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Alvos de operação da PF contra invasões e queimadas em terras da União são pecuaristas e donos de casas agropecuárias
Operação Constantino, deflagrada nesta quinta-feira (11) em Rio Branco e cidades do Amazonas, apreendeu sete veículos, 7 mil cabeças de gado, cerca de R$ 100 mil em espécie, além de joias e outros artigos de luxo. Foram bloqueados ainda R$ 17 milhões dos investigados.

Operação Constantino, da PF, foi deflagrada nesta quinta-feira (11) em Rio Branco e cidades do Amazonas — Foto: Quésia Melo/Rede Amazônica
Por Iryá Rodrigues
Os alvos da Operação Constantino no estado do Acre são pessoas que exercem atividades agropecuárias, como pecuaristas, fazendeiros e donos de casas agropecuárias. A informação foi confirmada pelo delegado Vitor Fagundes, presidente do inquérito e investigador superintendente da Polícia Federal.
A operação foi deflagrada nesta quinta-feira (11) e investiga uma organização criminosa que invade terras de domínio público federal, localizadas na região sul do estado do Amazonas desmata e depois comercializa madeira extraída ilicitamente.
Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão nas cidades de Rio Branco, Manaus (AM) e Boca do Acre (AM). Também são alvos das medidas judiciais fazendas localizadas nos municípios de Lábrea (AM) e Boca do Acre (AM).
“Desses quatro mandados de prisão, um deles foi cumprido em desfavor de um servidor público do Incra do Amazonas. Os outros três foram cumpridos em desfavor dos líderes da organização criminosa. A gente apontou que uma família que atuava e financiava e, por intermédio de pessoas, se apropriava dessas terras. Então, são indivíduos que atuam no ramo agropecuário, e também como pessoa jurídica. Foi constatado também que grande parte das fazendas identificadas no patrimônio dessa família são registradas em nomes de terceiros, os laranjas”, informou o delegado.
A PF-AC informou que do total de mandados, dois de busca e apreensão e um de prisão preventiva foram cumpridos na capital acreana, Rio Branco, e o restante nas cidades do Amazonas.
Durante a ação, a polícia apreendeu sete veículos avaliados em cerca de R$ 200 mil cada, 7 mil cabeças de gado, cerca de R$ 100 mil em espécie, além de joias e outros artigos de luxo. Foram bloqueados ainda R$ 17 milhões dos investigados.

Operação cumpriu quatro mandados de prisão preventiva e 22 de busca e apreensão — Foto: Arquivo/PF-AC
Participação de servidores do Incra
Conforme a polícia, as investigações apontaram que a organização criminosa contava com a participação de servidores públicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) do Amazonas, que atuavam no sentido de “esquentar” essas terras no acervo patrimonial dos criminosos integrantes do esquema.
As investigações apuraram que a organização criminosa invadiu e se apropriou de mais de 9 mil hectares de terras pertencentes à União, sendo que nestas terras foi identificada ação de desmatamento que atingiu cerca de 4 mil hectares.
“Os servidores do Incra têm acesso ao sistema, aos registros oficiais e, mediante recebimento de vantagens indevidas, eles atuavam no sentido de emitir documentação que legitimasse a posse ou ‘propriedade’, falo entre aspas, porque de fato a propriedade não é desses indivíduos, eles utilizam e controlam, mas o patrimônio não é deles. Os servidores do Incra faziam ali o que estava ao alcance deles, dentre as atribuições funcionais deles, em relação à emissão de documentos para legitimar a posse da terra no acervo patrimonial da família”, afirmou o delegado.
Prejuizo
Ainda segundo informações da PF, o setor de perícias constatou que, durante o processo de usurpação da área foram explorados recursos ambientais avaliados em mais de R$ 13,6 milhões, o que gerou um custo de reparação equivalente a mais de R$ 28,8 milhões.
Isso significa dizer, de acordo com a polícia, que o dano ambiental total da União chegou a mais de R$ 42,5 milhões.
Os mandados judiciais que estão sendo cumpridos nesta quinta foram expedidos pela 7ª Vara Federal Ambiental e Agrária da Seção Judiciária do Amazonas. A pedido da Polícia Federal, o Poder Judiciário determinou o sequestro de bens dos investigados em cerca de R$ 17 milhões.
Terras isoladas
O fato de as áreas invadidas pela organização serem de difícil acesso, dificulta, segundo o delegado, as atividades de fiscalização, o que facilitava a atuação do grupo.
“Fica constatado e a gente pode dizer, uma verdadeira ausência do estado, até mesmo pela dificuldade de deslocamento até esses locais. Agora, no inverno amazônico, a gente sabe que os ramais aqui são bem complicados e por isso mesmo a gente precisou contar com o auxílio da coordenação de aviação operacional da PF, que proporcionou a gente chegar nessas fazendas alvos das medidas.”
O delegado informou que as investigações devem continuar e que medidas judiciais devem ser tomadas após o levantamento das informações colhidas no material apreendido na operação.
“Sem sombra de dúvidas o material apreendido vai revelar novos elementos de informações que vão contribuir no prosseguimento das investigações e as medidas agora na esfera judicial vão ser tomadas, eventual oferecimento de denúncia por parte do Ministério Público e decretação do perdimento desses bens em favor da União”, concluiu.

