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Emprego com carteira cresce 4% no trimestre encerrado em novembro

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Mercado formal de trabalho tem 1,3 milhão de pessoas a mais

People walk in a popular shopping street before Christmas, amid the coronavirus disease (COVID-19) outbreak, in Rio de Janeiro, Brazil, December 23, 2020. REUTERS/Pilar Olivares

A redução do desemprego para 11,6% no trimestre encerrado em novembro teve uma maior participação do mercado formal de trabalho, com o aumento de 4% no número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, na comparação com o trimestre encerrado em agosto de 2021.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou hoje (28), no Rio de Janeiro, os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, essa categoria de ocupação teve 1,3 milhão de pessoas a mais e 838 mil pessoas sem carteira no setor privado, um aumento de 7,4%.

Na categoria por conta própria, o crescimento foi de 588 mil pessoas (2,3%), chegando a 25,8 milhões de pessoas. Os trabalhadores domésticos subiram 6,0% frente ao trimestre anterior, ou mais 315 mil pessoas, e 22,5% em relação ao mesmo trimestre de 2020, chegando a 5,6 milhões de pessoas.

A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, disse que os dados positivos refletem a melhora no mercado de trabalho depois do cenário deprimido pela pandemia de covid-19, iniciada em março de 2020.

“Houve um pico [de desocupação] bastante acentuado lá em 2020, no trimestre encerrado em agosto, em função daquele cenário da expansão da pandemia, sem vacinação e com as medidas de restrições para o combate à pandemia sendo bastante fortes. Então, isso teve um impacto bastante grande no mercado de trabalho, com queda na ocupação e a não viabilidade de um processo mais intenso de busca por trabalho”, acentuou.

Informalidade

A taxa de informalidade no trimestre encerrado em novembro foi de 40,6% e se manteve estável frente ao trimestre anterior, mesmo com o aumento no número de trabalhadores informais, chegando a 38,6 milhões.

A informalidade está próxima ao pico de 41%, verificado em agosto de 2019, quando 38,8 milhões de trabalhadores estavam nessa condição. A menor taxa da série histórica, de 37,2%, ocorreu no início da pandemia, no trimestre encerrado em maio de 2020, com 31 milhões de pessoas.

Apesar do trabalho com carteira assinada ter tido uma expansão significativa, Beringuy destacou que a informalidade também teve um papel decisivo na recuperação da taxa de ocupação.

“A expansão da informalidade responde por 43% do crescimento da população ocupada total no trimestre. A informalidade tem um peso importante na série histórica da pesquisa, mas agora, durante a pandemia, teve um papel decisivo na recuperação da ocupação. Esses 43% de participação no processo de recuperação já chegaram a quase 80% em outros momentos. Agora, a gente percebe que há uma participação maior também do trabalhador com carteira”, afirmou Beringuy.

O IBGE informou, também, que a população fora da força de trabalho caiu 2,0% em novembro na comparação com o trimestre anterior, uma redução de 1,3 milhão de pessoas nessa situação. Na comparação anual, a diminuição foi de 4,6 milhões de pessoas.

As pessoas desalentadas, que não buscaram trabalho mas estavam disponíveis, foram estimadas em 4,9 milhões, uma queda de 6,8% em relação ao trimestre encerrado em agosto e de 14,4% na comparação com novembro de 2020. A taxa de subutilização ficou em 25%, com 29 milhões de pessoas disponíveis para trabalhar mais horas.

Rendimento

A massa de rendimento real habitual ficou estável em R$ 227 bilhões, com queda de 4,5% no rendimento real habitual, estimado em R$ 2.444, o menor já registrado pela série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Na comparação com o mesmo trimestre de 2020, a redução do rendimento médio do brasileiro foi de 11,4%.

Segundo Beringuy, o resultado da Pnad Contínua demonstra um processo de consolidação da recuperação e um espalhamento pelas diversas atividades econômicas, mas não se reflete no crescimento de rendimentos, influenciado também pela inflação.

“A gente tem mais pessoas trabalhando do que antes, no entanto, com rendimentos menores. Associado a isso temos um processo inflacionário em curso, que é bastante negativo para os rendimentos reais. Há também uma dinâmica de inserção, a gente não sabe se em função das negociações entre a oferta da mão de obra do trabalhador e a demanda de quem está contratando; pode ser que nesse processo o trabalhador não está conseguindo obter remunerações maiores”, opinou.

