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Ex-assessor de Angelim que provocou devassa no Deracre diz que desvio de verbas federais para eleger Binho Marques foi ordem de Sibá, Nilson e Jorge

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Ex-assessor político denunciou o caso às autoridades.

Por Hassem Neto - acjornal.com

Há nove anos, o então governador Jorge Viana, o então senador Sibá Machado (coordenador da campanha de Binho Marques) e o então deputado federal Nilson Mourão orquestraram um esquema para “tomar emprestado” do Incra cerca de 400 milhões para a gestão estadual, através do Deracre, com o objetivo “camuflado” de construir pontes e bueiros, contratar a topografia e melhorar ramais no Acre.Os recursos foram usados para a campanha do ex-secretário de Educação, Binho Marques, sucessor de Jorge.

Sibá e Mourão, à época componentes da Bancada Ruralista no Congresso Nacional, abriram um encontro que definiu o desvio de finalidade dos recursos, faltando meses para as eleições de 2006. A revelação, feita em áudio e vídeo, com exclusividade ao acjornal.com, é do ex-gerente de Ramais da Secretaria Municipal de Agricultura e Pecuária, Sebastião de Souza Sena, empresário ligado á construção Civil e petista dissidente.

Foi ele quem protocolou a denúncia de desvio de recursos públicos federais junto ao então procurador da República no Acre, Fernando Piazenski, e que desencadeou a Operação Buracos, na manhã desta segunda-feira, quando 14 pessoas foram levadas coercitivamente para depor na Polícia Federal – incluindo o prefeito da capital, Marcus Alexandre e outros ex-diretores do Deracre. Leia a íntegra da entrevista e o vídeo gravados pelo jornalista Assem Neto. As gravações estão em poder da reportagem.

Encontro reservado

”O Fadell (Mário Jorge), secretário de Agricultura de Rio Branco à época, me destacou para uma reunião no Auditório do Incra, às nove horas da noite. O Fadell tinha compromisso na Ufac e não poderia comparecer. Eu fui. Ali foi decidido que os recursos federais que vieram para o Incra fazer infraestrutura em oito projetos de assentamento deveriam ser “emprestados” para o Deracre. Até hoje, esses projetos (Paraguaçu, em Assis Brasil, Santa Quitéria, em Brasiléia, Porto Luís I e II e o Liberdade, em terras de Manoel Urbano) estão em condições precárias. São esses que lembro. Até hoje só tem o picadão aberto pelos madeireiros e o investimento esperado nunca saiu. Até o crédito habitação foi desviado. Não foi feito ramal, ponte nem bueiro. O dinheiro foi usado para eleger o Binho Marques. Eu era o responsável pela pasta na Safra (Secretaria de Agricultura) “.

A denúncia

“Eles queriam que eu incluísse todos esses ramais e outros na prestação de contas, como se estivessem sido concluídos. Eu disse que não assinaria aquele documento de jeito nenhum. Acabei sendo demitido. Entreguei a denúncia ao Doutor Piazenski (procurador-chefe no Acre), que mandou para a Polícia Federal. O delegado da época não tinha concurso e a investigação não andou por que ele foi substituído por outro concursado mais recentemente. Esse delegado me achou e pediu que eu reapresentasse a denúncia. Ele me perguntou quais empresas estavam envolvidas. Eu disse que são várias. Até hoje, o Cesário (Braga Campelo, ex-dirigente do Deracre) bate nos peitos e diz que pode ser preso a qualquer momento, mas em 30 anos não gasta o que ele tem. Eu lembro que estavam em jogo R$ 384 milhões, mas tinha muito , muito, muito dinheiro para ser desviado. Inclusive o dinheiro da assistência técnica que chegou via Fetacre. Mas a Fetacre estava falida, na gestão da Sebastiana. O rombo era superior a R$ 3 milhões. Foi quando o governador chamou a gente e mandou o Henrique Afonso botasse uma emenda individual para tapar esse buraco”

Sibá

“O presidente do Incra, Cardoso, estava sabendo de tudo. A articulação toda foi feita pelo Sibá, que era senador, e pelo Nilson Mourão. O Sibá abriu a reunião dizendo que sem esses recursos as eleições estariam perdidas para o Márcio Bittar. E tem mais> o dinheiro do pacto agrário foi todo para esse fim. Naquela época eles faliram a Seater para eleger o Cartaxo (falecido). Ele morreu intrigado comigo por que e sempre dizia> é um absurdo. O órgão que mais muda de nome é o que deveria prestar assistência rural. O Incra está falido por causa disso. O Deracre está inadimplente por causa disso. Até agora esta é a única punição, mas eu acredito que vem mais por aí…”

O que vem por aí…

“O setor elétrico deu muito dinheiro para a campanha. Mas é muito dinheiro. A parte do Luz Para Todos, por exemplo. Tinha um kit para cada seringueiro, Só em Brasileia eram 900 famílias. O Marcus Alexandre era da antiga Seplands. Esses kit´s com quatro placas solares e três baterias para o produtor ter luz lá no meio do mato. Na saúde, nem se fala”.

