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Colégio Dom Pedro II: Escolhas de acreanos para estudar no Colégio Militar

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O Dom Pedro II é um dos três colégios públicos militares do Acre e completou, no último dia 16 de junho, um ano de atuação.

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Mágila Campos

Às 5 horas da manhã Ryan Nogueira desperta, toma café, ajuda os pais nos afazeres do campo e, antes mesmo das 7 horas, sai de casa, porque ele ainda precisa pegar um ônibus e andar por quase 27 quilômetros até chegar ao Colégio Militar Dom Pedro II, onde estuda o 1º ano do ensino médio. A escola fica na capital, distante 26,9 km de Senador Guiomard, cidade onde ele mora.

Ryan mora em Senador Guiomard e todos os dias vem à capital para estudar Foto: Pedro Devani

“No meu município tem escola, mas eu queria estudar aqui, e por isso faço esse sacrifício todos os dias, porque aqui tem tudo que eu sonhei. Aqui eu vejo meu futuro, vejo tudo que eu quero ser um dia, tudo o que eu quero ser, tudo que eu busco vem daqui. Aqui vem sendo minha maior motivação”, conta o esperançoso aluno, que sonha em seguir na carreira militar.

O Dom Pedro II é um dos três colégios públicos militares do Acre e completou, no último dia 16 de junho, um ano de atuação. E mesmo com pouco tempo, a aceitação da comunidade é grande. Famílias inteiras mudaram suas vidas para se adequar à rotina da escola, como é o caso da mãe de João Victor Almeida, colega de Ryan.

O Colégio comandado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) fica localizado no bairro Santo Afonso, uma das zonas periféricas de Rio Branco, e atualmente atende cerca de 781 alunos (Fotos: assessoria)

Mãe se muda para morar perto da escola dos filhos

Maria Almeida deixou a casa própria para morar de aluguel, só para ficar mais perto do colégio dos filhos.  “Queria que meus filhos estudassem aqui, então mudei minha vida e de minha família completamente. Saí da minha casa para morar de aluguel, só para ficar perto do colégio e não me arrependi”, conta.

Maria Almeida deixou a casa própria para morar perto da escola dos filhos Foto: Pedro Devani

O Colégio comandado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC) fica localizado no bairro Santo Afonso, uma das zonas periféricas de Rio Branco, e atualmente atende cerca de 781 alunos.

“O Colégio Militar foi uma benção pros meus filhos, minha filha melhorou muito, muito mesmo. Meu filho  não queria vir pro Colégio Militar porque o pessoal falava que era um bicho de sete cabeças, isso e não sei o quê, e realmente não é. As pessoas tratam as crianças maravilhosamente”, conta a mãe, que hoje mora em frente à escola e é chamada pelos alunos de “tia”, já que tem um lanche que atende quase toda a escola.

Escola inclusiva

João é cadeirante e a proximidade com a escola facilita, já que não precisa pegar transporte para chegar. Aliás, a inclusão de alunos com necessidades especiais é um dos diferenciais da instituição. O Dom Pedro II é o primeiro colégio militar do Brasil a aceitar alunos com necessidades especiais.

Os militares entram com a parte disciplinar, regimento e aulas, instruções cívicas, primeiros socorros, salvamento, ordem unida, entre outras (Foto: assessoria)

“Nós temos 23 alunos especiais, mas nós temos outros vários casos de alunos que estão sendo analisados. Eu tenho certeza absoluta que ela é uma escola inclusiva”, diz a coordenadora, Katiúcia Crispim. A coordenadora lembra ainda que o Colégio tem um papel social, fundamental na comunidade, que é “resgatar a família,  tirar aluno de situações de risco”.

O diretor da instituição, Major Craveiro, relembra que o local para a instalação da unidade escolar, o loteamento Santo Afonso, foi definido estrategicamente, levando em consideração indicadores sociais e econômicos da comunidade.

O comandante destacou, ainda, que os profissionais da área educacional fazem parte do corpo docente da Secretaria de Educação do Estado. “Os militares entram com a parte disciplinar, regimento e aulas, instruções cívicas, primeiros socorros, salvamento, ordem unida, entre outras”, salienta.

O Dom Pedro II é um dos três colégios públicos militares do Acre e completou, no último dia 16 de junho, um ano de atuação. E mesmo com pouco tempo, a aceitação da comunidade é grande (Foto: assessoria)

A coordenadora lembra ainda que o Colégio tem um papel social, fundamental na comunidade, que é “resgatar a família,  tirar aluno de situações de risco (Foto: assessoria)

O Dom Pedro II é um dos três colégios públicos militares do Acre e completou, no último dia 16 de junho, um ano de atuação. E mesmo com pouco tempo, a aceitação da comunidade é grande (Foto: assessoria)

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Comitiva busca o fortalecimento de políticas LGBT no Acre

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A Divisão dos Direitos das Pessoas LGBT+ da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), em parceria com o Conselho Estadual de Combate à Discriminação LGBT+ do Acre (CECDLGBTAC), estão entre os dias 14 e 19 de abril, realizando visitas institucionais na região do Juruá no Acre, nos município de Cruzeiro do Sul (AC), Rodrigues Alves (AC) e Mâncio Lima (AC).

