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Conflitos armados e prisão de opositores na Constituinte de Maduro afastam Venezuela da democracia e podem abrir caminho para guerra civil

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Conflitos armados e prisão de opositores durante Constituinte de Maduro afastam Venezuela da democracia e podem abrir caminho até mesmo para guerra civil

IstoÉ

CONFLITO Explosão durante protestos em Caracas feriu sete policiais (Crédito: CITIZENSIDE/José Sierralta)

Em meio às turbulentas vias de Caracas, na Venezuela, um grupo de policiais em motocicletas patrulha as ruas para reprimir os protestos contra a eleição constituinte convocada pelo presidente Nicolás Maduro, no dia 30 de julho. De repente, uma forte bola de fogo surge em meio à coluna, ferindo sete agentes. A imagem, que ilustra esta página, é apenas uma das muitas outras que revelam a escala de violência que tomou conta do país, matando manifestantes e membros das forças de segurança que se enfrentam nas demonstrações contra o governo.

Divisão Presidente Nicolás Maduro (acima) e líder da oposição, Leopoldo López (abaixo): prisões arbitrárias

O pleito escolheu os membros de uma Assembleia que irá reescrever a Carta Magna da Venezuela, mas oposicionistas dizem que a medida aumentará os poderes do regime, pois esvaziará o atual parlamento, contrário ao presidente. A partir de agora, a Venezuela definirá o caminho que vai adotar: o da democracia, o da ditadura ou o da guerra civil. “A expectativa de que após a votação pudesse ser aberto algum canal com os opositores não vai acontecer”, afirma Denilde Holzhacker, professora de Relações Internacionais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), de São Paulo. “E, por causa disso, pode haver um acirramento dos conflitos.”

Um dos caminhos prováveis, o da guerra civil, está perigosamente próximo. No dia 16 de julho, a oposição promoveu um plebiscito não oficial com o objetivo de cancelar a Constituinte de Maduro. Compareceram 7,2 milhões de eleitores, que votaram em peso contra o presidente. Já no pleito de domingo, apesar das denúncias de que números foram manipulados, o governo anunciou 8 milhões. Ou seja, cada lado votou só na eleição que lhe convinha, em dois processos distintos. Apesar de a oposição ainda apostar numa saída negociada, em decorrência da pouca capacidade de enfrentamento (Maduro controla militares e paramilitares), os discursos se exaltam: “Seguimos nas ruas”, dizem panfletos dos manifestantes. Já a repressão do regime, que já matou mais de 100 desde que os protestos se intensificaram, não dá sinais de que vai amolecer.

Outro caminho, muito provável, é o da ditadura. Na Constituinte, dois terços foram eleitos diretamente, mas a representação de pequenos municípios, onde Maduro é forte, será a mesma das grandes cidades, dando um peso relativo menor a elas. O restante dos membros será apontado por setores sociais escolhidos pelo governo. Essas regras fizeram com que a oposição boicotasse a disputa, considerada arranjada. Além disso, o regime proíbe protestos e recorre a outros expedientes autoritários para calar inimigos. De acordo com a organização Fórum Penal Venezuelano, pelo menos 18 oposicionistas foram torturados desde 2014. Também há prisões. Leopoldo López e Antonio Ledezma, dois dos principais líderes anti-Maduro, foram arrastados de suas casas no meio da noite após a votação. “Eles podem me levar a qualquer momento”, afirmou López, numa mensagem gravada para ser liberada em caso de prisão. “Se você está vendo esse vídeo, foi precisamente o que ocorreu.”

Reações

O caminho da democracia é o menos provável. A organização Human Rights Watch afirmou que Maduro está “montando o palco para se perpetuar no poder à custa do povo venezuelano”. Dezenas de países condenaram a Constituinte, entre eles o Brasil, a União Europeia e os Estados Unidos. Apesar de o presidente Donald Trump estar concentrado em problemas domésticos, os EUA impuseram novas sanções, congelando recursos e proibindo americanos de fazer negócios com Maduro. Os mesmos impedimentos foram impostos ao sírio Bashar al-Assad e ao norte-coreano Kim Jong Un. Analistas apontam que a única saída para a normalização da Venezuela seria que um mediador externo interviesse, porém não existe nome de consenso. “Nas circunstâncias atuais, é impossível haver diálogo”, diz Carlos Gustavo Teixeira, coordenador do curso de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). “No curto prazo, não vejo pacificação.”

