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Cotidiano

Dia Mundial da Alergia: O que você precisa saber sobre a doença

Especialistas alertam para importância da identificação e do cuidado adequado de um dos problemas mais frequentes no mundo

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As causas podem ser de origens diversas, entenda cada uma delas e conheça os cuidados e tratamentos disponíveis.

Lucas Rocha, da CNN

O dia 8 de julho, Dia Mundial da Alergia, promove a conscientização e o alerta para uma das doenças mais frequentes do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A alergia é uma reação exacerbada do sistema imunológico à exposição do organismo a uma série de substâncias.

“Normalmente, essas substâncias não causam reações na maior parte das pessoas, mas algumas têm essa resposta imune aumentada que provoca os sintomas da doença alérgica”, explica a pesquisadora Luisa Karla de Paula Arruda, coordenadora do Departamento Científico de Alérgenos da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

De acordo com professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) Fábio Castro, os motivos que induzem as reações alérgicas ainda não são totalmente esclarecidos.

“Algumas alergias estão aumentando bastante, especialmente a alimentar. São várias teorias, incluindo os hábitos cada vez mais urbanos e o pouco contato com animais, por exemplo. O consumo de alimentos industrializados e com vários produtos químicos também é uma hipótese”, afirma.

As causas podem ser de origens diversas, entenda cada uma delas e conheça os cuidados e tratamentos disponíveis.

Alergias respiratórias

Podem ser causadas por diversos fatores, como ácaros, pelos de animais de estimação, fungos presentes no mofo e pólen das flores. “Normalmente, o pelo do animal não é o que causa a alergia. São proteínas das glândulas sudoríparas, salivares e sebáceas que grudam no pelo e, quando a pessoa respira, reage a essas substâncias”, explica Luisa.

Segundo a especialista, os principais cuidados em relação às alergias respiratórias envolvem estratégias de controle do ambiente para minimizar os impactos. “Os ácaros têm um reservatório principal, que é a cama. Para isso, temos capas impermeáveis que podemos colocar nos colchões e travesseiros. Em relação aos animais de estimação, recomendamos que não entrem nos quartos e além recebam banhos frequentes”.

Alergias alimentares

Alimentos também podem ser causa de reações alérgicas. Entre os principais causadores estão leite de vaca, ovo, trigo, soja, amendoim, camarão e outros frutos do mar, além de nozes e castanhas, devido a algumas proteínas presentes nesses alimentos, como a albumina, no ovo, ou o glúten nos cereais.

“Excluir o que provoca a reação é uma das formas de prevenir e tratar. Por exemplo, uma pessoa que teve reação alérgica ao camarão, se comprovamos que foi essa a causa, a dieta de exclusão vai resolver o problema”, explica Luisa.

Alergias a insetos

A picada de insetos como abelhas, vespas, marimbondos e formigas pode liberar substâncias que levam a reações alérgicas graves em algumas pessoas.

“Para casos que não podemos evitar, como a picada de insetos, temos o tratamento com imunoterapia, que são vacinas para alergia. Hoje, existem vacinas subcutâneas e sublinguais. A ideia é dessensibilizar a pessoa para aquele componente”, diz Luisa.

Alergia a medicamentos

Medicamentos como anti-inflamatórios, analgésicos (aspirina, dipirona, ibuprofeno, diclofenaco), antibióticos (principalmente pelicilinas) também podem causar reações. “Mediante os testes, orientamos o paciente sobre o que ele pode ou não pode tomar. Identificar os grupos aos quais pertencem os medicamentos que causam as reações é fundamental”, diz Luisa.

Alergia a vacinas

Qualquer vacina pode desencadear reações alérgicas, no entanto, os casos são raros, segundo os especialistas. “Podem ser tanto pelo componente da vacina, como alguma das substâncias utilizadas para estabilizá-la. A raridade das reações é tão grande que não constitui em uma contraindicação para a vacinação em massa da população”, explica Luisa.

Alergias da pele

Em geral, todas as alergias podem manifestar sintomas na pele como urticária, inchaço e vermelhidão. No entanto, as cutâneas também compõem um grupo específico dessas reações.

“Um exemplo é a dermatite atópica, uma alergia de pele que traz um impacto na qualidade de vida porque provoca coceira intensa e pode levar à formação de lesões. Pode ser causada tanto por ácaros ou alimentos como por infecções bacterianas locais”, afirma Luisa.

Outro tipo de alergia cutânea é a dermatite de contato, que pode ser causada por metais e produtos químicos em geral, segundo a especialista. “É comum, por exemplo, a alergia a bijuterias no local em contato com a pele. Normalmente, ela é causada por metais como níquel e cromato. Várias outras substâncias químicas podem provocar reações, como maquiagem, produtos de higiene pessoal, cosméticos, tecidos e borracha”.

