Acre
Em Brasília, Sebastião Viana prevê que saúde do Acre poderá ter mais 300 médicos
Romerito Aquino (Brasília)
O governador Tião Viana disse nesta segunda-feira, 8, que tem expectativa de o Acre passar a contar com mais 300 médicos para atender a população na rede básica de saúde do estado, a partir do programa Mais Médicos, que foi lançado pela presidente Dilma Rousseff com o fim de ampliar o número de profissionais de medicina no interior do país e na periferia das grandes cidades brasileiras.
Segundo Tião Viana, que foi um dos governadores presentes no Palácio do Planalto, o lançamento do programa fortalecerá o trabalho de ampliação dos médicos na saúde pública acreana, graças à ampliação em quatro vezes do número de vagas no curso de medicina e em duas vezes do número de especialistas que serão formados no próprio estado. “Esse programa é um grande passo para a saúde pública do nosso estado e do Brasil”, afirmou o governador.
Os 300 médicos a mais, previstos pelo governador, elevam o número de médicos no Acre para 1.200 profissionais, pois atualmente, de acordo com a secretária de Saúde, Suely Melo, a oferta de médicos é da ordem de 800. Os novos médicos representariam, então, mais de 37% do montante atual de profissionais do estado. Além dos médicos que trabalham no sistema público, o Acre dispõe ainda de 32 médicos que só trabalham na rede particular.
O governador Tião Viana enalteceu também o salário de R$ 10 mil que será pago pelo Ministério da Saúde para levar os médicos para os municípios isolados, que são os que têm mais dificuldades para a fixação dos profissionais de medicina. “Isso vai facilitar para que o Estado e os municípios entrem com apoio complementar. Vai permitir levar profissionais aos locais onde ninguém quer ir. Haverá o recurso de dispor de um profissional que possa vir de qualquer lugar e tenha a habilitação para fazer parte do serviço público de saúde”, assinalou o governador.
Para o governador Tião Viana, a presidenta Dilma escreveu ontem uma nova página na história da saúde pública do Brasil, ao assumir o compromisso, perante todo o povo brasileiro, de colocar médicos onde têm poucos médicos. “Ou seja, mais médicos, mais saúde, é o compromisso que ela [presidenta Dilma] está assumindo”.
Mais de 10 mil vagas para novos médicos
O programa “Mais Médicos” foi criado por medida provisória assinada nesta segunda pela presidenta Dilma Rousseff e regulamentada por portaria conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde. Para preencher as vagas, o governo vai lançar editais para atração de médicos, para os municípios que desejam receber os profissionais e para selecionar as instituições supervisoras.
Segundo o Ministério da Saúde, a quantidade de vagas só será conhecida depois que os municípios apresentarem suas demandas, mas o governo estima que o número chegue a 10 mil. O edital para médicos estará aberto a profissionais formados no Brasil e graduados no exterior, inclusive estrangeiros.
As vagas, de acordo com o ministério, serão ocupadas prioritariamente por médicos brasileiros, e os estrangeiros terão de comprovar conhecimento em língua portuguesa e passar por um curso de especialização em atenção básica. Os profissionais receberão bolsa federal de R$ 10 mil mensais, com jornada de 40 horas semanais. Também serão criados pelo programa federal 11.447 novas vagas nos cursos de medicina do país.
O Ministério da Saúde também informou que os médicos estrangeiros ficarão isentos de participar do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas (Revalida) e terão apenas registro temporário, para trabalhar no Brasil por período máximo de três anos e nos municípios para os quais forem designados. Os profissionais serão supervisionados por médicos brasileiros.
Pelo programa “Mais Médicos”, os municípios terão que oferecer moradia e alimentação aos médicos, brasileiros ou estrangeiros, além de investir na construção, reforma e ampliação de unidades básicas. A contratação de médicos integra o pacote de medidas para a saúde, lançado pela presidenta Dilma Rousseff no fim de junho em resposta às manifestações de ruas que pediam melhoria nos serviços públicos do país. O Pacto pela Saúde do país também prevê investimentos de R$15,8 bilhões para construção e melhoria de hospitais, das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e das unidades básicas de saúde.
