Acre
Em artigo, Marcio Bittar diz que a Polícia Federal merece respeito
A Polícia Federal merece respeito
Marcio Bittar
O exercício saudável do poder pressupõe equilíbrio emocional e respeito às instituições republicanas. É inaceitável o ataque que o governador do Acre fez, recentemente, à Polícia Federal. Dizendo-se vítima de um “golpe”, ameaçou a instituição com rompimento e a considerou como adversária institucional do seu governo.
A Operação G-7 fez bem ao Estado ao alertar a população e o Judiciário sobre os graves problemas de formação de cartel e desvio de dinheiro público em obras mal feitas. O cidadão já está cansado de ver ruas que se desmancham com chuvas, obras visivelmente precárias e superfaturadas. A operação G-7 cumpriu seu papel e a Polícia Federal merece louvores pelo dever cumprido.
A ineficiência e a corrupção no setor de saúde penaliza, cruelmente, o cidadão e a cidadã acrianos. Muitos pacientes têm que esperar meses por um simples exame, ou por um médico especialista e penar um tempo indeterminado por uma cirurgia dita urgente. É um setor que resume com perfeição o jeito petista de governar: arrogante, ineficiente e desonesto.
Arrogante, porque o governador e seu partido acreditam piamente que estão acima de tudo e de todos e se acham donos do Acre e da verdade. Ineficientes, pois, não corrigem os problemas óbvios, não implementam uma gestão racional dos recursos e não fiscalizam o trabalho dos servidores públicos da saúde. São desonestos por tudo que se viu graças ao trabalho da Polícia Federal.
É preciso abrir os olhos do governador e retirá-lo dessa espécie de alienação orgulhosa em que se meteu. O Instituto Teotônio Vilela do Acre trabalha com pesquisas sobre comportamento e opinião política e constatou, em julho, por meio de enquete com mais de 2500 entrevistados em todo o Estado, que 73% dos acreanos tiveram conhecimento da Operação G-7; e que desses, 89% consideraram a operação e a prisão dos envolvidos como justas. Entre o destempero do governador e o trabalho da Polícia Federal, o povo está ao lado da Polícia.
Ando todo o estado, converso com as pessoas, ouço as reivindicações e as reclamações e posso afirmar que em qualquer bairro, cidade ou localidade do Acre me deparo com numerosos e comoventes relatos sobre obras mal feitas e sofrimentos causados por serviços precários de saúde pública.
Um mandatário de um estado deve ter a ética da responsabilidade, saber medir as consequências de suas palavras e atos, não pode se dar ao luxo torpe de desafiar instituições e duvidar de fatos no afã de enganar e desviar a atenção das pessoas. Se há corrupção em seu governo, ele deve ser o primeiro a querer investigações e esclarecimentos, deve ser o primeiro a tomar providências. É preciso compreender a importância do cargo que ocupa. Se amanhã a Polícia Federal desenvolver uma ação de combate ao tráfico internacional de drogas, ele vai se negar a apoiar?
Infelizmente, a postura tomada pelo governador não é aceitável em uma democracia. Denota desprezo pelo convívio legal e legítimo entre instituições da República. Creio que o exercício de quase duas décadas de poder no Acre não fez bem aos homens e aos partidos que nos governam. Acomodaram-se com a falsa sensação de que tudo podem, até afrontar uma instituição Federal, aceita e aprovada pela população.
Creio que é necessário o recado: governador, não declare guerra à Polícia Federal, declare guerra à arrogância, à ineficiência e à desonestidade.
(*) Marcio Bittar é Deputado Federal, presidente da Executiva do PSDB no Acre e Primeiro-Secretário da Câmara dos Deputados.
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Acre
Professores da Ufac rejeitam proposta do Governo Federal e discussão sobre greve é antecipada
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Acre
Acre já registra mais de mil casos de malária em 2024
No Dia Mundial da Luta Contra a Malária, celebrado em todo o mundo nesta quinta-feira, 25, dados registrados pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) revelam que, em 2022, foram notificados 6.139 casos da doença e, em 2023, 5.204 casos, o que representa uma redução de 15,2% das ocorrências no estado.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, os municípios com maior incidência da enfermidade se encontram no Vale do Juruá: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Nos três primeiros meses de 2024, foram confirmados 1.042 casos. Desses, 95,3% foram registrados nesses municípios.
