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Brasil

Cortes no Orçamento comprometerão vigilância de fronteiras, alerta Exército

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Da Folha

Os cortes orçamentários anunciados pelo governo federal vão comprometer a vigilância das fronteiras brasileiras, atrasar programas estratégicos e até tornar o país mais suscetível a ataques virtuais, alerta o Exército.

No final de setembro, o general Eduardo Villas Bôas, comandante do Exército, declarou em audiência no Senado que os problemas oriundos do contingenciamento de gastos podem resultar em um retrocesso de até quatro décadas no Exército brasileiro.

Segundo a instituição, cerca de 24%, ou R$ 526 milhões, foram contingenciados em 2015. As despesas discricionárias autorizadas caíram 27% neste ano em relação a 2014 (corte de R$ 619 milhões) e as despesas oriundas do PAC tiveram recuo de 39%, o equivalente a R$ 217 milhões.

“Se a situação permanecer neste nível de restrições financeiras, a Força [Terrestre] poderá cancelar demandas previstas e/ou postergar a conclusão dos projetos”, informou o Exército em nota enviada à Folha.

Um exemplo citado pelo general Villas Bôas é o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras). Concebido em 2008 para reforçar a vigilância em mais de 16 mil km de fronteiras, o projeto recebeu 37,5% dos R$ 2,2 bilhões previstos para serem investidos até o momento.

“Há o risco de aumento do custo do projeto, tendo em vista a ampliação do prazo de execução, o esforço de replanejamento frequente, os reajustes contratuais e o constante movimento de desmobilização e mobilização das empresas envolvidas”, afirma o Exército em nota.

Segundo Villas Bôas, o enfraquecimento do Sisfron pode aumentar o tráfico internacional de drogas, que tem forte presença na região amazônica, além do cultivo e manufatura dos entorpecentes. O monitoramento ambiental também é afetado.

Outra ameaça que ganha força é o monitoramento virtual. Segundo o Exército, o Brasil é alvo de mais de 1,5 milhão de ataques virtuais todos os anos, a maioria em sites do governo. Apenas durante a Copa do Mundo de de 2014, foram 756 tentativas.

“Os cortes do Orçamento vão impactar o tempo e o escopo dos projetos que compõem o Programa da Defesa Cibernética na Defesa Nacional, retardando o desenvolvimento de capacidades necessárias ao país para fazer face às novas ameaças da era da informação”, diz a nota.

Diante da crise, o Exército informou que adotou medidas de austeridade, como priorizar contratos já firmados e obras em andamento e postergar despesas.

Villas Bôas também afirmou, na sexta (9), que vê risco de a atual crise virar uma “crise social” que afetaria a estabilidade do país. “Nos preocupamos porque passa a nos dizer respeito diretamente”, afirmou o general em videoconferência a oficiais temporários de reserva.

INDÚSTRIA DE DEFESA

O ajuste fiscal não atinge apenas o Exército, que congela investimentos e projetos e, consequentemente, afeta a cadeia produtiva do setor.

“Infelizmente várias empresas tiveram que demitir colaboradores altamente especializados em face da desaceleração em alguns projetos. Outras empresas puderam realocar seus funcionários e, neste caso, o impacto foi menor”, diz Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente executivo da Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança.

Procurado, o Ministério do Planejamento não se manifestou até a conclusão desta reportagem.

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Brasil

Apostador de Campinas leva prêmio de R$ 5,5 milhões da Mega-Sena

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Um apostador de Campinas (SP) acertou sozinho as seis dezenas do concurso 2.717 da Mega-Sena, sorteadas nesta quinta-feira (25), no Espaço da Sorte, em São Paulo. Ele vai receber o prêmio de R$ 5.581.371,93.  Segundo a Caixa, a aposta foi feita em canais eletrônicos. 

Os números sorteados foram: 06 – 22 – 34 – 36 – 44 – 50

A quina teve 31 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 52.426,96. Já a quadra registrou 1.883 apostas vencedoras, e cada ganhador receberá um prêmio de R$ 1.233,01. 

O próximo sorteio da Mega-Sena será no sábado (27), com prêmio estimado em R$ 3 milhões. As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

Fonte: EBC GERAL

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Brasil

Mortes violentas têm queda de 31% no primeiro trimestre no Rio

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O estado do Rio de Janeiro fechou o primeiro trimestre do ano com queda no número de crimes contra a vida, com a letalidade violenta atingindo o menor percentual em 34 anos. O indicador, que engloba homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agente do Estado, caiu 31% no primeiro trimestre e 25% no acumulado de março, em comparação com o mesmo período de 2023.

A tendência aparece também nos homicídios dolosos, quando há a intenção de matar, que diminuíram 16% nos três primeiros meses de 2024, marcando o patamar mais baixo desde 1991, quando teve início a série histórica do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Com o aumento do efetivo das equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no patrulhamento das estradas federais de acesso ao Rio e no Arco Metropolitano, os roubos de cargas alcançaram reduções históricas: 54% em março e 47% no trimestre, os índices mais baixos desde 1999.