Por setor econômico, a maior parte da expansão da ocupação veio do comércio, com 719 mil pessoas a mais, um aumento de 4,1%. A indústria teve crescimento de 3,7%, com acréscimo de 439 mil pessoas. O segmento de alojamento e alimentação, que foi um dos mais prejudicados desde o início da pandemia, teve aumento de 9,3%, com 438 mil empregados a mais.

O nível da ocupação ficou em 55,1% no trimestre, recuperando após atingir o patamar mínimo de 48,5% no trimestre encerrado em agosto de 2020. O recorde da série histórica ocorreu em novembro de 2013, com 58,5% das pessoas em idade de trabalhar ocupadas. O número de pessoas ocupadas chegou a 94,9 milhões, próximo ao patamar pré-pandemia, de 95,4 milhões alcançado em novembro de 2019.

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Após ataque de Israel, Brasil pede “máxima contenção” ao Irã

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Mauro Vieira se reuniu com o chanceler iraniano nesta sexta-feira (19)
Marcelo Camargo/Agência Brasil – 23/11/2023

Mauro Vieira se reuniu com o chanceler iraniano nesta sexta-feira (19)

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira , se reuniu com o chanceler do Irã , Hossein Amir-Abdollahian , nesta sexta-feira (19), horas depois do ataque de Israel contra uma base militar em Isfahan. O encontro ocorreu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) , em Nova York, nos Estados Unidos.

Segundo o Itamaraty, o chanceler brasileiro pediu ao homólogo iraniano “máxima contenção” para evitar uma tragédia ainda maior no conflito do Oriente Médio.

Em nota divulgada na tarde desta sexta, o Itamaraty ainda informa que Mauro Vieira está convocando a comunidade internacional “a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada” na guerra da região.

Israel disparou bombas na base militar rival após sofrer ataques com drones do Irã. Na ocasião, o governo iraniano disse que sua ofensiva era um revide ao ataque aéreo de 1º de abril contra o prédio do consulado do país na capital síria, que matou altos comandantes iranianos.

Leia o comunicado do Itamaraty na íntegra:

Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan.

O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.

Esse apelo foi transmitido diretamente pelo Ministro Mauro Vieira ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, em encontro bilateral ocorrido hoje na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York.

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Fonte: Nacional

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Primeiro fórum estadual do Programa Imóvel da Gente é instalado em SP

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O primeiro Fórum Estadual de Apoio ao Imóvel da Gente foi instalado nesta sexta-feira (19), na cidade de São Paulo. O fórum atua no âmbito do Programa de Democratização de Imóveis da União, criado pelo governo federal para destinar imóveis públicos sem uso para habitação social e outras políticas públicas.

A Instalação do fórum, que objetiva promover o debate e a priorização da democratização desses imóveis, teve a presença da ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, que destacou a importância da participação de integrantes do estado e município.

“Essa parceria vai viabilizar recursos suficientes para garantirmos moradias nos centros das cidades. É uma felicidade enorme de poder firmar esse acordo e ter o primeiro fórum aqui em São Paulo, porque essa cidade possui uma maturidade nessa discussão gigantesca e que vai nos ajudar a levar essa cultura para todo o Brasil”, disse a ministra, conforme divulgação do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

Dweck acrescentou que o programa valoriza o patrimônio público ao dar uma destinação social, garantindo a prestação de um melhor atendimento à população, com cuidado especial à população em situação de rua.

Com o programa, mais de 500 imóveis da União em 200 municípios poderão ser destinados a outros entes federativos, movimentos sociais e setor privado para construção de habitações e equipamentos públicos. Além desses, que estão sob gestão da Secretaria de Patrimônio da União (SPU), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem 3.213 imóveis não operacionais passíveis de serem destinados para outros projetos.

Hoje, foram nomeados 18 titulares e suplentes do grupo em São Paulo. O fórum paulista conta com a participação de representantes do governo federal, estadual e municipal, além da sociedade civil. Na oportunidade, também foi assinado Acordo de Cooperação Técnica entre União e Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico para apoiar ações do programa.

