 5 mil pessoas serão selecionadas, por meio de mais um processo seletivo que deve ser publicado nos próximos meses. Até o fim de 2026, 22 mil pessoas terão a mesma oportunidade.

Morador da zona rural de Brasileia, o caminhoneiro Abraão Nascimento de Lima sonhava em ser motorista de caminhão desde a infância. Porém, o preço pela mudança para a categoria D na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) era alto, uma média de R$ 2.800, o que o separava da realização do sonho, que seria também uma oportunidade de vida melhor.

Abraão Nascimento foi contemplado na modalidade CNH Rural e já sustenta a família como caminhoneiro. Foto: Daigleíne Cavalcante/Detran

“Desde menino, eu via meu pai e os outros adultos nos caminhões, já que na zona rural a gente precisa demais para carregar gado, escoar a produção e ter o sustento da família. Então, eu cresci já com o sonho e a necessidade, mas era muito caro e sempre que eu ia lá na autoescola perguntar, ficava mais caro”, afirma Nascimento.

Em 2023, o sonho de Abraão virou realidade. Ele participou da seleção do Programa CNH Social, que dá oportunidade a pessoas de baixa renda para a obtenção da primeira habilitação, assim como mudar ou adicionar categoria de forma totalmente gratuita. Ele foi um dos cinco mil candidatos selecionados.

“Fiquei muito feliz. Foi um processo rápido, sem burocracia e em mais ou menos um mês eu já concluí e passei no teste, e pude começar a trabalhar dentro da lei”, conta.

Hoje, Abraão, que é casado e pai do pequeno Isaac, 3 anos, sustenta a família com os trabalhos de frete que realiza.

“O motorista de caminhão ganha um pouco mais e, agora, com a CNH de categoria D, tem outras portas se abrindo. Fica melhor para sustentar a família, tudo favorável”, enfatiza.

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Dengue: Organização Pan-Americana da Saúde afirma que o surto deste ano pode ser o pior da história

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Em todo o Brasil, são 897 mortes pela doença

A Organização Pan-Americana da Saúde, a OPAS, disse nesta quinta-feira (28), que o número de casos de dengue nas Américas é três vezes maior, neste ano, do que o registrado no mesmo período do ano passado. A OPAS também afirma que provavelmente vivemos o pior surto da história. Em todo o Brasil, são 897 mortes pela doença; o número de casos prováveis já ultrapassou 2,4 milhões.

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