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Brasil leva gol de Henry na prorrogação e cai para França na Copa feminina

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Henry comemora o gol da França diante do Brasil na prorrogação Imagem: Franck Fife/AFP

Não deu para o Brasil. Apesar de bastante intensidade, uma atuação coletiva em alto nível e o flerte com a virada de placar, a seleção brasileira perdeu hoje (23) para a França por 2 a 1, já na prorrogação, no estádio Océane, pelas oitavas de final da Copa do Mundo feminina, e deu adeus à competição, sendo eliminada justamente pelas anfitriãs.

O jogo foi agitado do início ao fim com chances de gol para ambas as equipes. O Brasil pecou individualmente; e foi assim que a França balançou as redes. As donas da casa, por sua vez, se atrapalharam enquanto coletivo, dando brechas para rápidas e envolventes subidas canarinhas ao ataque. Gauvin abriu o placar, e Thaisa empatou, levando o jogo à prorrogação. Foi então que Henry aproveitou bola aérea e chutou no canto esquerdo de Barbara para selar a eliminação brasileira.

Agora nas quartas de final de final, em jogo previsto para a próxima sexta-feira (28), no estádio Parc des Princes, a França encara o vencedor do embate entre Espanha e Estados Unidos, que se enfrentam amanhã (24), às 13h (horário de Brasília), no estádio de Reims. Tricampeãs, as estadunidenses chegam como favoritas.

Quem foi bem: Diani e Debinha

A dobradinha de ataque formada pelas francesas Diani e Gauvin infernizou a defesa brasileira. A primeira se destacou com bons dribles, arrancadas e cruzamentos; a segunda, com presença de área e oportunismo. Em lances quase idênticos, balançaram as redes duas vezes: num o VAR anulou; no outro, a França se classificou.

Do lado brasileiro, quem fez por merecer palmas dos torcedores foi Debinha. A camisa 9 foi quem mais se movimentou, principalmente no primeiro tempo, finalizando e criando oportunidades para as companheiras. Na etapa final, foi dela a jogada que culminou no gol de Thaisa. Na prorrogação, ela já havia superado a goleira francesa quando viu sua bola ser tirada quase em cima da linha pela zaga.

Cristiane também se destacou: teve chute defendido por Bouhaddi, cabeceio explodindo no travessão e ainda uma enfiada de bola para gol que seria corretamente anulado pelo VAR.

Quem foi mal: Barbara e Tamires

Se as francesas brilharam no ataque, a responsabilidade para tal do lado brasileiro foi, individualmente, de Tamires e Barbara. A lateral encontrou muita dificuldade para marcar Diani inclusive nos dois lances já citados. A goleira, além de se atrapalhar nas duas divididas com Gauvin, cometeu erro semelhante numa levantada de bola na grande área.

Gols anulados

A árbitra canadense Marie-Soleil Beaudoin e o árbitro de vídeo italiano Massimiliano Irrati anularam primeiro um gol anotado aos 22 minutos. A francesa Gauvin se antecipou à marcação e, com a mão (ainda que próxima do peito), dividiu com a goleira Barbara e viu a bola morrer nas redes. Após atendimento médico para as protagonistas do lance, este foi revisto, e o tento, cancelado.

Franck Fife/AFP
Imagem: Franck Fife/AFP

Já nos minutos finais da partida, foi o Brasil quem viu um tento anulado pelo VAR. Tamires, em posição de impedimento, recebeu enfiada de bola de Cristiane e, na saída da goleira Bouhaddi, estufou as redes. O lance rapidamente foi cancelado pela arbitragem.

Gol confirmado

Antes, o Brasil também já havia balançado as redes com direito a consulta do VAR. Debinha avançou pela esquerda, cruzou e, após rebate da defesa francesa, Thaisa encheu o pé para empatar o jogo. A arbitragem inicialmente anulou o tento alegando impedimento de Debinha; o VAR, então, confirmou posição legal da atacante.

