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Como o WhatsApp mobilizou caminhoneiros, driblou governo e pode impactar eleições

A essência do trabalho do caminhoneiro é circular. Isso facilitou que as mensagens se espalhassem rapidamente por diferentes pontos do Brasil.

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Depois dos papéis de peso do Twitter na Primavera Árabe em 2011 e do Facebook nas manifestações brasileiras de junho de 2013, chegou a vez do WhatsApp protagonizar a organização de uma mobilização.

Pessoas e carros fazem fila para comprar combustível em um posto em Luziania (GO), no sétimo dia da greve dos caminhoneiros (Foto: Reuters)

Com BBC - Colaboraram Juliana Gragnani, André Shalders e Felipe Souza

Depois de uma insurreição popular convocada por SMS em Moçambique, em 2010, da Primavera Árabe difundida pelo Twitter no Oriente Médio, em 2011, e das manifestações brasileiras de junho de 2013 impulsionadas pelo Facebook, chegou a vez do WhatsApp ocupar o protagonismo na organização de uma mobilização.

A greve dos caminhoneiros, que interditou milhares de trechos de rodovias em todo o país ao longo de dez dias, é a maior mobilização mundial já feita pelo WhatsApp, dizem Yasodara Córdova, pesquisadora da Escola de Governo de Harvard, nos Estados Unidos, que estuda como os governos lidam com a Internet, e Fabrício Benevenuto, professor de Ciência da Computação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), pioneiro na pesquisa de conteúdos compartilhados em grupos de WhatsApp. “A mobilização ocorre por motivos sociais. As redes dão uma vazão a esses sentimentos”, diz Yasodara.

“Na quarta-feira antes da greve, o (preço do) diesel aumentou. Desci para Santos para levar carga. Quando voltei, o diesel já tinha aumentado. Na sexta, aumentou de novo. A galera se comunicou no WhatsApp e falou: não está dando mais”, lembra o caminhoneiro Moisés de Oliveira, que ficou parado na Rodovia Régis Bittencourt, em São Paulo, onde ajudou a organizar um grupo de grevistas, sempre com o celular à mão.

A essência do trabalho do caminhoneiro é circular. Isso facilitou que as mensagens se espalhassem rapidamente por diferentes pontos do Brasil. “A gente viaja o Brasil inteiro e vai conhecendo outros caminhoneiros. Quando chega no posto para dormir, a gente conversa, troca o (número de) WhatsApp. Aí, quando chegou a greve, já havia vários grupos montados e a gente distribuiu a informação”, diz Oliveira, de 40 anos, 22 anos deles passados atrás do volante do caminhão.

“O Whatsapp facilitou demais a nossa comunicação. Antes, a gente era desconhecido (um do outro). Agora, o pessoal faz um vídeo e, em dois minutos, já espalhou pelo Brasil”, completa. “A gente não é envolvido com partido político nenhum. Mas a gente tem a nossa logística”.

Na última quinta-feira, apesar de já não haver mais pontos de interdição nas estradas, segundo a Polícia Rodoviária Federal, os apelos pela continuidade da greve não haviam parado de circular pelo WhatsApp. Eram desde pedidos para caminhoneiros irem até Brasília, para que ficassem parados em casa, até convocações de protestos nas cidades.

Conversas fechadas, criptografadas, sem rastro e em pirâmide

A comunicação por WhatsApp tem características diferentes das feitas por Twitter e Facebook. Os dois últimos “são como uma via pública, uma praça, onde você abre uma banquinha e as pessoas podem te ver e interagir com você. Já o grupo de WhatsApp é como a sala de jantar da sua casa, não entra todo mundo”, exemplifica a pesquisadora brasileira Yasodara Córdova.

Na prática, enquanto postagens públicas no Twitter ou Facebook podem ser vistas por qualquer um e chegar de uma vez só a milhares de usuários, as mensagens de WhatsApp atingem apenas um indivíduo ou os participantes do grupo, limitados a um número máximo de 256 pessoas. Dali, podem ser levadas para outras pessoas ou outros grupos, em uma distribuição em pirâmide.

Além disso, todo diálogo é criptografado – é como se a sala de jantar estivesse bem trancada e só pudesse entrar quem fosse convidado ou tivesse a chave.

Isso faz com que a conversa fique fechada – para acessá-la, só infiltrado. “A comunicação no Whatsapp acontece de maneira mais velada, mais escondida. São grupos relativamente pequenos. E não há registro público, um rastro, porque há essa encriptação”, diz Benevenuto.