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Acumulada novamente, Mega-Sena terá prêmio de R$ 100 milhões

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Nenhuma aposta acertou as seis dezenas do Concurso 2.714 da Mega-Sena, sorteadas nesta quinta-feira (18), no Espaço da Sorte, em São Paulo (SP). Esta é a nona vez seguida que o prêmio fica acumulado.

Os números sorteados foram: 16 – 17 – 42 – 45 – 52 – 57

Com isso, o prêmio da faixa principal para o próximo sorteio, no próximo sábado (20), está estimado em R$ 100 milhões.

A quina teve 78 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 49.552,51. Já a quadra registrou 4.882 apostas vencedoras, e cada ganhador receberá um prêmio de R$ 1.131.

As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

Fonte: EBC GERAL

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Professor negro preso injustamente por sequestro é solto em SP

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Após passar dois dias preso, o professor de educação física Clayton Ferreira Gomes dos Santos deixou na tarde desta quinta-feira (18), o 26º Distrito Policial (DP), Sacomã, e se encontra com sua esposa Cláudia Gomes, em sua casa
Paulo Pinto/Agência Brasil – 18/04/2024

Após passar dois dias preso, o professor de educação física Clayton Ferreira Gomes dos Santos deixou na tarde desta quinta-feira (18), o 26º Distrito Policial (DP), Sacomã, e se encontra com sua esposa Cláudia Gomes, em sua casa

O professor negro preso na terça-feira (16) sob suspeita de ter sequestrado e roubado uma idosa de 74 anos em Iguape, município litorâneo do Vale do Ribeira, no extremo sul do estado de São Paulo, foi solto há pouco, após a Justiça emitir um alvará de soltura.

Ontem (17) o advogado de Clayton Ferreira Gomes dos Santos, Danilo Reis, impetrou o habeas corpus, que foi concedido pela Justiça em caráter liminar. O alvará de soltura foi expedido na tarde de hoje (18). Antes de voltar para casa para encontrar com a esposa, Clayton foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) para passar por exame de corpo de delito.

Já em casa, Clayton falou com a imprensa e disse não entender o motivo pelo qual teve a prisão temporária decretada, já que nunca esteve na cidade de Iguape, que fica a mais de 200 quilômetros (km) do local onde ele vive. “Eu achei que explicando tudo o que expliquei à polícia, que nunca estive lá, não conheço a pessoa, não conheço a região, não sei onde fica, eles iam me soltar na hora. E nunca achei que ia ter que ficar preso por três noites e dois dias. Foi muito difícil, mas, graças a Deus, tinha pessoas ali que me ajudaram muito a ficar forte, a não deixar o psicológico abalado”, contou o professor, em entrevista à Agência Brasil.

Clayton disse que continuará colaborando com as investigações e que, quanto mais rápido a situação for resolvida, melhor para todos. O professor afirmou estar aliviado por estar em casa novamente e lembrou que já passou por diversas dificuldades na vida, mas jamais imaginou viver algo semelhante ao que houve nos últimos dias.

“Mas você sair, ter sua liberdade, ficar com a sua família, as pessoas ao seu redor que lutam por você todos os dias, esposa, amigos, enteados, é um alívio. Minha esposa e meus amigos ajudaram muito, mas eu só soube da repercussão quando vi a imprensa, que também me ajudou bastante.”

O professor afirmou que há ainda detalhes sobre a situação que não foram comentados, mas que ele prefere omitir do público neste momento, por receio de que os fatos sejam usados contra ele. Ele ainda não sabe se pedirá uma retratação do Estado. “Já conversei com o meu advogado e vou cumprir com todas as minhas obrigações. Assim que o inquérito terminar, vamos pensar no que fazer.”

Bastante emocionado, Clayton disse que pretende descansar os dois dias de folga que tem por direito para “colocar a cabeça no lugar” e, depois disso, voltar retomar o quanto antes as atividades como professor de educação física.