Atuação da França

Comandadas pela técnica Corinne Diacre, as anfitriãs chegaram para o duelo como favoritas, mas não jogaram a bola que delas se esperava. Ainda assim, beneficiaram-se da individualidade de jogadoras como Diani e Gauvin. Quando teve de se defender, a França foi por muitas vezes vencida pelas jogadas de canto do Brasil.

Atuação do Brasil

Ainda que lançando mão de uma escalação considerada “tradicional”, o Brasil foi além do óbvio com a bola rolando. Com bastante intensidade, a equipe se destacou ofensivamente em contra-ataques e principalmente nas jogadas laterais. No decorrer do segundo tempo, Vadão inclusive colocou o time para o ataque — exemplo principal foi a substituição de Formiga por Andressinha.

Yves Herman/Reuters
Imagem: Yves Herman/Reuters

90 minutos para Marta? Que tal logo 120?!

A intensidade alta do Brasil pode ser muito bem ilustrada por Marta, que enfim teve seus primeiros 90 minutos em campo num único jogo deste Mundial. A camisa 10 do Brasil usou praticamente todo o período que precedeu a Copa da França para se recuperar de lesão muscular. Na fase de grupos, foi desfalque contra a Jamaica, saiu no intervalo diante da Austrália e acabou substituída no segundo tempo frente a Itália.

Vadão foi para a prorrogação com uma substituição na manga, mas teve de queimá-la logo aos três minutos após Cristiane sentir dores na coxa esquerda. E se havia dúvida sobre Marta aguentar 90 minutos diante da França, coube à camisa 10 ficar logo 120 seguidos em campo.

Cronologia do jogo

Como era de se esperar, a França foi quem tomou a iniciativa em Le Havre. O Brasil, por sua vez, tinha a seu favor a intensidade: as canarinhas mostravam potencial nos contra-ataques — Debinha foi quem deu o primeiro chute a gol do jogo. Ainda na etapa inicial, Cristiane também teve boa chance, após boa jogada de Debinha, mas teve finalização defendida por Bouhaddi.

Mas seria uma trapalhada casada de Tamires e Barbara e um consequente gol anulado que agitaria o primeiro tempo. A lateral foi driblada por Diani, que cruzou fechado; Barbara saiu atrapalhada e perdeu dividida com Gauvin. A bola foi para dentro das redes, mas o gol foi anulado pelo VAR — a camisa 13 francesa usou a mão irregularmente.

No segundo tempo, logo aos seis minutos, não houve VAR que ajudasse o Brasil. Quase num replay do lance anulado na etapa anterior, Diani girou sobre a marcação de Tamires, venceu a lateral na corrida e cruzou para a pequena área. Gauvin se infiltrou entre Kathellen e Mônica e, de carrinho, empurrou para o fundo do gol. Bárbara, mais uma vez, errou o tempo da bola na tentativa de cortá-la.

O Brasil não entregou os pontos, e Cristiane ainda acertaria a trave antes do gol de empate. Exatos dez minutos após as francesas abrirem o placar, aí sim o Brasil empatou o duelo, com gol de Thaisa. Destaque para a jogada de profundidade e o cruzamento de Debinha.

Correria dos dois lados (principalmente do brasileiro) marcaria o restante da partida. A forte intensidade canarinha se sustentou ao longo dos 120 minutos de bola rolando — quase recompensada com a virada no placar. Mas foi a França, já no segundo tempo da prorrogação, quem conseguiria a classificação: Henry, em posição legal graças ao posicionamento avançado de Bia, aproveitou cruzamento na grande área para carimbar a vaga francesa nas quartas de final.

FICHA TÉCNICA:

FRANÇA 2 X 1 BRASIL

Local: Estádio Océane, em Le Havre (França)
Data/Hora: 23 de junho de 2019, às 16h (de Brasília)
Árbitro: Marie-Soleil Beaudoin (Canadá)
Assistentes: Princess Brown e Stephanie-Dale Yee Sing (Jamaica, ambas)
VAR: Massimiliano Irrati (Itália)
Público: 23.965 torcedores presentes
Renda: Não informado
Cartões amarelos: Renard (França); Tamires, Formiga e Bia (Brasil)
Gols: Gauvin aos 6′ e Thaisa aos 16 minutos do segundo tempo; Henry no 1º minuto do segundo tempo da prorrogação

FRANÇA: Bouhaddi, Torrent (Perisset), Mdock, Renard, Majri (Karchaoui), Asseyi (Thiney), Bussaglia, Henry, Le Sommer, Diani e Gauvin (Cascarino). Técnica: Corinne Diacre.