As investigações apuraram que a organização criminosa invadiu e se apropriou de mais de 9.000 (nove mil) hectares de terras pertencentes a União, sendo que nestas foi identificada ação de desmatamento que atingiu aproximadamente 4.000 hectares.
Nome da operação
O nome da operação faz referência ao fato histórico denominado “Doação de Constantino”. O episódio se baseia na utilização de documento que legitimaria a doação supostamente efetivada pelo Imperador Constantino de vastas áreas de terra na Europa Ocidental à determinada instituição religiosa. Atualmente, as correntes historiográficas são unânimes em afirmar que o referido documento nunca teve nenhum grau de autenticidade.
Aproximadamente 100 (cem) Policiais Federais cumprem, na data de hoje, 04 Mandados de Prisão Preventiva e 22 Mandados de Busca e Apreensão nas cidades de Rio Branco/AC, Manaus/AM e Boca do Acre/AM. São também alvos das medidas judiciais as fazendas do grupo localizadas nos municípios de Lábrea/AM e Boca do Acre/AM.
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Homem em posse de faca, agride irmã, esposa e a própria mãe em Cruzeiro do Sul
Mais um caso de violência doméstica foi registrado em Cruzeiro do Sul. Na manhã desta quarta-feira (06), um homem agrediu a mãe, a irmã e a esposa no bairro da Cohab.
De acordo com informações da Polícia Militar, ele estava sob efeito de bebidas alcoólicas e, possivelmente, entorpecentes. O agressor se trancou sozinho em um quarto portando uma arma branca.
O grupamento tático da PM fez a intervenção com uso de uma arma de condutividade elétrica e a situação foi controlada.
O homem foi encaminhado para a delegacia, sob a acusação de violência doméstica.
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ACRE: Equipes de Atenção Básica realizaram 2,9 mil consultas de pré-natal com seis ou mais atendimentos por gestante em 2021

Incentivo financeiro será feito em sete parcelas via Regiões de Saúde do Alto Acre, Baixo Acre e Purus e Juruá e Tarauacá/Envira Reportagem Thiago Marcolini portal Brasil 61
Reportagem portal Brasil 61
Mesmo com pré-natal disponível pelo SUS em todas as regiões do estado, quadro de mortalidade materna e infantil deixa autoridades de saúde em alerta
No estado do Acre, as equipes de Atenção Básica realizaram 2,9 mil atendimentos médicos que englobam essa quantidade mínima, entre janeiro e dezembro de 2021.
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Mulher é morta a facadas, degolada e tem corpo jogado em quintal
A Polícia Civil de Plácido de Castro, município distante 95 quilômetros da capital acreana, atua elucidação de mais um feminicídio ocorrido na região de fronteira. A vítima, Tamires Rodrigues, 31 anos, foi assassinada a facadas e degolada, supostamente na madrugada desta quarta-feira (6).
O corpo foi deixado no terreno da casa onde a mesma morava no bairro Manchete e removido para o Instituto Médico Legal (IML) de Rio Branco.
De acordo com as informações da polícia, Tamires já tinha cumprido pena no presídio da capital e gozava de liberdade no regime aberto. Era mãe de uma filha de 2 anos e morava sozinha numa casa alugada.
Por volta de 6h da manhã de hoje, um vizinho percebeu que a mesma estava caída no quintal da casa onde morava e descobriu que a mesma estava morta.
A Polícia Civil avisada do ocorrido e constatou que o cadáver apresentava várias perfurações de arma branca e tinha sido degolada.
A motivação para um crime tão violento ainda é desconhecido pela polícia.
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