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Cotidiano

Com ponte do Madeira, Acre espera fortalecer rota para exportar produtos brasileiros pelo Pacífico

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Com a inauguração da Ponte do Abunã, Acre se torna porta de entrada de investimentos pela Estrada do Pacífico — Foto: Aline Nascimento/G1

Por Aline Nascimento

Com a inauguração da Ponte do Abunã, no Rio Madeira, nesta sexta-feira (7), o Acre fica integrado com os demais estados brasileiros e passa a ter mais possibilidades de exportação dos alimentos e produtos acreanos. A integração reduz o tempo de transporte, custos e fortalece a exportação do estado acreano para os países andinos e a Ásia pela Estrada do Pacífico, que liga o Brasil ao sul do Peru.

A Estrada do Pacífico, a Via Interoceânica, começa em Porto Velho (RO) pela BR-364 e segue no Acre pela BR-317, passando pelas cidades de Rio Branco, capital acreana, Senador Guiomard, Capixaba, Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil, município acreano que faz fronteira com o Peru e a Bolívia – a chamada tríplice fronteira.

Com a abertura da Ponte do Abunã, o Acre se torna porta de entrada de todos os investimentos do Pacífico, Ásia e dos países andinos, que possuiu um grande mercado. Transportadoras de todo Brasil que exportam para esses países vão usar o Acre como acesso e caminho para chegar à rota final.

Com isso, a integração garante mais ainda condições do estado acreano exportar e importar suas produções para outros estados e países do mundo. Essa é a expectativa do governo do Estado e dos empresários acreanos.

Aumento na produção

“Nosso grande interesse são os países andinos, nossos vizinhos, a integração da Amazônia. Fomos agraciados, na quarta-feira [5], com a liberação do governo peruano para exportar. Aí pelos 60 a 90 dias deve vir uma emissão do governo peruano e deveremos ser habilitados para exportar. Então, a carne suína vai ser exportada aqui da região Amazônica e isso nos proporcionará melhorias, vamos, pelo menos, triplicar a produção”, comemorou o diretor-presidente da agroindústria Dom Porquito, Alder Costa Cruz.

A agroindústria já exporta carne suína para a Bolívia, Hong Kong, Moçambique e Uruguai. No Brasil, os clientes da Dom Porquito são Rondônia, Amazonas e Roraima. A empresa tem produtores de porcos em Mato Grosso, que encaminha duas vezes por semana suínos para a sede em Brasileia, interior do Acre. O diretor conta que, antes da ponte, as carretas passavam até seis horas esperando a travessia na bolsa do Rio Madeira.

Agroindústria Dom Porquito exporta 30% da produção para a Bolívia, Uruguai, Moçambique e Hong Kong — Foto: Arquivo pessoal

Isso prejudicava a carga, os animais sofriam insolação, o coro do animal, que é aproveitável, perdia qualidade e a empresa precisava avaliar cada animal. Segundo Cruz, um dos grandes benefícios da ponte é a logística.

“Então, isso será enormente melhor. Para atravessar uma balsa, você paga mais no seguro nas cargas, que tem alto valor e são seguradas. Então, na balsa tem uma acréscimo no custo. Os benefícios são enormes. A redução de custo não é tão evidente, temos ganho de produtividade, de melhoria, qualidade final do produto”, frisou.

A Dom Porquito abate diariamente 250 porcos e exporta 30% de toda produção, tendo como maior cliente o próprio Acre. A empresa, criada em 2016, fica entre Brasileia e Assis Brasil, na rota da Interoceânica.

“Temos cerca de 40 produtores integrados na região de Epitaciolândia e Brasileia. Recebem esse leitão com 23 quilos e 60 dias de idade. Engordam até os 120 quilos. Toda alimentação a Dom Porquito fornece para o produtor, que os principais insumos são milhos, farelo de soja, que a gente ainda traz de Mato Grosso, e farinha de carne que é toda produzida no Acre”, concluiu.

Dom Porquita vai se habilitar para exporta carne de porco para os países andinos e da Ásia — Foto: Arquivo pessoal

Acre como porta de entrada

Em entrevista à Rede Amazônica Acre, o governador Gladson Cameli, comemorou a inauguração da ponte e disse que o estado está em uma ótima expectativa sobre o desenvolvimento. Para ele, a infraestrutura está completa para o desenvolvimento industrial e do agronegócio do estado.

“O Acre, sozinho, não tem como atender qualquer situação de exportação. Precisamos de Rondônia, do Amazonas, de Roraima, que está na outra ponta fazendo fronteira com o Atlântico, com o Mato Grosso. Digo que a expectativa e ansiedade é grande, o Acre começou a produzir e irá aumentar cada vez mais a geração de empresas por meio da própria industrialização local sem a gente ir contra as regras ambientais, podemos ir para o agronegócio e industrialização respeitando as regras ambientais porque queremos utilizar o turismo ecológico”, destacou.