BRASIL: Barbara; Leticia (Poliana), Kathellen, Mônica e Tamires; Formiga (Andressinha), Thaisa e Marta; Ludmila (Bia), Cristiane (Geyse) e Debinha. Técnico: Vadão.

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Após ataque de Israel, Brasil pede “máxima contenção” ao Irã

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Mauro Vieira se reuniu com o chanceler iraniano nesta sexta-feira (19)
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 23/11/2023

Mauro Vieira se reuniu com o chanceler iraniano nesta sexta-feira (19)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira , se reuniu com o chanceler do Irã , Hossein Amir-Abdollahian , nesta sexta-feira (19), horas depois do ataque de Israel contra uma base militar em Isfahan. O encontro ocorreu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) , em Nova York, nos Estados Unidos.

Segundo o Itamaraty, o chanceler brasileiro pediu ao homólogo iraniano “máxima contenção” para evitar uma tragédia ainda maior no conflito do Oriente Médio.

Em nota divulgada na tarde desta sexta, o Itamaraty ainda informa que Mauro Vieira está convocando a comunidade internacional “a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada” na guerra da região.

Israel disparou bombas na base militar rival após sofrer ataques com drones do Irã. Na ocasião, o governo iraniano disse que sua ofensiva era um revide ao ataque aéreo de 1º de abril contra o prédio do consulado do país na capital síria, que matou altos comandantes iranianos.

Leia o comunicado do Itamaraty na íntegra:

Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan.

O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.

Esse apelo foi transmitido diretamente pelo Ministro Mauro Vieira ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, em encontro bilateral ocorrido hoje na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

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Fonte: Nacional

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Primeiro fórum estadual do Programa Imóvel da Gente é instalado em SP

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O primeiro Fórum Estadual de Apoio ao Imóvel da Gente foi instalado nesta sexta-feira (19), na cidade de São Paulo. O fórum atua no âmbito do Programa de Democratização de Imóveis da União, criado pelo governo federal para destinar imóveis públicos sem uso para habitação social e outras políticas públicas.

A Instalação do fórum, que objetiva promover o debate e a priorização da democratização desses imóveis, teve a presença da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que destacou a importância da participação de integrantes do estado e município.

“Essa parceria vai viabilizar recursos suficientes para garantirmos moradias nos centros das cidades. É uma felicidade enorme de poder firmar esse acordo e ter o primeiro fórum aqui em São Paulo, porque essa cidade possui uma maturidade nessa discussão gigantesca e que vai nos ajudar a levar essa cultura para todo o Brasil”, disse a ministra, conforme divulgação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Dweck acrescentou que o programa valoriza o patrimônio público ao dar uma destinação social, garantindo a prestação de um melhor atendimento à população, com cuidado especial à população em situação de rua.

Com o programa, mais de 500 imóveis da União em 200 municípios poderão ser destinados a outros entes federativos, movimentos sociais e setor privado para construção de habitações e equipamentos públicos. Além desses, que estão sob gestão da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem 3.213 imóveis não operacionais passíveis de serem destinados para outros projetos.

Hoje, foram nomeados 18 titulares e suplentes do grupo em São Paulo. O fórum paulista conta com a participação de representantes do governo federal, estadual e municipal, além da sociedade civil. Na oportunidade, também foi assinado Acordo de Cooperação Técnica entre União e Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico para apoiar ações do programa.

O superintendente do Patrimônio da União de São Paulo, Celso Santos Carvalho, afirmou que a missão é colocar esse patrimônio imobiliário a serviço da consolidação dos direitos e do combate à desigualdade social no país. “A orientação do presidente Lula é de democratizar os imóveis da União e essa é a nossa forma de contribuir para o esforço de reconstrução nacional”, disse.