O superintendente do Patrimônio da União de São Paulo, Celso Santos Carvalho, afirmou que a missão é colocar esse patrimônio imobiliário a serviço da consolidação dos direitos e do combate à desigualdade social no país. “A orientação do presidente Lula é de democratizar os imóveis da União e essa é a nossa forma de contribuir para o esforço de reconstrução nacional”, disse.

Fonte: EBC GERAL

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Belém sedia evento indígena preparatório para a COP 30

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Mais de 400 representantes de diferentes etnias participam, em Belém (PA), da I Semana dos Povos Indígenas. Com o tema “Emergência climática: povos indígenas chamam para a cura da Terra”, o evento começou nesta quinta-feira (18) e segue até domingo (21), em vários pontos da cidade.

Realizado pela Secretaria Estadual dos Povos Indígenas (Sepi), com apoio do governo federal, reforça o papel dos povos originários na preservação ambiental e no combate às mudanças climáticas. Além de debates sobre temas como sustentabilidade, manejo florestal, agricultura familiar e medicina tradicional indígena, a programação inclui apresentações culturais, oficinas, prestação de serviços e uma feira de artesanato.

O evento também serve de preparação para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas (COP 30), agendada para acontecer na capital paraense em novembro de 2025. A expectativa é que a conferência atraia cerca de 50 mil visitantes.

“A ideia é que o povo de Belém receba os povos indígenas, não somente esta semana, mas que, cada vez mais, o Pará se torne território indígena; que reconheça essa identidade [indígena], sua ancestralidade. E que a gente possa caminhar para uma COP 30 assim, realizando um dos maiores eventos ambientais do planeta”, afirmou a secretária estadual Puyr Tembé, em nota divulgada pela Sepi.

Demografia

A abertura oficial do evento acontece na noite desta sexta-feira (19), mas os debates já estão acontecendo desde quinta-feira (18), quando a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) divulgou uma nota técnica sobre o tamanho da população indígena no Pará e a forma como ela está distribuída pelo estado.

“A população indígena no Pará apresenta uma distribuição heterogênea, com concentração em determinadas regiões, o que demanda estratégias específicas para cada comunidade”, apontam os responsáveis pela análise elaborada a partir dos resultados dos dois últimos Censos Demográficos (2010 e 2022) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No último período, no Pará, o número de pessoas que se declaram indígenas aumentou 58%, passando de 51.217 pessoas, em 2010, para 80.980, em 2022. Com isso, os indígenas já são, oficialmente, 1% da população paraense. A “forte expansão demográfica” registrada no estado acompanhou a tendência nacional. No país, o número de brasileiros que se identificam como indígenas cresceu quase seis vezes entre 1991, quando eram pouco mais de 294 mil, e 2022, ano em que já eram mais de 1,694 milhão. 

Ainda que o número de indígenas paraenses com 60 anos ou mais tenha aumentado 118% entre 2010 e 2022, a população indígena estadual é majoritariamente jovem: praticamente metade (49,7%) dela tem entre 15 e 49 anos de idade. Os dados também apontam para uma paridade entre pessoas do gênero feminino (40.530) e do masculino (40.450). A situação, contudo, representa uma reversão nos padrões demográficos, já que, segundo a Fapespa, em 2010, os homens eram maioria.

Preservação

Também nesta quinta-feira, aconteceu, dentro da programação oficial da semana, um painel sobre preservação ambiental e mudanças climáticas nas terras indígenas do Pará. Participaram do debate representantes do Ministério dos Povos Indígenas, Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Associação Angrokrere – Mebengokre, das secretarias estaduais de Segurança Pública e Defesa Social, Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, além do Banco do Estado do Pará (Banpará).

“Destacamos o Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa e seu processo de construção, com a participação ativa dos povos [originários] e comunidades tradicionais”, comentou, em nota, o secretário-adjunto estadual de Recursos Hídricos e Clima, Raul Protázio. Já o representante do Ministério dos Povos Indígenas, Bruno Potiguara, diretor de Gestão Ambiental Territorial e Promoção do Bem Viver Indígena, destacou a visibilidade que eventos como a I Semana dos Povos Indígenas confere. “É muito interessante fazer esse trabalho pensando no contexto de todo o estado, pensando na proteção territorial, na gestão de seus territórios”.

Fonte: EBC GERAL

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