A iniciativa tem como foco articular e sensibilizarem as gestõe municipais para a criação dos conselhos municipais LGBT+, para a realização da 2ª Conferencia Regional LGBT+ do Juruá que ocorrerá no mês de Junho de 2024, sediada no município de Cruzeiro do Sul (AC), bem como tratarem dos serviços de implementação do Centro de Referência LGBT+ do Acre.

Na ocasião estiveram em reunião com o Prefeito de Cruzeiro do Sul (AC), Zequinha Lima, com as secretarias de Assistência social, Cultura, Equipe do CREAS do município, com a Fundação de Cultura Elias Mansour, promovendo ações necessárias para a implementação das políticas afirmativas aos direitos humanos da população LGBT+ do Acre.

A comitiva promovida pela SEASDH, realizou visitas de articulação e mobilização na gestão do executivo municipal de Mâncio Lima (AC) e Rodrigues Alves (AC), para que gestores e profissionais desses municípios entendam a importância de estarem construindo ações afirmativas para o segmento LGBT+ dos seus territórios e da região do Juruá, bem como a participação deles na Conferência Regional LGBT+ do Juruá.

“O que depender do município de Cruzeiro do Sul, vamos auxiliar para que possamos estar ajudando a realização da Conferência LGBT+ do Juruá e dar encaminhamento as politicas afirmativas de enfrentamento a qualquer discriminação, voltada a população LGBT+ de nosso município,” declarou o prefeito de Cruzeiro do Sul Zequinha Lima.

A prefeita em exercício do município de Mâncio Lima, Ângela Valente, também reafirmou a importância dos encontros.

“Muito importante a vinda da comitiva em nosso município, todos precisamos aprender sobre como podemos auxiliar para criarmos uma cultura de paz, respeito e dignidade para todas as pessoas, sem haver qualquer discriminação,” declarou Ângela Valente.

O Presidente do Conselho Estadual de Combate a Discriminação LGBT+ do Acre, falou sobre a importância das parcerias.

“É muito importante a parceria que a SEASDH, através da Divisão dos Direitos das Pessoas LGBT+, da Diretoria de Direitos Humanos, está oportunizando para que o Conselho possa estar indo aos municípios do Acre, articulando ações e se colocando a disposição para que possamos construir juntos as politicas afirmativas de direitos humanos em favor da população LGBT+ do Acre”.

Germano Marino, chefe da Divisão dos Direitos das Pessoas LGBT+, da SEASDH, falou sobre o trabalho desenvolvido.

“ Desde que assumi a chefia dessa divisão, recebi a missão da Diretoria de Direitos Humanos da SEASDH, para que tivéssemos uma parceria com todos os movimentos LGBT+, do controle social, para que pudéssemos atuar em conjunto e buscar as melhores oportunidades para as politicas afirmativas de valorização dos direitos humanos da população LGBT+ do Acre. Estamos nos mobilizando e atuando em conjunto com outros movimentos e principalmente com o Conselho Estadual de Combate a Discriminação LGBT+, para que possamos chegar com as ações, as capacitações, os letramentos, o incentivo ao esporte, a cultura, a empregabilidade, renda, saúde, dignidade, para todos os LGBT+ dos 22 municípios acreanos. E isso só e possível, porque temos um governador preocupado não apenas com obras, mas com o desenvolvimento humano das pessoas do nosso Estado”.

A comitiva segue nesse mês de maio até junho em visitas a outras regiões do Estado, na articulação e promoção dos direitos humanos da população LGBT+ do Acre, buscando garantir a participação das gestões municipais, militância LGBT+, dentre outros movimentos e agentes públicos, na realização das Conferências Regionais e articulação de serviços de atendimento aos LGBT+ acreanos.

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Levantamento mostra que acesso precário à internet limita o potencial do campo

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Mesmo em polos agrícolas de grande relevância nacional, como Sorriso (MT), Uberaba (MG) e Rio Bananal (ES), a conectividade rural ainda apresenta índices preocupantes. Segundo o Indicador de Conectividade Rural (ICR), elaborado pela ConectarAgro em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), esses municípios apresentam ICRs de 0,2190, 0,4877 e 0,5725, respectivamente, demonstrando a necessidade urgente de ampliar o acesso à internet no campo.

O ICR, que teve sua primeira atualização em abril de 2024, é resultado do cruzamento de dados do Cadastro Ambiental Rural (CAR) com o Índice Brasileiro de Conectividade (IBC) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Através dessa análise, o estudo identificou que apenas 18,79% da área agrícola nacional possui cobertura 4G e 5G, concentrando-se principalmente nas regiões Sul e Sudeste.