O Acre está entre os estados com as maiores taxas da doença, representando 3,9% do total de número de casos de malária registrados na região amazônica em 2023. “Por isso, o Estado aderiu ao Plano Nacional de Eliminação da Malária, que prevê a extinção da doença no território brasileiro até 2035”, declarou o chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde da Sesacre, Júnior Pinheiro.
Apesar de potencialmente fatal, a malária é uma doença curável e evitável. É causada por parasitas inoculados por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles infectadas, também conhecidos como mosquito-prego. Existem cinco espécies de parasitas que causam malária em humanos; entre elas, o Plasmodium falciparum e o Plasmodium vivax representam a maior ameaça.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
Transmissão
O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como ocorre no compartilhamento de seringas (comum no caso de usuários de drogas), transfusão de sangue ou da mãe para o feto, na gravidez.
Tratamento
Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves devem receber hospitalização imediata.
O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante, a idade do paciente e condições associadas, como gravidez e outros problemas de saúde, além do nível de gravidade da doença.
Prevenção
Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, uso de repelentes e telas em portas e janelas.
Medidas de prevenção coletiva: drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterros, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho e uso racional da terra.
Fontes:
Ministério da Saúde. Saúde de A a Z
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Acre
Prefeito participa do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, em Rio Branco
O prefeito de Rio Branco participou, nesta quinta-feira (25),do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, que é realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac). O encontro reúne especialistas do setor, autoridades políticas e empresários, onde são discutidos propostas para o avanço da construção civil nessas regiões. O evento ocorrerá durante dois dias na capital acreana.
No primeiro dia foram abordados temas relacionados aos desafios enfrentados pelo setor, a importância da construção civil para a primeira infância, as articulações entre o governo federal e as secretarias de habitação dos estados, além de destacar o papel do Acre na integração regional com os países vizinhos e o apoio do Sebrae para aumentar a produtividade do setor.
“Estamos reunidos num grande debate sobre como desenvolver a região Norte-Nordeste. A engenharia está presente através dos presidentes dos CREAs, dos estados da região norte-nordeste, que juntamente com a Federação Nacional da Indústria da Construção estão aqui nesse debate de trazer a discussão, identificar os desafios e propor as melhores soluções para o desenvolvimento dessas duas regiões, com a participação da prefeitura, grandes obras que trazem melhorias para a nossa população, na infraestrutura, na mobilidade e na habitação também”, explicou a presidente do CREA/AC.
O prefeito de Rio Branco falou sobre a importância do Fórum na capital e lembrou do avanço da construção civil nos últimos três anos.
“Aqui em Rio Branco, a construção civil, as empresas da construção civil, estão felicíssimas pelo trabalho que a prefeitura vem fazendo, pelas gerações de oportunidades que a Prefeitura de Rio Branco vem criando, com tantas obras que nós estamos lançando e continuamos lançando de construção civil aqui. Sabemos que a construção civil é onde gera o maior número de empregos e principalmente empregos onde as pessoas não têm muita qualificação técnica. Então, isso é muito importante, porque significa que as pessoas podem levar o dinheirinho para casa para comprar a sua comida e botar na mesa, com dignidade.”
O presidente do CREA da Paraíba Renan Guimarães, falou da importância da troca de experiência entre os participantes do evento.
“O Fórum Norte-Nordeste veio realmente para ficar. Acredito que ele vai elevar a construção civil em todos esses estados e aí consequentemente nós vamos ter frutos, no futuro, que vão alavancar a engenharia e toda essa construção a qual rege economicamente nosso setor. É uma troca de ideias, de experiência. É poder trazer a realidade de cada estado. Uma pauta única. Então é muito importante agregar esse valor e esse conhecimento.”