“O que espero agora é voltar para as minhas atividades o mais rápido possível. Eu levanto cedo para dar aula porque eu gosto. Eu vivi esse meio, sou atleta de futebol, então o que eu mais amo fazer é dar aula de educação física. Viver essa realidade e passar todo o meu conhecimento de vida profissional para os meus alunos. Até para que eles não passem pelas mesmas coisas que eu passei nesses últimos três dias.”

Relembre o caso

Segundo o boletim de ocorrência registrado pela idosa, no dia 31 de outubro de 2023, ela caminhava em uma calçada, quando foi abordada por duas mulheres que desceram de um carro. Segundo o relato, elas obrigaram-na a entrar no veículo, no qual o motorista esperava. De acordo com as informações do boletim de ocorrência, os criminosos circularam com a mulher, obrigando-a a fazer transferências bancárias que totalizaram R$ 11 mil. Na delegacia, a idosa teria reconhecido a foto de Clayton como sendo o motorista do carro.

De acordo com o advogado Danilo Reis, o professor recebeu em casa uma intimação para comparecer à delegacia e, ao chegar ao local para verificar do que se tratava, foi surpreendido com um mandado de prisão temporária que ele nem sabia que existia. No mesmo momento, ele foi detido na 26ª DP, em uma região de divisa no bairro do Ipiranga, na capital paulista.

“A prisão foi gerada única e exclusivamente baseada em uma fotografia na qual a vítima teria reconhecido Clayton. Nós não tivemos acesso a essa foto ainda porque o processo corre em sigilo de Justiça e não sabemos onde foi obtida. Acredito que pode ser de documentação pessoal, essas fotos que são alimentadas no sistema. Como ele não tem nenhum apontamento judicial ou criminal, pode ser foto de documentação mesmo”, explicou Reis.

A direção da escola onde Clayton leciona forneceu todos os documentos e folhas de ponto que comprovam seu vínculo empregatício e sua presença em sala de aula no momento em que o crime acontecia em Iguape. “Ele foi sozinho à delegacia porque nunca teve problemas com a Justiça. Ele é personal trainer e professor de educação física em uma escola estadual em São Paulo. Nessa data e horário ele estava lecionando, sendo impossível estar em uma comarca de mais de 220 km de distância daqui, praticando qualquer ato ilícito”, disse o advogado.

Fonte: Nacional

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Deputada vive dias de BBB ao ter câmeras escondidas em apartamento

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Deputada federal foi espionada em Brasília
Reprodução/TV Record

Deputada federal foi espionada em Brasília

Uma deputada federal viveu dias de BBB (Big Brother Brasil) ao ter câmeras escondidas no apartamento onde ela morava, na Asa Norte, em Brasília. A situação foi vivida pela parlamentar Dayany Bittencourt (União Brasil-CE) no ano passado – quatro câmeras e um microfone foram descobertos em 28 de agosto de 2023. Apesar disso, a investigação corria em segredo de justiça e só veio à tona nesta semana.

Nesta quarta-feira (17), Dayany Bittencourt deu detalhes do caso ao publicar uma carta. Segundo a deputada, alguns assessores descobriram os aparelhos. No texto, a parlamentar exige que a investigação encontre os responsáveis pela espionagem.

“Este ato não apenas infringiu os meus direitos individuais fundamentais, garantidos por nossa Constituição, mas também impôs um peso emocional imensurável, resultando em traumas, sensação de vulnerabilidade constante e pânico”, disse Dayany Bittencourt.

“O inquérito corria em segredo de justiça até a última semana, para que os responsáveis pudessem ser punidos com rigor, mas, infelizmente, não obtivemos essa resposta firme contra os criminosos. Continuamos lutando por justiça, para garantir que, não tenhamos mais pessoas passando por esse tipo de violência e violação de seus direitos”, continuou a deputada.


De acordo com a polícia, dois suspeitos foram identificados. O delegado responsável pelo caso pediu uma nova perícia nos equipamentos encontrados. As informações são do G1.

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Fonte: Nacional

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