As disparidades no acesso à internet no campo também se manifestam entre diferentes grupos de produtores. Enquanto 39% dos pequenos agricultores possuem cobertura 4G e 5G em toda a área de produção, essa proporção cai para 16,2% entre os médios produtores e 6,4% entre os grandes. Nos assentamentos da reforma agrária e comunidades tradicionais, a situação é ainda mais crítica, com apenas 10,4% e 26,1% de cobertura, respectivamente.

A internet se configura como uma ferramenta essencial para o aumento da produtividade no campo. Através dela, os agricultores podem monitorar em tempo real o funcionamento de máquinas agrícolas, otimizar o manejo das lavouras, acessar informações de mercado e se conectar com compradores. A falta de conectividade, portanto, limita o potencial do agronegócio brasileiro de alcançar sua máxima eficiência.

Auxílio-internet – Para combater essa realidade, a Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que cria o auxílio-internet para famílias de baixa renda e agricultores familiares. O projeto, que ainda precisa ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo Presidente da República, prevê a concessão de um valor mensal para a compra de dispositivos móveis e acesso à internet.

Além do auxílio-internet, o projeto também cria a Política Nacional de Conectividade da Agricultura Familiar (PNCAF), com o objetivo de promover a inclusão digital nesse segmento populacional e fomentar o uso de tecnologias digitais no campo. A PNCAF prevê a priorização da compra de equipamentos nacionais, a oferta de cursos de capacitação e a criação de mecanismos para facilitar a comercialização da produção por meio de plataformas online.

Desafios – Apesar dos avanços, ainda há um longo caminho a ser percorrido para garantir o acesso universal à internet no campo brasileiro. A universalização da conectividade rural exigirá investimentos em infraestrutura, políticas públicas direcionadas e ações de conscientização sobre os benefícios da internet para o agronegócio.

Superar os desafios da conectividade rural é fundamental para impulsionar o desenvolvimento do agronegócio brasileiro, aumentar a produtividade, reduzir custos e ampliar as oportunidades para os agricultores familiares.

Imagem e informações da ConectarAgro

Este mapa radiográfico da conectividade rural no Brasil, apresentado pelo ICR, serve como um alerta para a necessidade de ações urgentes e coordenadas para garantir que o campo brasileiro esteja conectado ao mundo digital e possa alcançar todo o seu potencial.

Fonte: Pensar Agro

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FPA diz que programa Terra da Gente, do governo, aumenta a insegurança no campo

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O governo federal lançou um decreto polêmico, que tem levado insegurança ao campo. O objetivo, segundo o governo, é revitalizar a política de reforma agrária no Brasil. O Decreto nº 11.995, de 15 de abril de 2024, introduz o programa “Terra da Gente”, que pretende agilizar a aquisição de terras para distribuição aos beneficiários de políticas públicas de regularização fundiária, incluindo comunidades quilombolas e outros grupos tradicionais. No entanto, a medida suscitou debates acalorados e críticas por parte de representantes do setor agropecuário, que veem a ação como uma ameaça à segurança jurídica e ao direito de propriedade.

O programa delineia várias formas de obtenção de terras, como desapropriação por interesse social, expropriação em casos de trabalho análogo à escravidão e arrematação judicial de imóveis rurais. Essas modalidades estão alinhadas com esforços anteriores do governo para garantir o cumprimento da função social da propriedade.

Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou a necessidade de proteção ao direito de propriedade e expressou preocupação com o recente aumento das invasões de terras, principalmente durante o período conhecido como “Abril Vermelho”. Lupion criticou o que ele descreve como uma conivência entre membros do governo e grupos de movimentos sociais rurais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que têm participado ativamente de tais invasões.

Em resposta, o governo argumenta que o “Terra da Gente” é uma ferramenta crucial para combater a desigualdade no acesso à terra no Brasil. O programa também contempla diretrizes específicas para garantir que apenas terras que não cumprem sua função social sejam consideradas para desapropriação, conforme determinado por recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além disso, a legislação em torno das desapropriações gerou um debate legal significativo. Especialistas apontam que o decreto pode estar em desacordo com a Constituição Federal, que exige que desapropriações sejam regulamentadas por lei, não por decreto. Esse ponto é particularmente sensível, uma vez que envolve a interpretação de cláusulas pétreas da Constituição relacionadas à propriedade produtiva e sua função social.

De acordo com o presidente da FPA, o setor produtivo está preocupado com o decreto que pode trazer insegurança jurídica e promover a relativização do direito de propriedade, enfatizando que a regulamentação de procedimentos para desapropriação deve ser feita por lei, não por decreto.

O presidente da FPA destacou a importância de proteger a população rural e o direito de propriedade, salientando que o decreto recentemente publicado apresenta pontos que acentuam a insegurança jurídica e afrontam garantias fundamentais asseguradas pela Constituição Federal. Nesse sentido, a Frente Parlamentar busca soluções para garantir a segurança e o desenvolvimento do campo brasileiro, enfrentando os desafios decorrentes das invasões de terras e das mudanças nos programas de apoio à agricultura.

Fonte: Pensar Agro

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