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Acre

Dólar alto e burocracia: saiba porque brasileiros desistem de cursar medicina na Bolívia

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O tratamento recebido pelos estudantes nas faculdades também prejudica.

Kellyton Lindoso, da ContilNet

Não é tão fácil como se imagina estudar medicina na Bolívia. Problemas na região de fronteira, exposição ao perigo e a distância da família são apenas alguns dos problemas vivenciados por quem deixa tudo e decide cursar medicina no exterior com a perspectiva de um futuro melhor.

Muito já se foi falado na imprensa sobre as dificuldades enfrentadas pelos estudantes que cursam medicina no país vizinho. Essas dificuldades vão além da problemática de validação do diploma e, dia após dia, os problemas vividos pelos estudantes, em sua maioria acreanos, aumentam cada vez mais.

A procurar pelo curso de medicina na Bolívia tem diminuído por parte dos brasileiros

A procurar pelo curso de medicina na Bolívia tem diminuído por parte dos brasileiros

Um estudante procurou o jornalismo da ContilNet Notícias para falar de outros dos muitos problemas que, hoje, estes estudantes estão vivendo. Ele, que prefere manter sua identidade em sigilo, afirma que a Bolívia não recebe mais estudantes como antes. “Minha vida está em risco”, explica o rapaz.

Em sua declaração, o jovem afirma que um dos – e talvez o principal deles – motivo para que a diminuição do número de estudantes procurando as universidades bolivianas é a alta do dólar. Para se ter uma ideia, a moeda encerrou o primeiro trimestre com alta acumulada de 20% em relação à moeda brasileira. É a maior alta desde 1999, quando o Brasil desvalorizou o real e adotou o regime de câmbio flutuante.

“Ficou inviável”, relata o estudante.

O tratamento recebido pelos estudantes nas faculdades também prejudica.

“Péssimo tratamento por parte dos bolivianos”.

Outro ponto destacado pelo estudante é a burocracia dentro do país quanto a legalização do curso.

“Há uma demora em conclusão do curso por burocracia no ministério da educação boliviano”.

Outra denúncia feita pelo estudante é a de que muitos alunos, por causa das dificuldades, acabam indo para o Paraguai em busca de facilidades. Mas, quando chegam lá, se surpreendem: muitos alunos chegam ao país com diplomas falsos oriundos da Bolívia.

“Lá [no Paraguai] ninguém se atrasa, ninguém reprova e existe semestres “acelerados” para estudantes que querem adiantar o curso de medicina ou estão muito atrasados. Minha denúncia já é sabida de todos: o Paraguai recebe alunos com diplomas falsos oriundos da Bolívia e convalida as matérias como se o aluno nunca tivesse estudado na Bolívia, de certa forma “limpando” esse documento falso”.

O estudante conta que esses ‘programas analíticos’ são feitos e comprados em gráficas de boa qualidade e passado aos intermediários para vender.

“Exemplo: Aluno compra o documento falso até o 7º semestre e leva para o Paraguai. Resultado: ele entra no 8 semestre e é como se esse documento boliviano nunca tivesse existido, pois no Paraguai não existe a checagem como é feita no Brasil através do carimbo consular brasileiro, pois o consulado brasileiro checa com a universidade a veracidade daquele programa analítico ou diploma e isso no consulado Paraguaio não existe”.

Ele afirma que, desta forma, “documentos falsos se tornam originais”.

“E o brasileiro, sabendo disso, vai na Bolívia atrás dos intermediários e logo de cara compra até o 7º semestre e já leva para o Paraguai, e se forma em medicina em 2 anos e meio! As faculdades bolivianas nada tem a ver, pois seus programas são perfeitamente falsificados sem nem mesmo ela saberem!”.

Em seu relato, o estudante não cita nomes de instituição, tampouco nome de alunos envolvidos nas denúncias.

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Professores da Ufac rejeitam proposta do Governo Federal e discussão sobre greve é antecipada

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Após rejeição de docentes, discussão foi adiada para a próxima segunda-feira (29)

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Acre

Acre já registra mais de mil casos de malária em 2024

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Equipe técnica da Sesacre já está traçando uma visita técnica em conjunto com o Programa Nacional de Controle Malária do Ministério da Saúde Foto: Arquivo

No Dia Mundial da Luta Contra a Malária, celebrado em todo o mundo nesta quinta-feira, 25, dados registrados pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) revelam que, em 2022, foram notificados 6.139 casos da doença e, em 2023, 5.204 casos, o que representa uma redução de 15,2% das ocorrências no estado.

