fbpx
Conecte-se conosco

Acre

Após um ano da tragédia, Brasiléia ainda tenta se recuperar da enchente

Publicado

em

Muitas das promessas ficaram somente registradas em pautas jornalísticas

Alexandre Lima

Alagamento alcançou cerca de 75% da cidade de Brasiléia, deixando um rastro de destruição e prejuízos - Fotos: Alexandre Lima

Alagamento alcançou cerca de 75% da cidade de Brasiléia, deixando um rastro de destruição e prejuízos – Fotos: Alexandre Lima

Precisamente no dia 17 de fevereiro de 2012, a pequena cidade de Brasiléia começava a receber o que seria a pior das catástrofes naturais de sua história, que antes apenas havia acontecido no ano de 1978, quando foi alcançada pelas águas do Rio Acre atingido boa parte das poucas residências na época.

Em anos posteriores, apenas locais mais próximo as margens foram alcançados. Nessa mesma época, acontecia o carnaval e não se acreditava numa enchente que alcançaria cerca de 75% da área urbana de Brasiléia, quando subiu cerca de 5 metros acima da cota de transbordamento que é 13,40mt.

O sinal já vinha da cidade de Assis Brasil, no extremo norte na fronteira na divisa com os países vizinhos do Peru e Bolívia. O pequeno vilarejo de Iñapari, foi alcançado e praticamente sumiu quando a água lamacenta e fria que desceu dos andes, invadiu cerca de 90% da localidade.

No lado brasileiro, em Assis Brasil, três bairros foram alcançados, fenômeno nunca acontecido nos seus 36 anos de existência. Os mais antigos então alertaram: “Meu filho, alerte os moradores de Brasiléia, vai muita água e poderá ser pior que 1978, pois, naquela época sequer alcançou o coreto no lado peruano”, e assim foi feito.

Mesmo sendo avisados, as autoridades de Brasiléia resolveram, em regime de alerta juntamente com Bombeiros, PM e funcionários da Defesa civil continuar com a festa. Cerca de 48 horas, num sábado, as águas barrentas e fria do Rio Acre começou a chegar na praça central onde acontecia o carnaval.

Vilarejo de Iñapari, no Peru, foi praticamente coberto pelas águas do Rio Acre. 48 horas após chegou na cidade de Brasiléia - Foto: Alexandre Lima

Vilarejo de Iñapari, no Peru, foi praticamente coberto pelas águas do Rio Acre. 48 horas após chegou na cidade de Brasiléia – Foto: Alexandre Lima

Daí pra frente, se podia perceber que algo grande estava pra acontecer. Sem se dar conta da grandeza do desastre que vinha pela frente, alguns barraqueiros estavam irredutíveis em não sair da praça juntamente com alguns foliões, já que o pensamento era ganhar dinheiro enquanto outros se divertiam.

Inacreditavelmente, num prazo de 48 horas, às águas do Rio Acre quase cobria a praça Ugo Poli, e todas as casas das redondezas, foram invadidas. Se percebia que o nível registrado em 1978 estava ficando para trás e não parava de subir, e como consequência, foi necessário o corte da energia elétrica por segurança.

Cena inimaginavel: Um batelão navegando pelas ruas de Brasiléia - Foto: Alexandre Lima

Cena inimaginavel: Um batelão navegando pelas ruas de Brasiléia – Foto: Alexandre Lima

Só restou para a ex-gestora, publicar um Decreto de Calamidade Pública com duração de 90 dias e convocar todos que poderiam ajudar de alguma forma, retirar o que fosse possível de suas casas. Brasiléia também ficaria além da energia, da comunicação já que os equipamentos foram alcançados pela água e danificados.

Nos dias seguintes, quase uma longa semana depois, cerca de 75% da cidade foi tomada pelas águas. A destruição e prejuízo chegou para todos, sem distinção de classe, credo ou nível social e atingia também, parte das cidades de Epitaciolândia e Cobija, no lado boliviano.

Bombeiros, Polícia Militar e Civil, Defesa Civil, Exercito Brasileiro e populares, se reversavam para ajudar àqueles que precisavam de uma acalento. Isso sem falar de alguns que tentaram se aproveitar da situação em benefício próprio.

Cerca de cinco dias depois de muita água e lama, o nível do rio começou a baixar. Iria iniciar uma nova fase, a de voltar para casa e tentar recomeçar, já que a maioria não conseguiu a tempo, retirar seus pertences devido a velocidade que subiu. Milagrosamente, nenhuma vida se perdeu diante da tragédia natural.

Promessas ao vento

Com o nível do rio voltando a normalidade, se iniciou uma nova fase. Governo Estadual e Municipal teriam uma árdua tarefa pela frente, que seria a de reconstruir a área atingida e levar esperança àqueles que perderam tudo, ou, quase tudo.