Fonte: EBC GERAL

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Belém sedia evento indígena preparatório para a COP 30

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Mais de 400 representantes de diferentes etnias participam, em Belém (PA), da I Semana dos Povos Indígenas. Com o tema “Emergência climática: povos indígenas chamam para a cura da Terra”, o evento começou nesta quinta-feira (18) e segue até domingo (21), em vários pontos da cidade.

Realizado pela Secretaria Estadual dos Povos Indígenas (Sepi), com apoio do governo federal, reforça o papel dos povos originários na preservação ambiental e no combate às mudanças climáticas. Além de debates sobre temas como sustentabilidade, manejo florestal, agricultura familiar e medicina tradicional indígena, a programação inclui apresentações culturais, oficinas, prestação de serviços e uma feira de artesanato.

O evento também serve de preparação para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30), agendada para acontecer na capital paraense em novembro de 2025. A expectativa é que a conferência atraia cerca de 50 mil visitantes.

“A ideia é que o povo de Belém receba os povos indígenas, não somente esta semana, mas que, cada vez mais, o Pará se torne território indígena; que reconheça essa identidade [indígena], sua ancestralidade. E que a gente possa caminhar para uma COP 30 assim, realizando um dos maiores eventos ambientais do planeta”, afirmou a secretária estadual Puyr Tembé, em nota divulgada pela Sepi.

Demografia

A abertura oficial do evento acontece na noite desta sexta-feira (19), mas os debates já estão acontecendo desde quinta-feira (18), quando a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) divulgou uma nota técnica sobre o tamanho da população indígena no Pará e a forma como ela está distribuída pelo estado.

“A população indígena no Pará apresenta uma distribuição heterogênea, com concentração em determinadas regiões, o que demanda estratégias específicas para cada comunidade”, apontam os responsáveis pela análise elaborada a partir dos resultados dos dois últimos Censos Demográficos (2010 e 2022) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No último período, no Pará, o número de pessoas que se declaram indígenas aumentou 58%, passando de 51.217 pessoas, em 2010, para 80.980, em 2022. Com isso, os indígenas já são, oficialmente, 1% da população paraense. A “forte expansão demográfica” registrada no estado acompanhou a tendência nacional. No país, o número de brasileiros que se identificam como indígenas cresceu quase seis vezes entre 1991, quando eram pouco mais de 294 mil, e 2022, ano em que já eram mais de 1,694 milhão. 

Ainda que o número de indígenas paraenses com 60 anos ou mais tenha aumentado 118% entre 2010 e 2022, a população indígena estadual é majoritariamente jovem: praticamente metade (49,7%) dela tem entre 15 e 49 anos de idade. Os dados também apontam para uma paridade entre pessoas do gênero feminino (40.530) e do masculino (40.450). A situação, contudo, representa uma reversão nos padrões demográficos, já que, segundo a Fapespa, em 2010, os homens eram maioria.

Preservação

Também nesta quinta-feira, aconteceu, dentro da programação oficial da semana, um painel sobre preservação ambiental e mudanças climáticas nas terras indígenas do Pará. Participaram do debate representantes do Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Associação Angrokrere – Mebengokre, das secretarias estaduais de Segurança Pública e Defesa Social, Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, além do Banco do Estado do Pará (Banpará).

“Destacamos o Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa e seu processo de construção, com a participação ativa dos povos [originários] e comunidades tradicionais”, comentou, em nota, o secretário-adjunto estadual de Recursos Hídricos e Clima, Raul Protázio. Já o representante do Ministério dos Povos Indígenas, Bruno Potiguara, diretor de Gestão Ambiental Territorial e Promoção do Bem Viver Indígena, destacou a visibilidade que eventos como a I Semana dos Povos Indígenas confere. “É muito interessante fazer esse trabalho pensando no contexto de todo o estado, pensando na proteção territorial, na gestão de seus territórios”.

Fonte: EBC GERAL

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