Além disso, a comunicação é mais difusa. A conversa vai se propagando pelos celulares, sem registro de quem foi a fonte original da informação – seja mensagem em texto, imagem, áudio ou vídeo. Assim, fica mais difícil identificar quem são as vozes mais difundidas e que estão se transformando em lideranças.

Essas características fazem com que a mobilização pelo WhatsApp represente um novo desafio para governos, acostumados a negociar com lideranças de organizações definidas, com logotipo e CNPJ.

“O sindicato é um modelo que está em declínio no mundo todo. Não só em termos de representatividade, mas também em metodologia. No caso da greve dos caminhoneiros, há um pioneirismo da organização do trabalho baseado na internet. É uma espécie de sindicato digital. É possível que no futuro a gente tenha novas formas de mobilização da força de trabalho como essa”, fala Yasodara.

Algumas das imagens que mais circularam em grupos de WhatsApp sobre a greve de caminhoneiros (Foto: Reprodução Projeto Eleições Sem Fake e grupos de WhatsApp)

Governo foi driblado pela organização dos caminhoneiros

No quarto dia de greve, uma quinta-feira, o governo do presidente Michel Temer fechou um acordo com parte dos representantes de associações e sindicatos de caminhoneiros, se comprometendo a baixar o preço do combustível em 10% por 30 dias. Com isso, anunciou que a greve iria ter uma trégua. Naquele momento, os postos já começavam a ficar sem combustível.

Mas os caminhoneiros organizados pelo WhatsApp não concordaram com a negociação. No aplicativo, seguiram-se mensagens de repúdio às lideranças que negociaram com o governo Temer, além de aúdios e vídeos notificando sobre pontos de paralização que se mantinham ativos. Nada de acordo, a greve continuava.

“Se não tivesse o WhatsApp, eu creio que o governo já tinha enganado a gente há dias. O governo ia na televisão dizer que a greve acabou. Até um caminhoneiro conseguir se comunicar com outro, já tinha tudo mundo ido embora, tinha acabado a greve. Agora, a gente assistiu a nota do presidente e já passou informação para os grupos de WhatsApp: não acabou não”, explica o caminhoneiro Moisés Oliveira.

São Paulo usou o WhatsApp nas negociações

No Estado de São Paulo, foi traçada uma estratégia diferente para negociar com os grevistas. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo, Marcos da Costa, irmão de um caminhoneiro hoje afastado da profissão, resolveu entrar nas negociações.

“Não era um movimento institucionalizado, respondendo a sindicatos e associações. Eram caminhoneiros que se esgotaram com o aumento do preço dos combustíveis e começaram a parar (de rodar). A comunicação deles por WhatsApp permitiu que se formasse uma onda muito rápida no Brasil inteiro”, diz Costa.

Depois da negociação fracassada do governo federal na quinta-feira, Costa pediu que colegas advogados do setor de transportes procurassem identificar quem eram as lideranças dos caminhoneiros parados em São Paulo. Em seguida, no sábado de manhã, mais de 10 delas se reuniram na sede da OAB.

“No começo da reunião, os caminhoneiros pediram para tirar foto e fazer vídeo para compartilhar nos grupos de WhatsApp. Isso viralizou. E serviu para que a gente pudesse ter segurança da capacidade de mobilização daquelas pessoas”, fala o presidente da OAB.

Em seguida, foi montado um novo grupo de WhatsApp entre esses caminhoneiros e a OAB. “Esse grupo serviu de preparação das pautas de negociação. Ele canalizava as demandas dos caminhoneiros, porque cada pessoa dessas tinha interlocução com outros grupos de WhatsApp. Era uma rede gigantesca”, fala Costa. “Eu não tenho dúvida de que isso fez a diferença. Foi fundamental para abrir a possibilidade de diálogo com aqueles que estavam realmente à frente do movimento”.

No sábado à tarde, o grupo de WhatsApp criado pela OAB se reuniu com o governo de São Paulo para negociar a desobstrução das estradas do Estado.

“Ainda durante a reunião, eles (os representantes dos caminhoneiros) mandaram mensagens de WhatsApp para a base pedindo para liberar (as estradas). Cerca de uma hora depois, vimos pela cobertura da mídia que a liberação estava começando. Foi o diálogo por WhatsApp que permitiu a primeira liberação de rodovia”, comenta o advogado. O movimento dos caminhoneiros em São Paulo não acabou ali, mas de fato começou a diminuir.

Ainda no sábado, o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, esteve em São Paulo para participar das conversas com o grupo paulista, tomar conhecimento das pautas e tentar tirar as negociações de Brasília do limbo.