Um batalhão composto de empresas financeiras, políticos e outros, se deslocaram até o município para anunciar promessas e mais promessas. De início, o sorriso ainda apareceu no rosto de pequenos empresários e munícipes que acreditaram em algumas palavras.

Muitas promessas por partes de órgãos públicos, agências financeiras e pouco resultado - Foto: Alexandre Lima

Muitas promessas por partes de órgãos públicos, agências financeiras e pouco resultado – Foto: Alexandre Lima

O que se viu nos meses seguintes, foram muitos sonoros “NÃO” por parte das agências bancarias. Créditos para linha branca (geladeira, fogão, etc..), foi para poucos que conseguiram com muito sufoco e pasmem, segundo informações de um funcionário da Caixa Econômica, quem mora nas áreas atingidas, nem pensar.

Segundo foi dito, existe uma norma que proíbe empréstimos para áreas de risco. No caso de Brasiléia, é importante destacar que foi cerca de 75% dos moradores atingidos, e esses, foram os que mais precisaram e ficaram de fora. Em suma, tiveram que recomeçar do zero.

Caso interesse, o Ministério Público bem que poderia investigar algumas famílias que sequer moram próximo a beira do Rio Acre, mas conseguiu avalizar empréstimos que deveriam ser dado a quem precisou, mas foi usado para comprar de veículos e outros bens.

Para quem teve suas casas completamente destruídas, só restou procurar outra para alugar ou recomeçar numa área comprada com seu suor. Nem mesmo as ajudas que vieram de fora, foram o bastante para amenizar a dor de perder o que conseguiram com bastante trabalho.

O recomeço

Nos próximos dias, só vai restar lembranças de uma tragédia que assustou o Acre e que muito ainda tem que ser feito. Pequenos empresários que tiveram suas lojas destruídas e munícipes que perderam suas casas, ainda estão assustados mesmo um ano após o alagamento.

Neste inverno de 2013, passou longe o que ocorreu ano passado. O maior nível até o momento, alcançou 9,24cm no dia 7 do mês corrente. Se realmente as previsões tiverem certas, a próxima irá chegar daqui a 35 anos, mas, isso só quem pode dizer, é Deus.

    Após o rio Acre baixar, foi a vez de retornar à cidade e recomeçar uma nova vida por conta própria - Foto: Alexandre Lima

Após o Rio Acre baixar, foi a vez de retornar à cidade e recomeçar uma nova vida por conta própria – Foto: Alexandre Lima

Vejam vídeo especial de alguns momentos da enchente que ocorreu no mês de Fevereiro de 2012 abaixo e fotos para guardar na lembrança.

Comentários

Continue lendo

Acre

Prefeito de Rio Branco prestigia 3º Moto Fest na Arena Race

Publicado

em

Por

O prefeito de Rio Branco prestigiou, na manhã do último domingo (5), a 3ª edição do Moto Fest, evento que reuniu os amantes das manobras radicais em motos e bicicletas. O encontro ocorreu no espaço Arena Race de Esportes Radicais, região da estrada do Quixadá.

Bocalom: “Na nossa gestão deixamos claro que um dos  focos era o incentivo à cultura e ao esporte” (Foto: Val Fernandes/Assecom)

Na ocasião, o prefeito participou da escolha das melhores bikes e motos, onde os candidatos apresentavam os veículos mais personalizados. O prefeito chegou a arriscar até umas aceleradas nas motos participantes, o famoso “cortar-giro”.

“Quando iniciamos nossa gestão deixamos claro que um dos nossos focos era o incentivo à cultura e ao esporte. E hoje estou muito feliz de poder prestigiar esse evento onde, não só a juventude, mas também pessoas mais maduras, amantes do motociclismo e das manobras radicais estão participando do Moto Fest. Parabéns a todos os envolvidos, aos organizadores, está uma festa linda e muito bem organizada”, comentou o prefeito.

O evento seguiu por todo o dia com várias competições, como manobras em bikes e motos, arrancadas entre outras disputas.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

Comentários

Continue lendo

Acre

Governo do Acre apresenta pautas prioritárias para integração com Pacífico em seminário da Promperu

Publicado

em

Por

O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), participa, em Porto Velho (RO), do Encontro de Negócios Peru-Brasil, promovido pelo Ministério das Relações Exteriores e Turismo do governo peruano, por meio da Comissão de Promoção do Peru para a Exportação e Turismo, a Promperu. O evento foi aberto nesta terça-feira, 7, com visitas, na parte da manhã, ao porto graneleiro de Porto Velho e à sede do governo de Rondônia, com a participação da Federação Nacional de Comércio (Fecomercio) e a Federação da Indústria de Rondônia.

