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Covid-19: vacina brasileira mira variantes e facilidades logísticas

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vacina Spintec

SpiN-TEC começou a ser desenvolvida em 2020

Oito em cada dez brasileiros já tomaram duas doses ou a dose única das vacinas contra a covid-19 e pouco mais da metade dos brasileiros já recebeu ao menos a primeira dose de reforço. Com tantas pessoas imunizadas, a mortalidade pela doença segue em queda, mas pesquisadores continuam a trabalhar para não perder a corrida contra a evolução genética do coronavírus e continuar a reforçar a imunidade da população no futuro. É o caso da equipe do CT Vacinas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que neste momento reúne os últimos documentos para que um projeto de vacina 100% nacional tenha os testes em humanos iniciados em 2023.

A SpiN-TEC, como é chamada a vacina mineira, começou a ser desenvolvida em 2020, quando as variantes ainda não eram preocupação. De lá pra cá, o cenário epidemiológico mudou diversas vezes, com ondas de casos provocadas pelas novas versões do SARS-CoV-2, cada vez mais transmissíveis pelas mutações associadas à proteína Spike – também chamada de proteína S-, principal arma do vírus para invadir as células humanas.

Coordenador da equipe que desenvolve a vacina, Ricardo Gazzinelli, explica que, caso os estudos comprovem a eficácia da SpiN-TEC, ela deve se juntar ao time das vacinas de segundageração, já calibradas para prevenir um vírus que evoluiu após mais de dois anos de contágio.

“O que estão chamando de vacinas de segunda geração são vacinas que teriam um espectro de ação mais amplo”, afirma ele, que descreve que isso se dá pelo uso da proteína S do coronavírus ancestral e da variante Ômicron em uma mesma vacina, para que sejam criados anticorpos que reajam a ambas. “Essa é uma questão que as agências regulatórias vão começar a exigir a partir de uma hora. O problema é, se quando sair a vacina, já houver uma nova variante”.

A proteína S é o alvo tradicional das vacinas por dois pontos importantes: ela desperta reação imunológica e é a ferramenta de invasão das células humanas. Apesar disso, ela acumula uma grande quantidade de mutações, dificultando o trabalho dos anticorpos. Por isso, a atualização das vacinas aposta na combinação de uma nova proteína S com a proteína S ancestral na formulação das vacinas.

O pesquisador argumenta que, nesse sentido, o projeto da SpiN-TEC é interessante, por combinar as proteínas S e N do coronavírus. Diferentemente da S, a proteína N é mais estável e também desperta reação dos linfócitos T, outro mecanismo de defesa do corpo humano, o que, em tese, dará menos chance de escape às variantes atuais e futuras.

Essas questões continuam a ser importantes porque a comunidade científica ainda não consegue determinar qual será a necessidade de doses de reforço, nem para quem elas serão necessárias no futuro. Desse modo, o pesquisador acrescenta que a SpiN-TEC poderia ser produzida em parceria com institutos de pesquisa públicos, como Bio-Manguinhos e Butantan, ou com empresas privadas, e sua plataforma tecnológica apresenta facilidades logísticas.

“É uma vacina muito estável. Ela dura duas semanas na temperatura ambiente e seis meses na geladeira, o que facilita muito a distribuição. Ainda mais no Brasil, que tem uma extensão tão grande e áreas que não têm uma infraestrutura tão boa”, afirma ele. “A proteína é uma proteína recombinante produzida em bactéria, um modelo bem clássico de produção de proteína, um modelo barato. É uma infraestrutura existente no Brasil”.

Antes de chegar ao Programa Nacional de Imunizações, porém, é preciso provar que a vacina funciona. Testes realizados em animais já demonstraram capacidade de controlar a carga viral e os sintomas da covid-19, mas é preciso iniciar os testes em humanos, com autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. A agência tem orientado os pesquisadores em relação às suas exigências, caso tudo seja alinhado, os testes clínicos começam no início do ano que vem, podendo ser encerrados em menos de um ano.

Testar a eficácia de uma vacina que será usada como reforço em uma população já vacinada requer protocolos diferentes da testagem de uma vacina proposta como primeiro contato de uma população contra um antígeno. Gazzinelli explica que, por esse motivo, os testes clínicos da SpiN-TEC podem ser até mais rápidos que os das vacinas que precisam esperar um tempo até que uma certa quantidade de voluntários adoeça para que o grupo com placebo possa ser comparado ao vacinado.

“Ela vai ser avaliada pelos marcadores imunológicos. Se ela induzir uma resposta imune forte contra o vírus, esse vai ser um critério importante de seleção para permitir que a vacina avance. Os estudos estão sendo desenhados dessa forma, para desenhar um marcador imunológico para avaliar a eficácia”, explicou ele, que acrescentou que, nesse caso, a vacina precisará ser igual ou superior aos imunizantes que já estão no mercado.

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Prefeitura de Assis Brasil e Sehurb avançam em processo para construção de 25 unidades habitacionais em Assis Brasil

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A Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo (SEHURB) anunciou nesta quinta-feira(11) um importante avanço na política habitacional de Assis Brasil. O secretário Egleuson Santiago informou que assinou e encaminhou à Secretaria de Licitações (SELIC) o processo licitatório para a construção de 25 novas unidades habitacionais no município.

O projeto integra o programa Minha Casa, Minha Vida – FNHIS Sub-50, iniciativa do Governo Federal destinada a municípios com menos de 50 mil habitantes, e que conta com o apoio institucional e técnico do Governo do Estado do Acre.