Ponte sobre o rio Madeira, em Abunã, está com estrutura pronta. — Foto: Reprodução/Rede Amazônica

Cameli acrescentou que a inauguração da ponte representa liberdade para o Acre para o investimento. Ele explicou que a venda da Zona de Processamento de Exportação (ZPE), na cidade de Senador Guiomard, no interior, que foi vendida por R$ 25,8 milhões em um leilão no dia 16 de abril, é um dos passos positivos para que a população possa receber quem quer gerar empregos e renda.

“Era uma área que estava abandonada e tinha que ser aproveitada. Esse é primeiro sinal com a conclusão da ponte porque ninguém vem fazer um investimento desse se não tiver a segurança de que o estado está preparado para dar condições necessárias. Vamos pegar, junto com a Secretaria de Indústria e Comércio, esses pontos que a iniciativa privada utiliza, parques indústrias e o que é do Estado e está dando despesa na manutenção, queremos passar para a iniciativa privada para que possa gerar emprego e renda”, finalizou.

Transporte de cargas para países andinos e até para a Ásia passa a ter o Acre como rota principal — Foto: Aline Nascimento/G1

Melhorias no transporte

Para o Sindicato dos Transporte de cargas do Acre (Setacre), a conclusão da ponte sobre o Rio Madeira é um sonho. Segundo a presidente Nazaré Cunha, os motoristas não terão que esperar horas para atravessar o rio e seguir viagem para concluir a entrega da carga.

“Para nosso setor, tempo é dinheiro, vamos conseguir cumprir com nossos contratos no tempo, com agilidade e sem falar no risco que não vamos ter. Não vamos ter que entrar em uma balsa para atravessar, que oferecia um risco muito inerente, porque tinha que pagar um complemento na polo de seguro porque quando a gente contrata um serviço e só aquela travessia custava um gasto para nós”, pontuou.

BR-317 é a principal rota para transporte de cargas para os países andinos — Foto: Aline Nascimento/G1

Segundo ela, nos próximos contratos assinados os gastos já serão menores. A balsa cobrava pelo tamanho do veículo, dependendo da quantidade de eixo era cobrado até R$ 290 em dinheiro. Mesmo não pagando mais essas taxas, Nazaré destaca que o maior ganho é com o tempo de transporte.

“Se você consegue chegar na balsa e passar direto não perde tempo nenhum, diferente de passar até 12 horas na balsa esperando fazer a travessia. Então, tínhamos até dificuldades de contratar caminhoneiros para trazer cargas para o Acre por conta da balsa. Eles não vinham porque não conhecem, quem conhece vem. Vamos ter sim uma redução de custo com relação ao tempo”, concluiu.

Trajeto

A reportagem fez o percurso da BR-317 para conhecer um pouco do trajeto até a entrada do Peru. A reportagem conversou com caminhoneiros e ouviu sobre as expectativas para abertura da Ponte do Abunã.

O caminhoneiro Luciano Oliveira, de 40 anos, viaja pela BR-317, que faz parte da Estrada do Pacífico, há 20 anos, levando vários tipos de cargas de Porto Velho para Brasileia. Oliveira falou sobre os problemas da travessia da antiga balsa do Rio Madeira, os benefícios da ponte e sobre as dificuldades de viajar pela rodovia.

“O benefício [da ponte] é grande para todos, vai diminuir o horário de viagem e sem contar que lá não tinha nada de benefícios para nós, só despesa. No meu caso, é R$ 224 a menos na despesa da viagem. Já fiquei mais de 26 horas lá parado no verão esperando”, lamentou.

Esse tempo que passava esperando a travessia, segundo ele, prejudicava no horário para voltar para buscar uma nova carga. “Quando mais tempo demora o prejuízo é grande para o comerciante também”, frisou.

Outro conhecedor do trajeto é o caminhoneiro Fernando Henrique Pires. O G1 encontrou o motorista sob a Ponte da Integração, que liga a cidade acreana de Assis Brasil a Iñapari, no Peru. A entrada para a cidade peruana segue fechada devido à pandemia da Covid-19. Só é permitida a passagem de cargas de alimentos e insumos de primeira necessidade.

Fernando Henrique Pires exporta arroz para o Peru e celebra abertura da ponte do Rio Madeira — Foto: Aline Nascimento/G1

Fernando Pires retornava de uma viagem para o Peru, onde tinha deixado uma carga de arroz. Além de caminhoneiro, Pires comanda uma empresa de transporte em Brasileia que transporta arroz para o Peru.