Mesquita destacou estratégias do governo do Acre para fortalecimento do corredor interoceânico. Foto: Jairo Carioca/Seict

À tarde, na sede do Sindicato do Comércio Atacadista de Rondônia (Singaro), foi realizado o seminário Oportunidades Comerciais entre os Estados Fronteiriços do Peru e Brasil, aberto pelo embaixador do Peru no Brasil, Rómulo Acurio, que, ao dar boas-vindas aos presentes, reafirmou os interesses entre os países andinos pelo fortalecimento das exportações e das importações. Julio Gasparelo, presidente do Singaro, falou em nome dos empresários da Região Norte.

O titular da Seict, Assurbanípal Mesquita, a convite da Promperu, abriu as palestras com o painel Ações Empresariais no Acre para o Impulsionamento do Corredor Interoceânico, defendendo uma nova visão do estado do Acre, “que sempre foi visto como fim de rota”, abordando as oportunidades existentes nas cidades fronteiriças, conexões e modais de transportes que ligam o Atlântico ao Pacífico.

“Temos, em um raio de 750 km, milhões de consumidores. O mundo avança para as relações entre Ásia e o Pacífico, e a produção brasileira avança para estados do Centro-Oestre e do Norte. Nesse contexto, Rondônia, Acre e Mato Grosso têm se destacado de forma crescente. Nos unimos com apoio das assembleias legislativas, associações e federações, na promoção de nossas rotas e do portfólio de produtos, buscando fortalecer o comércio exterior”, analisou Mesquita.

A diretora-geral do Escritório de Comércio do Peru no Brasil (Promperu Brasil), Silvia Seperack, palestrou sobre as oportunidades comerciais com o Peru, apresentando os resultados da balança comercial peruana e o estudo de viabilidade econômica do corredor interoceânico.

Delegação acreana foi recepcionada pelo embaixador do Peru, Rómulo Acurio, e pela diretora da Promperu, Silvia Seperack. Foto: Jairo Carioca/Seict

Ainda na tarde desta terça-feira, o diretor-presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia, Fernando César Ramos, falou sobre o porto de Porto Velho e a expansão comercial binacional pela rota Pacífico. A programação segue nesta quarta-feira, 8, com a realização de um workshop sobre logística no Hotel Golden Plaza. Na quinta-feira, 9, empresários peruanos realizam visitas a empresas em Porto Velho.

A deputada estadual Antônia Sales representou a Assembleia Legislativa do Acre no evento. E voltou a defender a saída para o Pacífico pela BR-364, via Mâncio Lima, rota que liga o Acre aos portos do Pacífico via Pucallpa. Participaram da agenda, ainda, o diretor de Indústria da Seict, Albert Azenha, o diretor de Assuntos Aduaneiros da ZPE, Marcos Morais, e o representante da Câmara Técnica de Comércio Exterior, empresário Alejandro Salinas.

Fonte: Governo AC

Comentários

Continue lendo

Acre

MPAC conhece modelos de licitação para contratação de serviços de saúde

Publicado

em

Por

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio da Procuradoria-Geral Adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais e do Centro de Especialidades em Saúde (CES), realizou, na segunda-feira, 6, no Serviço Social da Indústria (Sesi), uma reunião com representantes do órgão para conhecer os modelos de licitação utilizados na instituição para a contratação de profissionais de saúde.

Presidido pela procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais e coordenadora-geral do CES, Rita de Cássia Nogueira, o encontro teve como objetivo principal obter informações sobre os métodos de contratação de pessoal na área de saúde do Sesi, visando conhecer a modalidade que melhor se adeque às necessidades do MPAC para contratação de servidores de saúde que irão compor a equipe do CES.

Além do Sesi, o MPAC visitará outras instituições para conhecer diferentes modelos de licitação. Essa iniciativa visa explorar as modalidades de contratação, conforme a Resolução n.º 268, de agosto de 2023, do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que trata da regulamentação do serviço de assistência à saúde para integrantes dos MPs.

Durante o encontro, que contou também com a participação do promotor assessor Superior Especial para Assuntos Administrativos e Institucionais, Dayan Albuquerque, e da coordenadora administrativa do CES, Luciana Dantas, foram discutidas várias modalidades de contratação, incluindo contratação direta, credenciamento e pregão.

Ao encerrar a reunião, Rita de Cássia expressou sua gratidão pela colaboração de todos os participantes e reiterou o compromisso do MPAC em priorizar a saúde preventiva dos integrantes do Ministério Público.

“Estamos elaborando a documentação para contratação de profissionais de saúde, por isso viemos ao Sesi para buscar informações sobre os modelos, as formas de contratação, para a gente poder encetar aqui no Ministério Público as providências necessárias para a contratação desses profissionais para ampliarmos ainda mais o atendimento do nosso CES”, disse a procuradora.

Participaram da reunião a gerente de Saúde do Sesi, Rosemere de Azevedo, o coordenador do Núcleo de Licitações do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac), Enilson Gonçalves, e o compliance officer do Fieac, Renato Lins.

Marcelina Freire – Agência de Notícias do MPAC

Fonte: Ministério Publico – AC

Comentários

Continue lendo