Segundo o secretário Egleuson Santiago, o encaminhamento do processo representa mais um passo concreto para garantir moradia digna às famílias que mais precisam. “Estamos avançando com responsabilidade e compromisso. A assinatura e o envio do processo à SELIC demonstram nosso esforço em ampliar o acesso à habitação e melhorar a qualidade de vida da população de Assis Brasil”, destacou.

O prefeito Jerry Correia comemorou o avanço do projeto e ressaltou o impacto social das novas moradias. “Esse é um momento muito importante para Assis Brasil. Nosso compromisso sempre foi cuidar das pessoas, especialmente aquelas que mais precisam. Com essas 25 unidades habitacionais, damos mais um passo para reduzir o déficit de moradia e oferecer dignidade a muitas famílias. A parceria com o Governo Federal e o Governo do Estado fortalece nossa capacidade de transformar a vida das pessoas”, afirmou o prefeito.

Com a abertura da licitação, o município dará sequência aos trâmites legais para contratação da empresa responsável pela execução das obras. Após essa etapa, terá início a construção das unidades habitacionais, que beneficiarão diretamente famílias em situação de vulnerabilidade social.

A Prefeitura de Assis Brasil reforça seu compromisso em fortalecer políticas públicas voltadas à moradia e ao desenvolvimento social, garantindo dignidade e melhores condições de vida para todos os cidadãos.

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Vídeo: Jovem é preso com fuzil e arsenal de munições dentro de apartamento no Belo Jardim II, em Rio Branco

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PM encontrou fuzil 7.62, escopeta e diversas munições após denúncia anônima

José Wenderson Gomes Dantas, de 22 anos, foi preso na noite desta quinta-feira (11) acusado de porte ilegal de arma de fogo dentro de um apartamento na Rua 13 de Maio, no bairro Belo Jardim II, no Segundo Distrito de Rio Branco.

De acordo com a Polícia Militar, uma equipe do Tático do 2º Batalhão realizava patrulhamento quando recebeu a denúncia de um popular informando que um fuzil estaria sendo guardado no interior do imóvel. Diante da gravidade da informação, os policiais solicitaram apoio do Tático do 1º BPM e seguiram até o endereço indicado.

Dentro do apartamento, a guarnição encontrou José Wenderson e, após buscas, localizou um fuzil calibre 7.62 abastecido com 24 munições intactas. Também foram apreendidos uma escopeta calibre 28 com 12 cartuchos, além de 6 munições calibre .38, 37 munições de 9 mm e 4 cartuchos calibre 12, todos escondidos no imóvel.

O suspeito recebeu voz de prisão e foi encaminhado à Delegacia de Flagrantes (Defla) junto com o armamento e as munições apreendidas, onde permanece à disposição da Justiça.

 

 

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Brasiléia intensifica ações de eliminação do mosquito da dengue com mutirão de limpeza, mesmo após redução de 89,3% nas notificações

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Mesmo com uma queda expressiva nos casos de dengue, a Prefeitura de Brasiléia segue ampliando as estratégias de prevenção e controle do mosquito Aedes aegypti. Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINANWEB) mostram que o município registrou 1.591 notificações em 2024, enquanto 2025 apresenta 187 notificações se comparado com o mesmo período do ano passado, representando 1.404 casos a menos e uma redução de 89,3%.

Na manhã desta quinta-feira (11), as secretarias municipais de Saúde e Obras iniciaram um grande mutirão de limpeza na Agrovila do km 26. A equipe da Secretaria de Obras realizou a limpeza das áreas externas, enquanto profissionais da Saúde visitaram casa a casa, orientando os moradores sobre medidas de prevenção e os cuidados necessários para evitar novos focos do mosquito.

O prefeito Carlinhos do Pelado destacou que, apesar da redução significativa, o município não reduzirá o ritmo das ações.

“Estamos colhendo os resultados de um trabalho sério e contínuo desde o início do primeiro ano da nossa gestão, mas isso não significa baixar a guarda. A nossa determinação é proteger as famílias de Brasiléia, intensificando as ações, reforçando a conscientização e mantendo a cidade preparada para qualquer cenário. O mutirão é mais uma demonstração do nosso compromisso com a saúde pública,” afirmou o prefeito.

O secretário municipal de Saúde, Francélio Barbosa, ressaltou que as equipes vêm atuando de forma intensa ao longo de todo o ano.
“Já contabilizamos cerca de 60 mil imóveis visitados em 2025, cada um recebendo pelo menos cinco visitas dos agentes de Endemias desde janeiro. Além disso, as equipes têm mantido fiscalização constante em borracharias, oficinas e pontos estratégicos, que recebem visitas a cada 15 dias. Também seguimos realizando bloqueios com bomba motorizada para eliminação do mosquito adulto e executando o LIRA quatro vezes ao ano, conforme determina o Ministério da Saúde,” explicou o secretário.

A ação desta semana na Agrovila do km 26 segue até esta sexta-feira (12). Novos bairros também serão contemplados nos próximos dias, reforçando o trabalho integrado das secretarias e o compromisso da gestão municipal com a prevenção.

Participaram do mutirão equipes da Secretaria Municipal de Obras, agentes de Endemias, Agentes Comunitários de Saúde, o coordenador da Divisão de Controle de Endemias, Elenilson Cruz, e o gerente de Vigilância em Saúde e Coordenador Cievis de Fronteira, Dhyekson Silva.

Segundo a Prefeitura de Brasileia informou, o trabalho seguirá de forma contínua, unindo limpeza urbana, orientação à população, monitoramento permanente e respostas rápidas sempre que necessário.

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