“A greve mostrou que vamos ter que criar mecanismos para dar conta de demandas apresentadas de forma completamente diferentes. Tradicionalmente, eram instituições que iam ao governo apresentar suas pautas. Hoje, vemos movimentos líquidos, absolutamente horizontalizados. A partir de agora, os governos vão ter que aprender a lidar com essa nova realidade e aprender a identificar canais que possam servir para diálogo”, conclui Costa.

WhatsApp foi a principal forma de contato com a mobilização

A primeira medição da importância do WhatsApp na greve dos caminhoneiros foi feita pelo Ipsos. Na última terça-feira, o instituto de pesquisa entrevistou cerca de 1,2 mil caminhoneiros que usam um aplicativo de cargas. Dentre os entrevistados, quase metade (46%) soube da paralisação via WhatsApp.

É mais que o dobro de importância da própria estrada – 18% souberam do movimento sendo parados por colegas enquanto rodavam com o caminhão. O Facebook veio em seguida, informando 8,5% dos entrevistados. Um número ínfimo de 1% foi convocado por sindicato ou associação. Entre os entrevistados, estão tanto caminhoneiros que estavam protestando, como quem ficou em casa ou estava rodando normalmente.

Por outro lado, nem tudo é digital. Entre o grupo mais ativo de caminhoneiros, que continuava parado nas estradas na última terça-feira, o corpo a corpo foi tão importante quanto a mobilização nas redes – 39% tomaram conhecimento da greve na estrada, enquanto outros 39% souberam por WhatsApp e Facebook.

A importância do WhatsApp na greve também fica evidente em um boato que circulou no próprio app, alertando usuários para não atualizarem o aplicativo. Segundo a mensagem, a atualização do WhatsApp teria sido determinada pelo governo federal para inviabilizar a comunicação de participantes da greve. O WhatsApp informou que essa informação não procede.

O dia a dia dos grupos de WhatsApp

Uma vez que a mobilização tinha começado, o WhatsApp foi fundamental para propagar informações, passar mensagens de motivação, angariar apoio e bater de frente com o governo do presidente Michel Temer.

É possível ter um retrato de como isso aconteceu pelo monitor do WhatsApp desenvolvido pelo projeto “Eleições Sem Fake”, coordenado por Benevenuto, da UFMG. O sistema acompanha 182 grupos públicos com temática política e seleciona quais são as imagens mais compartilhadas diariamente. É a única ferramenta brasileira que acompanha o que ocorre dentro do WhatsApp – seu uso é restrito a pesquisadores.

Segundo o monitor, um dia antes da greve começar, uma imagem de caminhões parados em uma estrada já estava entre as dez mais compartilhadas do dia: “greve geral pela baixa dos combustíveis, você apoia?”. Era o movimento se organizando.

Já na segunda-feira, quando os caminhoneiros começaram a parar as rodovias, a greve foi a temática das cinco imagens mais compartilhadas do dia. Na terça-feira, idem – sendo que uma das imagens fazia um chamado: “caminhoneiros convocam população, sozinho (sic) não conseguiremos”.

Na quinta-feira, quando o governo de Michel Temer buscou negociar com lideranças de organizações de caminhoneiros, o topo de compartilhamentos foi uma imagem com a hashtag “SomosTodosCaminhoneiros” e outra com a frase “A greve continua”. Também circularam memes culpando o PT pela crise e, no sentido oposto, dizendo que a crise começou porque o PT saiu do governo.

Em seguida, pedidos de intervenção militar passaram a despontar. Já na última terça-feira, quando o protesto dos caminhoneiros já estava perdendo força, os grupos de WhatsApp foram tomados por críticas à baixa adesão da população ao protesto: “Povo tem o governo que merece: reclama ficar 3h na fila do hospital, mas fica 8h na fila do posto de combustível”.

Informações reais duelam com fake news

Nesse meio tempo, foram surgindo grupos de WhastsApp de apoiadores dos caminhoneiros, para troca de informações sobre a greve. A BBC Brasil acompanhou seis deles. Em meio a mensagens verdadeiras, circulavam muitas notícias falsas e desatualizadas. Entre elas, vídeos dizendo que manifestantes tinham ocupado Brasília e imagens informando que militares estariam prestes a tomar o poder.

No começo desta semana, foi feito um apelo nos grupos: que os caminhoneiros passassem a informar data, hora e local da mensagem de áudio ou vídeo, já que tudo estava mudando muito rapidamente e era preciso identificar se se tratava de algo novo ou não. Em um dos grupos, criado no dia seguinte à greve, o administrador deletou mais de 200 participantes acusados de promover “fake news”.

“A ideia do WhatsApp é a comunicação ponta a ponta. Não tem impulsionamento de mensagens, como no Facebook. Então, a empresa não tem influência no diálogo. São grupos se auto-organizando e repassando essas mensagens”, afirma Benevenuto.