Prevenção e diagnóstico

De acordo com o professor da USP, Fábio Castro, a prevenção inclui a adoção de hábitos saudáveis desde a infância, como a amamentação com leite materno pelos bebês, além de alimentação balanceada, atividades físicas e contato com a natureza ao longo da vida.

Em geral, a descoberta acontece após um primeiro evento de reação alérgica. Os especialistas recomendam que diante das primeiras manifestações, as pessoas procurem atendimento médico para que sejam investigadas as causas.

Segundo Fábio, o diagnóstico é realizado a partir da investigação do histórico do paciente, etapa em que são apuradas suas atividades mais recentes, como lugares frequentados e alimentos consumidos antes da reação.

“Dificilmente uma pessoa sem sintomas vai investigar se tem alguma alergia. Temos várias maneiras de diagnosticar. Além do histórico, temos testes alérgicos, testes de sangue, entre outras estratégias que utilizamos para detectar qual é a causa dessa alergia”, explica.

Controle da alergia aumenta a qualidade de vida

O tratamento depende do agente causador da reação alérgica e pode ser realizado a partir de diferentes estratégias, como o controle do ambiente, a imunoterapia (vacinas) e por medicamentos.

Os especialistas evitam utilizar o termo “cura”, mas afirmam que é possível alcançar o controle das alergias. “Hoje podemos oferecer o controle dos sintomas para que o paciente possa ter uma vida normal, sem que a alergia atrapalhe as atividades”, afirma Luisa.

Segundo Fábio, a imunoterapia consiste na utilização de vacinas produzidas com o uso controlado das diversas substâncias que provocam as reações alérgicas. O objetivo do método é provocar a dessensibilização do paciente ao tipo de material que causa a alergia, ou seja, fazer com que o organismo se acostume com a substância.

Asma

De acordo com a especialista da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, a asma é considerada uma doença multifatorial, sendo grande parte dos casos de origem alérgica. “As causas da alergia na asma são semelhantes às da rinite. Incluem ácaros, baratas, pelo de animais, pólen e mofo. Todas as medidas de controle ambiental se aplicam para a asma”, afirma Luisa.

Segundo a médica, o tabagismo também tem um papel fundamental no desenvolvimento da asma. “Uma das principais medidas de prevenção contra o agravamento da asma é não fumar e isso inclui o fumo passivo, especialmente em relação à exposição das crianças”, complementa.

O tratamento deve ser feito com acompanhamento médico, podendo contar com o uso de medicamentos, além dos cuidados com o ambiente e a adoção de hábitos saudáveis.

A pesquisadora destaca que um dos objetivos do controle da asma é permitir que os pacientes realizem atividades físicas. Embora o exercício possa induzir os sintomas, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia recomenda que, nos momentos em que a asma está bem controlada, os pacientes façam atividades moderadas.

Rinite alérgica

Segundo a pesquisadora da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, a rinite é uma das doenças alérgicas mais comuns. “Estimamos que no Brasil cerca de 30% da população tenha rinite. A maior parte, em torno de 85% dos casos, é de origem alérgica. Alguns pacientes podem ter esse quadro por infecções virais e outras causas”, afirma Luisa.

Em geral, a rinite alérgica é caracterizada por casos crônicos e recorrentes, principalmente pela exposição a ácaros presentes na poeira, pólen, fungos, urina e saliva de animais como cães e gatos.

Os sintomas mais comuns são inchaço da mucosa com obstrução nasal, coriza, espirros seguidos e coceira no nariz, na garganta e nos olhos. O diagnóstico pode ser feito a partir da investigação do histórico do paciente, além de testes na pele e exames de sangue.

Segundo os especialistas, o tratamento é diversificado e inclui o controle ambiental, uso de medicamentos e imunoterapia. O controle da rinite pode ser feito pela prevenção do contato com os agentes causadores.

O uso de medicamentos, como anti-histamínicos, descongestionantes nasais e corticoides deve ser feito com orientação médica. “A imunoterapia que é a vacina para a alergia, é extremamente eficaz. É um tratamento prolongado, que dura em torno de três a cinco anos. A vantagem é que ao final dele, a pessoa pode manter a tolerância a esses alérgenos [substâncias que desencadeiam a alergia]”, afirma Luisa.