Fonte: Agência Acre
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Acre
Acre já registra mais de mil casos de malária em 2024
No Dia Mundial da Luta Contra a Malária, celebrado em todo o mundo nesta quinta-feira, 25, dados registrados pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) revelam que, em 2022, foram notificados 6.139 casos da doença e, em 2023, 5.204 casos, o que representa uma redução de 15,2% das ocorrências no estado.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, os municípios com maior incidência da enfermidade se encontram no Vale do Juruá: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Nos três primeiros meses de 2024, foram confirmados 1.042 casos. Desses, 95,3% foram registrados nesses municípios.
O Acre está entre os estados com as maiores taxas da doença, representando 3,9% do total de número de casos de malária registrados na região amazônica em 2023. “Por isso, o Estado aderiu ao Plano Nacional de Eliminação da Malária, que prevê a extinção da doença no território brasileiro até 2035”, declarou o chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde da Sesacre, Júnior Pinheiro.
Apesar de potencialmente fatal, a malária é uma doença curável e evitável. É causada por parasitas inoculados por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles infectadas, também conhecidos como mosquito-prego. Existem cinco espécies de parasitas que causam malária em humanos; entre elas, o Plasmodium falciparum e o Plasmodium vivax representam a maior ameaça.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
Transmissão
O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como ocorre no compartilhamento de seringas (comum no caso de usuários de drogas), transfusão de sangue ou da mãe para o feto, na gravidez.
Tratamento
Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves devem receber hospitalização imediata.
O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante, a idade do paciente e condições associadas, como gravidez e outros problemas de saúde, além do nível de gravidade da doença.
Prevenção
Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, uso de repelentes e telas em portas e janelas.
Medidas de prevenção coletiva: drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterros, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho e uso racional da terra.
Fontes:
Ministério da Saúde. Saúde de A a Z
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Prefeito participa do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, em Rio Branco
O prefeito de Rio Branco participou, nesta quinta-feira (25),do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, que é realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac). O encontro reúne especialistas do setor, autoridades políticas e empresários, onde são discutidos propostas para o avanço da construção civil nessas regiões. O evento ocorrerá durante dois dias na capital acreana.
No primeiro dia foram abordados temas relacionados aos desafios enfrentados pelo setor, a importância da construção civil para a primeira infância, as articulações entre o governo federal e as secretarias de habitação dos estados, além de destacar o papel do Acre na integração regional com os países vizinhos e o apoio do Sebrae para aumentar a produtividade do setor.
“Estamos reunidos num grande debate sobre como desenvolver a região Norte-Nordeste. A engenharia está presente através dos presidentes dos CREAs, dos estados da região norte-nordeste, que juntamente com a Federação Nacional da Indústria da Construção estão aqui nesse debate de trazer a discussão, identificar os desafios e propor as melhores soluções para o desenvolvimento dessas duas regiões, com a participação da prefeitura, grandes obras que trazem melhorias para a nossa população, na infraestrutura, na mobilidade e na habitação também”, explicou a presidente do CREA/AC.
O prefeito de Rio Branco falou sobre a importância do Fórum na capital e lembrou do avanço da construção civil nos últimos três anos.
“Aqui em Rio Branco, a construção civil, as empresas da construção civil, estão felicíssimas pelo trabalho que a prefeitura vem fazendo, pelas gerações de oportunidades que a Prefeitura de Rio Branco vem criando, com tantas obras que nós estamos lançando e continuamos lançando de construção civil aqui. Sabemos que a construção civil é onde gera o maior número de empregos e principalmente empregos onde as pessoas não têm muita qualificação técnica. Então, isso é muito importante, porque significa que as pessoas podem levar o dinheirinho para casa para comprar a sua comida e botar na mesa, com dignidade.”
O presidente do CREA da Paraíba Renan Guimarães, falou da importância da troca de experiência entre os participantes do evento.
“O Fórum Norte-Nordeste veio realmente para ficar. Acredito que ele vai elevar a construção civil em todos esses estados e aí consequentemente nós vamos ter frutos, no futuro, que vão alavancar a engenharia e toda essa construção a qual rege economicamente nosso setor. É uma troca de ideias, de experiência. É poder trazer a realidade de cada estado. Uma pauta única. Então é muito importante agregar esse valor e esse conhecimento.”