É uma via aberta, por onde trafegam os diferentes ideiais de uma sociedade. “Eu me lembro de ver a primavera árabe, em 2011, e pensar: ‘as redes sociais vão virar movimento político, vão alavancar a democracia, vão abrir a cabeça das pessoas, não tem como governos autoritários controlarem uma coisa dessas’. E hoje vemos que pode ser usada para qualquer dos lados. Tem pedido de intervenção militar, notícia falsa…”, completa o pesquisador da UFMG.

Caminhoneiros bloqueiam a rodovia Regis Bittencourt, na região metropolitana de São Paulo, no sexto dia da greve (Foto: Getty Images)

WhatsApp vai ser importante nas eleições de 2018

O WhatsApp, usado por 60% da população do Brasil, já é uma das principais fontes de informação no país. Segundo o Digital News Report de 2017, um estudo sobre o consumo de notícias produzido em conjunto pela Reuters Institute e pela Universidade de Oxford em 36 países, 46% dos brasileiros usam WhatsApp para encontrar notícias.

O número é muito maior do que a média mundial, de 15%, e chamou a atenção dos pesquisadores. No estudo, eles destacaram que o WhatsApp cresceu tanto no Brasil que já está rivalizando com o Facebook – usado por 57% dos brasileiros para encontrar notícias.

“A greve de caminhoneiros aponta totalmente como pode ser o uso do WhatsApp nas eleições de 2018”, diz Maurício Moura, pesquisador da George Washington University, nos Estados Unidos, que analisou o uso do aplicativo nas eleições de 2014. Segundo o pesquisador, a tendência é que o debate eleitoral deste ano ocorra muito dentro do app de conversas.

“A rede social das eleições de 2018 vai ser o WhatsApp. Hoje, muito mais pessoas têm smarthphones no Brasil do que em 2014”, avalia Moura, que também já trabalhou com campanhas políticas e é fundador da Ideia Big Data, que realiza pesquisas de opinião. “Agora, não tem como fazer campanha no WhatsApp sem números de telefone. Por isso, a primeira estratégia dos candidatos e partidos é coletar números de celular, em eventos, fan pages…”.

Mesmo antes da campanha, já há diversos grupos de apoiadores de candidatos, como Jair Bolsonaro. “A tendência é as pessoas se organizarem nos grupos de WhatsApp em torno de candidatos e pautas. Por outro lado, pessoas que querem desestabilizar as campanhas umas das outras também estarão operando nos grupos de WhatsApp com bastante intensidade”, acrescenta Yasodara.

O combate às notícias falsas, que se tornou uma grande preocupação desde a eleição de Donald Trump, em 2016, promete ser muito mais difícil no WhatsApp. O Facebook, por exemplo, se comprometeu a não impulsionar páginas que promovam notícias falsas. A rede social pode fazer isso porque funciona como uma mediadora das publicações. Já no WhatsApp, onde não há nenhuma forma de controle externo, isso é impossível.

“Enquanto Facebook e Twitter estiveram sob forte escrutínio nos últimos tempos, o WhatsApp passou um pouco batido. Porém, o app é extremamente utilizado dentro do Brasil. Com toda essa atenção que se deu às outras redes, muito do esforço de campanha política migra para o WhatsApp, onde não há quase nenhum monitoramento”, diz Benevenuto, da UFMG.

No WhatsApp, combater notícias falsas e discursos de ódio “é um desafio tão complexo quanto regular o discurso dentro das casas das pessoas”, compara Yasodara. “Como a sociedade faz para que os pais não ensinem aos filhos que o nazismo é uma coisa legal? Primeiro, criminaliza o que é ilegal. Segundo, traz cada vez mais informações verdadeiras para o debate público “, opina a pesquisadora de Harvard.

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Polícia militar realizou passagem de comando do 5º Batalhão do Acre

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Na manhã desta terça-feira, 26 de março, a Gestora de Organismos de Políticas para Mulheres (OPM), Suly Guimarães, marcou presença representando a Prefeita Fernanda Hassem na cerimônia de transição de comando do 5º Batalhão de Polícia Militar. O evento, que teve lugar em Brasiléia, foi prestigiado por diversas autoridades dos âmbitos estadual, municipal e federal.

O destaque da ocasião foi a passagem de comando do Major Wallace para o Capitão Thales Rafael, que assumirá o posto de comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar. Natural de Brasiléia, o Capitão Thales retorna à corporação pela segunda vez e expressou gratidão ao comando da Polícia Militar do Acre por confiar-lhe essa importante missão.