Os perigos do choque anafilático

O choque anafilático é a forma mais grave de uma reação alérgica, que pode ser provocada por diferentes agentes, como alimentos, medicamentos, veneno de insetos, látex e produtos químicos. Os sintomas costumam ser imediatos, em geral logo após o contato, e incluem urticária, coceira no corpo, vermelhidão, inchaço nos lábios, pálpebras e glote, obstrução nasal, além de tontura, vertigens, queda da pressão sanguínea e desmaio.

Segundo o pesquisador da USP, o choque anafilático pode ser fatal devido ao sufocamento provocado pelo inchaço na glote e pelo fechamento dos brônquios, que fazem parte do sistema respiratório. O paciente deve ser levado imediatamente para um serviço de saúde de emergência, onde receberá o tratamento especializado que pode incluir a injeção de adrenalina, além de antialérgicos e corticoides.

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Tiroteio deixa mulher ferida na perna no Segundo Distrito de Rio Branco

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Na noite de quinta-feira (18), Elidevânia Gomes Soares, de 40 anos, foi vítima de um tiroteio no Ramal da Judia, localizado no bairro Belo Jardim 1, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.

De acordo com relatos da própria vítima, ela estava consumindo entorpecentes em frente a uma residência no ramal quando foi surpreendida por criminosos que passaram pelo local disparando indiscriminadamente. Durante o ataque, Elidevânia foi atingida por um tiro na perna direita, que atravessou o membro.

Desorientada devido ao efeito das drogas, a mulher não conseguiu identificar os agressores nem o veículo utilizado por eles.

Após ser atingida, Elidevânia buscou socorro no Bar do Amor, onde foi amparada por clientes que acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma ambulância de suporte básico foi enviada ao local, prestou os primeiros socorros e encaminhou a vítima ao pronto-socorro de Rio Branco, onde seu estado de saúde foi relatado como estável.

Apesar do incidente, não houve acionamento da Polícia Militar nem da Equipe de Pronto Emprego (EPE) da Polícia Civil via Copom. As circunstâncias do tiroteio permanecem sob investigação para esclarecer os detalhes do ocorrido e identificar os responsáveis pelo ataque.

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Acusado de exibir armas em redes sociais é preso em operação da Delegacia de Homicídios

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Ytalo Lima de Almeida de 31 anos, foi preso na manhã desta quinta-feira, 18, por investigadores da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.

A ação dos agentes da DHPP da Polícia Civil, ocorreu em uma casa, no Bairro Recanto dos Buritis.

No momento da abordagem, os investigadores da Delegacia de Homicídios apreenderam  com o acusado uma arma de fogo, entorpecente, dinheiro, oriundo da droga e aparelhos celulares.

Ytalo Lima passou a ser investigado após exibir armas de fogo nas redes sociais.

Depois de detido o acusado foi encaminhado a sede da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil. Ele foi indiciado pelos crimes de posse irregular de arma de fogo e tráfico de drogas.

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Rio Branco vence o São Francisco e segue firme em busca do título

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Foto Jhon Silva: Tonny fez o passe para o gol da vitória do Estrelão

Em um jogo muito difícil onde a imposição física foi decisiva, o Rio Branco derrotou o São Francisco por 1 a 0 e manteve a liderança do segundo turno do Campeonato Estadual com 7 pontos. Vitor Hugo marcou o gol da vitória do Estrelão aos 25 minutos do segundo tempo.

Chances dos dois lados

Rio Branco e São Francisco realizaram um primeiro tempo com chances perdidas. Na segunda etapa, os técnicos Vaguinho Santos, do Rio Branco, e Douglas Barboza, do São Francisco, realizaram mudanças para tentar a vitória.

Vaguinho Santos foi mais feliz porque Vitor Hugo saiu do banco para decidir a partida.

Decidir no domingo

Segundo o zagueiro Uberaba, o Rio Branco ficou muito próximo de confirmar a classificação para as competições nacionais na temporada de 2025.

“Estamos próximos, mas não conseguimos. Precisamos descansar e pensar na partida contra o Independência. Os jogos são difíceis e no domingo não será diferente”, avaliou Uberaba.

São Francisco prejudicado

Na reta final da segunda etapa, o volante Joel fez falta no meia Keslley, do São Francisco. O árbitro José Lima não marcou, mas o auxiliar Rener Santos assumiu a responsabilidade marcando. Contudo, errou o árbitro e o auxiliar porque o lance foi dentro da área e o São Francisco foi prejudicado com a não marcação da penalidade.

Fala, Keslley!

“Fizemos mais um bom jogo, mas voltamos a falhar nas finalizações. Poderíamos ter conquistado um resultado melhor contra o Rio Branco. Temos mais duas  partidas e mesmo sem chances vamos tentar ganhar os jogos”, disse o meia do São Francisco.

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