As mortes por intervenção de agente do Estado caíram 53% de janeiro a março: foram 152 vítimas, 172 a menos do que no mesmo período do ano anterior. Na análise mensal, a queda foi ainda mais expressiva, 66%. Com esse percentual, o estado do Rio chega ao menor número desse indicador para meses de março nos últimos 12 anos.

“Os números apresentados pelo ISP são um importante indicativo da atuação das forças policiais no estado do Rio”, disse o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos. Ele ressaltou que os dados são monitorados e analisados constantemente e servem como balizadores do planejamento de segurança.

A produtividade policial das forças de segurança estaduais também está em alta. Em três meses, as secretarias de Polícia Civil e Militar recuperaram cerca de 4 mil veículos roubados ou furtados, 8% a mais do que no primeiro trimestre de 2023. Foram feitas 10.609 prisões em flagrante e cumpridos 3.547 mandados, com aumento trimestral de 13% e 21%, respectivamente. No mesmo período, 1.592 armas de fogo foram apreendidas no estado, cerca de 17 por dia. Dessas, 190 eram fuzis.

A diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, destacou que a cultura de uso dos dados tem papel fundamental no planejamento, avaliação e monitoramento de cada região do estado. Isso, sem dúvida, vem contribuindo para as reduções históricas nos roubos de cargas e na letalidade violenta, disse Marcela.

Indicadores

De acordo com o ISP, houve 766 homicídios dolosos no primeiro trimestre, dos quais 277 ocorreram em março. Na comparação com março de 2023, houve queda de 19% e, no acumulado do trimestre, de 16%. Foi o menor número de mortes para o mês desde 2022 e para o acumulado desde 1991.

De janeiro a março, foram registrados 587 casos de roubo de carga, dos quais 222, no mês passado. Em relação a março de 2023, houve queda de 54%. No acumulado do trimestre, a diminuição foi de 47%. Este foi o menor número para o mês e o acumulado desde 1999.

No primeiro trimestre, houve 5.801 apreensões de drogas no estado, com aumento de 1% no mês passado e de 8% no acumulado.

As armas apreendidas no período somaram 1.592, com a retirada de 17 armas retiradas de circulação por dia. Foram apreendidos 190 fuzis no primeiro trimestre, o que representa deixaram de circular duas armas desse tipo por dia no estado.

Segundo o ISP, houve 10.609 prisões em flagrante no primeiro trimestre, sendo 3.754 no mês passado. Na comparação com 2023, o indicador aumentou 11% no mês e 13% no acumulado.

Fonte: EBC GERAL

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Brasil

Mais de 24 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país

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O número de pessoas com insegurança alimentar e nutricional grave no Brasil recuou de 33,1 milhões em 2022 para 8,7 milhões em 2023, passando de 15,5% da população para 4,1%, uma queda de 11,4 pontos percentuais. 

Os dados de 2023 são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já os números de 2022 foram colhidos pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). 

A pesquisa do IBGE foi realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDA), usando como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de seus moradores. 

Recorde

De acordo com o ministro do MDA, Wellington Dias (foto), este é o segundo melhor resultado de toda a série da EBIA. “Sair de 15,5% da população em situação de fome para 4,1% em apenas um ano é recorde. Importante pontuar que, de 2019 a 2022, não deixaram o IBGE fazer o EBIA, mas o Brasil não ficou sem pesquisa. Os pesquisadores brasileiros, incluindo cientistas e técnicos de várias universidades e técnicos do próprio IBGE, foram a campo e fizeram pela Rede Penssan”, disse o ministro à Agência Brasil.  

Ele também lembrou que os dados apresentados são resultado do esforço do governo federal em retomar as políticas públicas de redução da fome e da pobreza. “No ano de 2023, tiramos dessa situação 24,4 milhões de pessoas que passaram a tomar café, almoçar e jantar todos os dias”, assinalou. 

Segundo o IBGE, em 2023 o país tinha 27,6% (ou 21,6 milhões) dos seus domicílios em situação de insegurança alimentar, sendo 18,2% (ou 14,3 milhões) com insegurança alimentar leve, 5,3% (ou 4,2 milhões) com insegurança alimentar moderada e 4,1% (ou 3,2 milhões) com insegurança alimentar grave. 

Para a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, os números indicam que – em um período curto – as políticas públicas de combate à fome e à pobreza foram muito efetivas. Ela lembra que o país passou por um período muito grande, a partir de 2016, de retrocesso de políticas públicas no setor. 

“A gente comemora, mas nós sabemos que ainda tem muito trabalho pela frente, e vamos continuar fazendo para conseguir vencer a situação de fome e também garantir alimentação como direito, garantir segurança alimentar e nutricional para a população brasileira”, diz a secretária, que é responsável pelo plano Brasil Sem Fome.

Fonte: EBC GERAL

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