A cerimônia representou não apenas uma mudança de liderança na unidade militar, mas também um momento de reconhecimento e apoio das autoridades presentes às forças de segurança do estado.

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Vereadora irmã do governador de Pando é apreendida após acidente de trânsito que deixou 7 feridos

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A vereadora do município de Porvenir e irmã do governador de Pando, Liz Cruny Richter Alencar, foi apreendida na tarde desta quarta-feira (27), quando estava em uma na clínica particular na cidade de Cobija(BO), por envolvimento em um acidente de trânsito – uma colisão entre carro e triciclo motorizado de carga (motocar) – ocorrido na estrada que liga a capital Cobija à Porvenir, registrando sete pessoas feridas, incluindo quatro menores de idade.

De acordo com o relatório da polícia, na noite de terça-feira, 26 de março, aproximadamente as 23:15, nas proximidades da cidade Villa Rojas, ocorreu um acidente de trânsito chamado ‘Colisão por Alcance com pessoas feridas’. Os envolvidos foram identificados como Liz Richter Alencar (motorista do carro) e Romário Victorino Cardozo (motorista do motocar), ambos passaram pelo teste do bafômetro, resultando 0%.

O relatório preliminar refere que a motorista do carro com placa brasileira tinha carta de condução, enquanto o motorista do motocar não tinha carta de condução nem placa de controle do triciclo – no meio da escuridão – e que transitava sem as luzes de alerta.

Devido ao forte impacto, sete pessoas, ocupantes do motorizado, foram evacuadas para o hospital Roberto Galindo de Cobija, enquanto a motorista foi internada na clínica particular com um ferimento, atualmente em fase de recuperação.

Na tarde desta quarta-feira (27), a polícia procedeu à apreensão, da vereadora de Porvenir e irmã do governador de Pando, pelo acontecimento de trânsito. Policiais guardam a sala onde ela está internada, aguardando a audiência de medidas cautelares.

O advogado Ricardo Eid questionou a apreensão contra a sua cliente por alegarem crimes de Lesões Graves e Gravíssimas em Acidente de Trânsito, sem considerar o seu estado de saúde e a fase de recuperação, além disso, o apoio imediato que deu aos ocupantes do triciclo.

Esclareceu que, com apoio da sua família, ajudou imediatamente os feridos até o hospital em Cobija, também está cobrindo com as despesas. Ele também afirmou que o motocar estava encalhado no meio da estrada sem nenhuma sinalização, pelo que classificou o acidente como um acidente fortuito.

O diretor do hospital Roberto Galindo, José Antonio Aguilar, informou que o hospital presta cuidados médicos a uma família formada por 7 pessoas, sendo 3 adultos e 4 crianças. Os pais irão passar por cirurgia nas próximas horas, outro adulto tem diagnóstico politraumatismo, 3 crianças estão em observação e uma criança de 7 anos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O Ministério Público acusou a motorista do carro por crimes de ferimentos graves e gravíssimos em acidente de trânsito.

Até o local do fato, uma equipe de investigadores de Trânsito foi deslocada para determinar as verdadeiras causas da colisão que deixou sete feridos e danos materiais. São realizadas perícias para determinar as circunstâncias da colisão e responsabilidades.

Da redação com jornal PÉROLA do ACRE

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VÍDEO: Acusado de sequestrar casal é preso em ação conjunta da DCORE E DHPP

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A ação, realizada em conjunto por investigadores da DHPP e da DCORE, ocorreu no início da tarde de quarta-feira, 27, em um beco no Bairro Cidade.

Depois de preso Wellison da Silva Chagas, conhecido como Pestana, foi encaminhado à sede da Divisão Especializada de Investigações Criminais, a DEIC.

De acordo com a polícia Wellison da Silva é um dos integrantes de uma quadrilha que tentou executar duas pessoas.

O crime aconteceu no dia 19 de dezembro do ano passado. Um casal foi rendido quando chegava em casa.

As vítimas foram mantidas em cárcere privado. Uma liderança de uma organização criminosa autorizou a execução dos dois, mas marido e mulher conseguiram fugir.

O delegado Leonardo Santa Barbara disse que outros envolvidos no crime estão sendo investigados.

Welisson da Silva Chagas foi indiciado pelos crimes de roubo, cárcere privado e também extorsão.

No momento da prisão, ‘Pestana”, portava esta arma de fogo e munições.

Ele a prisão expedida pelo Juiz da Vara de Delitos de Roubo e Extorsão da Comarca de Rio Branco.

O acusado foi localizado após uma investigação conjunta entre agentes da DCORE e da DHPP.

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