De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, os municípios com maior incidência da enfermidade se encontram no Vale do Juruá: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Nos três primeiros meses de 2024, foram confirmados 1.042 casos. Desses, 95,3% foram registrados nesses municípios.

O Acre está entre os estados com as maiores taxas da doença, representando 3,9% do total de número de casos de malária registrados na região amazônica em 2023. “Por isso, o Estado aderiu ao Plano Nacional de Eliminação da Malária, que prevê a extinção da doença no território brasileiro até 2035”, declarou o chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde da Sesacre, Júnior Pinheiro.

Apesar de potencialmente fatal, a malária é uma doença curável e evitável. É causada por parasitas inoculados por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles infectadas, também conhecidos como mosquito-prego. Existem cinco espécies de parasitas que causam malária em humanos; entre elas, o Plasmodium falciparum e o Plasmodium vivax representam a maior ameaça.

Sintomas

Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.

Transmissão

O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como ocorre no compartilhamento de seringas (comum no caso de usuários de drogas), transfusão de sangue ou da mãe para o feto, na gravidez.

Tratamento

Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves devem receber hospitalização imediata.

O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante, a idade do paciente e condições associadas, como gravidez e outros problemas de saúde, além do nível de gravidade da doença.

Prevenção

Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, uso de repelentes e telas em portas e janelas.

Medidas de prevenção coletiva: drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterros, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho e uso racional da terra.

Fontes:

Fundação Oswaldo Cruz

Ministério da Saúde. Saúde de A a Z

Organização Mundial da Saúde

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Acre

Prefeito participa do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, em Rio Branco

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O prefeito de Rio Branco participou, nesta quinta-feira (25),do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, que é realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac). O encontro reúne especialistas do setor, autoridades políticas e empresários, onde são discutidos propostas para o avanço da construção civil nessas regiões. O evento ocorrerá durante dois dias na capital acreana.

No primeiro dia foram abordados temas relacionados aos desafios enfrentados pelo setor, a importância da construção civil para a primeira infância, as articulações entre o governo federal e as secretarias de habitação dos estados, além de destacar o papel do Acre na integração regional com os países vizinhos e o apoio do Sebrae para aumentar a produtividade do setor.

“Estamos reunidos num grande debate sobre como desenvolver a região Norte-Nordeste. A engenharia está presente através dos presidentes dos CREAs, dos estados da região norte-nordeste, que juntamente com a Federação Nacional da Indústria da Construção estão aqui nesse debate de trazer a discussão, identificar os desafios e propor as melhores soluções para o desenvolvimento dessas duas regiões, com a participação da prefeitura, grandes obras que trazem melhorias para a nossa população, na infraestrutura, na mobilidade e na habitação também”, explicou a presidente do CREA/AC.

Bocalom: “A construção civil gera grande número de empregos” (Foto: Evandro Derze/Assecom)

O prefeito de Rio Branco falou sobre a importância do Fórum na capital e lembrou do avanço da construção civil nos últimos três anos.

“Aqui em Rio Branco, a construção civil, as empresas da construção civil, estão felicíssimas pelo trabalho que a prefeitura vem fazendo, pelas gerações de oportunidades que a Prefeitura de Rio Branco vem criando, com tantas obras que nós estamos lançando e continuamos lançando de construção civil aqui. Sabemos que a construção civil é onde gera o maior número de empregos e principalmente empregos onde as pessoas não têm muita qualificação técnica. Então, isso é muito importante, porque significa que as pessoas podem levar o dinheirinho para casa para comprar a sua comida e botar na mesa, com dignidade.”

O presidente do CREA da Paraíba Renan Guimarães, falou da importância da troca de experiência entre os participantes do evento.

“O Fórum Norte-Nordeste veio realmente para ficar. Acredito que ele vai elevar a construção civil em todos esses estados e aí consequentemente nós vamos ter frutos, no futuro, que vão alavancar a engenharia e toda essa construção a qual rege economicamente nosso setor. É uma troca de ideias, de experiência. É poder trazer a realidade de cada estado. Uma pauta única. Então é muito importante agregar esse valor e esse conhecimento.”

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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