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Dez pessoas são ouvidas no Acre em audiência de menino esquartejado pela mãe no DF

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Audiência ocorre nesta segunda-feira (14) no Juizado Especial Criminal da Comarca de Rio Branco. Parentes de Rhuan Maicon são ouvidos por carta precatória.

Audiência por carta precatória ocorre nesta segunda-feira (14), no Juizado Especial Criminal da Comarca de Rio Branco — Foto: Divulgação/TJ-AC

Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco

Dez pessoas estão sendo ouvidas, nesta segunda-feira (14), no Juizado Especial Criminal da Comarca de Rio Branco por carta precatória para o processo que investiga a morte do menino Rhuan Maicon, de 9 anos, em Samambaia, no Distrito Federal (DF), em julho desse ano. A audiência começou às 11h15.

Conforme o promotor de Justiça, Getúlio Barbosa de Andrade, como as pessoas que serão ouvidas têm grau de parentesco “forte”, tanto com a vítima quanto com as rés, elas não vão ser consideradas como testemunhas e sim como informantes no processo. Entre os ouvidos estão os avós, pai, tia e amigas da mãe.

“A carta precatória é um procedimento judicial em que um juiz de um estado ou município envia um ato judicial para o juiz de outro estado. Nesse caso, do Distrito Federal veio para o estado do Acre. Na semana passada, chegou essa carta precatória e hoje nós vamos ouvir as pessoas que são informantes. É um procedimento que hoje mesmo deve estar retornando à Brasília, em razão da urgência, visto que as rés estão presas”, afirmou o promotor.

Segundo as investigações, Rosana Auri da Silva Cândido – que era mãe da criança – e a companheira dela, Kacyla Pryscila Santiago, assassinaram o menino e esquartejaram o corpo no dia 31 de maio, em Samambaia. Em seguida, o casal jogou partes do corpo em um bueiro.

Avó de Rhuan, Chaguinha, avó e o pai dele vão ser ouvidos por carta precatória para processo que investiga a morte da criança — Foto: Arquivo da família

O casal foi denunciado para o Tribunal do Júri de Samambaia no dia 18 de junho. Rosana e Kacyla foram denunciadas pelos crimes de homicídio qualificado, lesão corporal gravíssima, tortura, ocultação e destruição de cadáver, e fraude processual. A denúncia afirma que o crime foi cometido por motivo torpe – repugnante – e que a mãe do garoto foi a mentora do assassinato.

Sobre um possível pedido de indenização, a advogada da família do menino Rhuan, Otávia Oliveira Moreira, afirmou que ainda é prematuro falar sobre o assunto.

“Por enquanto isso é muito precoce, porque o avó e o pai estão muito debilitados com a notícia. Foi uma busca de alguns anos e eles utilizaram todos os recursos deles para localizar essa criança e quando veio a notícia de que as buscas tinham cessado não em razão de ter encontrado a criança, mas em razão da morte, isso desestruturou toda a família. Então, é muito complicado falar nesse pedido, porque até hoje é muito doloroso para a família paterna”, disse a advogada.

Tortura e lesão corporal

Além do homicídio, Rosana Auri e Kacyla Pryscila foram denunciadas por lesão corporal gravíssima e tortura. Segundo a denúncia, Rosana tirou o filho dos cuidados dos avós paternos, no Acre, levando-o para conviver com ela e sua companheira às escondidas dos demais parentes. Já com a guarda do menino, a mãe teria passado a torturá-lo.

“Com apenas 4 anos de idade, Rhuan passou a sofrer constantes agressões físicas e psicológicas e a ser constantemente castigado de forma intensa e desproporcional, ultrapassando a situação de mero maltrato”, diz a denúncia.

O texto também afirma que as duas denunciadas “castraram e emascularam a vítima clandestinamente” e “impediram que Rhuan tivesse acesso a qualquer tratamento ou acompanhamento médico”.

Ainda de acordo com a denúncia, para esconder os abusos, as acusadas costumavam mudar de cidade e residência. “Registre-se que as denunciadas procuravam se ocultar, mudando frequentemente de endereço, a fim de que não fossem encontradas pelos familiares paternos da vítima e da filha da denunciada Kacyla.”

Já as acusações de ocultação de cadáver e fraude processual dizem respeito às tentativas da dupla de se desfazerem do corpo de Rhuan e dificultarem as investigações. Elas tentaram queimar o corpo do garoto e jogaram parte dele em um bueiro, em Samambaia.

Mulheres são suspeitas de matar e esquartejar menino Rhuan Maicon em Samambaia, no DF — Foto: Divulgação PC/DF

Crime

O corpo de Rhuan Maycon foi encontrado na madrugada do dia 1º junho, esquartejado, dentro de uma mala deixada na quadra QR 425 de Samambaia, no DF. As partes da vítima foram localizadas por moradores da região.

A mãe do menino, Rosana Cândido e a companheira dela, Kacyla Pryscila, foram presas na casa onde moravam com o menino e com a filha de Kacyla, uma menina de 8 anos.

A filha de Kacyla, que estava na casa e presenciou o momento que Rhuan foi morto, voltou para o Acre com o pai em 15 de junho. A garota estava sob proteção do Conselho Tutelar desde o dia em que a mãe foi presa, no DF.

Em depoimento à polícia, a mãe de Rhuan contou que “sentia ódio e nenhum amor pela criança”.

Sequestro

Rhuan Maycon foi sequestrado em 2014, pela mãe, Rosana Auri, do Acre. Segundo a família, Rosana fugiu do estado com a criança, a companheira Kacyla Pessoa e a filha da companheira, uma menina de 8 anos.

O pai de Rhuan tinha a guarda do menino, dada pela Justiça do Acre. A família chegou a registrar um boletim de ocorrência após o sumiço do garoto.

Os familiares do pequeno Rhuan Maicon, de 9 anos, morto em junho passado na cidade de Samambaia (DF), pela mãe e madrasta, começam a ser ouvidos nesta segunda-feira, dia 14, pela Justiça do Acre. O crime ganhou destaque na imprensa e nas redes sociais quando ocorreu.

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

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Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

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