Ele também tem negócios em Rondônia e Santa Catarina. “Nosso trecho maior é Brasileia ao Peru. A ponte, em primeiro lugar, foram muitos anos que essa balsa cobrou sempre o que quis. Chamava de um garimpo na superfície, que o ouro brotava em cima e não em baixo da água. É um sinal de progresso, depois de muito anos de construção”, complementou.

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Humaitá e Vasco empatam com expulsões e confusão após a partida

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Foto Jhon Silva: Humaitá e Vasco tentaram a vitória, mas perderam chances

Humaitá e Vasco empataram por 1 a 1 nesta quinta, 18, no fechamento da 3ª rodada do segundo turno do Campeonato Estadual. Vitinho fez 1 a 0 para o Humaitá e nos acréscimos, cobrando uma penalidade, Daniego empatou.

Na tabela 

O empate manteve o Humaitá na segunda colocação do returno com 5 pontos, mas o resultado agradou aos atletas.

“Tínhamos a partida decidida e levamos o empate em uma penalidade inexistente. Fomos prejudicados e agora precisamos pensar na próxima partida”, declarou o zagueiro Gabriel.

Para o volante Dudu, o Vasco não se entregou e o resultado poderia ter sido outro.

“Voltamos a falhar e uma equipe que sonha com título isso pode ser fatal. Ainda temos chance e vamos lutar até o fim”, afirmou Dudu.

Expulsões e confusão

O lateral Wellington foi expulso na segunda etapa e o Humaitá terminou a partida com dez jogadores. Após o apito uma confusão envolvendo o zagueiro Reginaldo, do Vasco, e o volante Pisica resultou nas expulsões dos dois jogadores.

O técnico Kinho Brito e o atacante Caíque, ambos do Humaitá, foram expulsos por reclamações.

Próximos jogos

Galvez x Humaitá

Independência x Rio Branco

No domingo, 21, a partir das 15 horas, no Florestão

Vasco x São Francisco

Na segunda, 22, a partir das 15h30, no Florestão

Classificação

1º Rio Branco 7 Pts

2º Humaitá 5 Pts

3º Independência 4 Pts

4º Galvez 4 Pts

5º Vasco 2 Pts

6º São Francisco 1Pt

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Meta e Colégio Acreano são campeões na seletiva do vôlei de praia

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Foto PHD: 15 duplas nos dois naipes participaram da competição escolar

As equipes do Meta, no feminino, e do Colégio Acreano, no masculino serão as representantes do vôlei de praia acreano na fase nacional dos Jogos Escolares Brasileiros (Jeb´s) Sub-18. A fase nacional será promovida entre os dias 15 e 20 de junho em Palmas, Tocantins.

“Conseguimos realizar um grande evento no Parkipê e estamos cada vez mais mostrando a força do esporte escolar. Teremos equipes competitivas na fase nacional”, declarou o presidente da Federação Acreana do Desporto Escolar (Fade), João Renato Jácome.

Finais bem disputadas

Na decisão do feminino, o Meta derrotou o Sesi por 2 sets a 0, com parciais de 21×16 e 21×19

Na final do masculino, o Colégio Acreano bateu o Sigma por 2 sets a 1, com parciais 20×22, 21×15 e 16×14 no tie break.

Fade fez convocação

Após as finais, a Fade realizou a convocação dos atletas para a fase nacional dos Jeb´s.

Atletas do feminino

Maria Clara (Meta)

Maria Luíza (Meta)

Atletas do masculino

Gabriel(Colégio Acreano)

Carlos Eduardo(Colégio Acreano)

Matheus(Colégio Acreano)

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Equipe de Davi explica por que ele ainda não se encontrou com Mani Rêggo: ‘Agenda’

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Após vencer o Big Brother Brasil 24 e deixar o confinamento, Davi Brito chamou a atenção por não ter se encontrado com a sua namorada, Mani Rêggo.

Diversos rumores surgiram nas redes sociais, mas a equipe do ex-BBB resolveu soltar uma nota para esclarecer os fatos: “Sabemos que a agenda de um campeão de um reality é totalmente corrida e, devido aos compromissos, não conseguiu se reencontrar com Mani. Mas podem ter certeza de que, assim que tiver oportunidade, nosso menino irá encontrá-la, assim como toda a sua família”.

Inclusive, na manhã desta quinta-feira (18), diversos internautas apontaram uma suposta indireta de Ana Maria Braga com a mensagem do dia: “Presta atenção no valor que as pessoas te dão, porque ninguém é tão ocupado assim! É tudo uma questão de prioridade! Vale para todo mundo”.

Fonte: TOP FAMOSOS

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