Jorge

“O Jorge Viana sabia de tudo. Ele foi o mentor de tudo. ”Eram recursos de emendas parlamentares, individuais e de bancada. O movimento rural todo, em peso, disse amém. Da Fetacre, o órgão mãe que organiza os trabalhadores rurais, ao Conselho Nacional dos Seringueiros, passando pelos sindicatos rurais e muitos outros”

Nada pessoal

Eu só perdi meu emprego por não assinar a prestação de contas, pois eu sabia das irregularidades. E depois eu saí do PT. Ainda tinha a carteirinha de filiado. Pra prestar contas é preciso relatório fotográfico, entrevista com as comunidades e outras exigências legais. Eles não fizeram nada disso. Licitaram, mas não fizeram. Isso é comum nas prévias das eleições. Eles usam o dinheiro do ano em vigor para eleger seus candidatos e os serviços prometidos talvez eles fazem no ano seguinte. Esta é a prática. Eu digo isso por que estive lá dentro.

Panelinha

“Tem muitos empresários envolvidos. Meu Deus, tem muitos. E a minha empresa não participa, nunca participou. Eu nem tento disputar eleições. Tenho dinheiro pra receber desde 2001. Minha empresa não tem chance nenhuma. Eles são cruéis. O Nakamura tinha cinco empresas em nome de laranjas. Ele era gestor do Deracre e botava suas empresas para vencer as licitações. Você viu o G-7 como foi, né?. A maior parte do esquema é na compra de combustíveis. Na campanha do Jorge Viana, em 2002, a PF fechou os postos de combustíveis. O Cesário pegou os caminhões pipa do Deracre e encheu a piscina da casa dele. 30 mil litros de combustíveis dentro da piscina”

Suborno

“Eu já sabia que seria demitido. Aí eles me procuraram e me ofereceram uma caminhonete L-200 Sawana, avaliada em R$ 70 mil, mais quatro anos de aluguel durante quatro anos, no valor de R$ 4 mil por mês. Não aceitei. Me chamaram de abestado. O Manoel Lima (secretário municipal de Articulação) chegou pra mim e disse que eu não ia mudar uma coisa que acontece em todo canto (corrupção), pois eu era um grão de areia no deserto e eu precisava dar um conforto pra minha família. Eu não aceitei a caminhonete e fiz a denúncia. Hoje (segunda-feira, dia 30 de outubro) acordei e vi na imprensa que a minha denúncia foi aproveitada. Eu acho que vem muito mais por aí se tiver delação”

Mordaça

“Eu me sinto parcialmente realizado. Eu vim da Reserva Chico Mendes e minha família é toda da zona rural. Eles preferem comprar o movimento do que permitir que os sindicatos se organizem. Quando eu vejo esse povo amordaçando os agricultores eu não me calo. Eu fui da Fetacre e de outros sindicatos e sei o que estou falando. Nunca aceitei propina ou privilégio. Ou sou livre ou não sou nada”.

 

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Acadêmicos de medicina em universidade federal de Pando denunciam violação de direitos no País

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Uma advogada que está representando um grupo de mais de 20 estudantes brasileiros, que buscam o sonho de se formar em medicina na Bolívia, está denunciando uma série de violações de direitos previstos em Lei, que não vem sendo respeitado pela Universidade Amazônica de Pando – UAP.

Casos de violações em diversas áreas são feitos todos os anos, uma vez que os estrangeiros, na maioria brasileiros, são os que mais pagam taxas e na prática, mantém os as instituições públicas e privadas na fronteira.

Na cidade de Cobija, capital do estado de Pando/Bolívia, com pouco menos de 100 mil habitantes, já possui três faculdades na área da medicina, sendo duas particulares e uma federal. Já foi denunciado que essas instituições praticam bullying contras os acadêmicos que atrasam suas mensalidades, além de taxas as vezes consideradas abusivas para que possam fazer provas, ou entrar na sala de aula.

Advogada Angeles Cardozo Guzman, os direitos previstos em Lei, não estão sendo respeitados

Segundo a advogada Angeles Cardozo Guzman, os direitos previstos em Lei, não estão sendo respeitados e algumas respostas que foram solicitadas, não estão sendo dadas para que possam garantir a Constituição Política do Estado.

Denunciam que os pagamentos de matrículas são mais caros para os estrangeiros, além do mais grave, como supostas importunações sexuais, docentes que querem ‘favores íntimos’ para que possam passar de semestre, discriminação, violência psicológica, e por fim, extorsões financeiras.

Também denunciam que os docentes querem a mudança nos planos de estudos para que possam cumprir suas matérias, mas, não querem ajudar os acadêmicos, além da direção ser obtusa quando é procurada pelos alunos.

Uma ação foi impetrada para que as normas fossem cumpridas, sendo dada causa ganha aos alunos, mesmo assim, nada está sendo cumprido. Angeles Cardozo comunicou que, caso esta pauta não seja resolvida em breve, estará indo até Brasília/DF, para denunciar às autoridades do Itamaraty e no Senado Brasileiro.

Com apoio do jornalista Hugo Mopi Soliz – Canal Pando Vision

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Vídeo: Foragido da Justiça da Paraíba é capturado em Rio Branco após intensa perseguição policial

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Na manhã desta quinta-feira (18), um desfecho aguardado pela polícia e pela população de Rio Branco se concretizou com a prisão de Luciano Leal da Costa Dias, 31 anos, foragido da justiça do estado da Paraíba. O indivíduo foi detido enquanto prestava serviços em uma empresa terceirizada no pronto-socorro da capital acreana.

Luciano, natural do Acre, estava sendo procurado pelas autoridades paraibanas devido a sua suposta participação em crimes na cidade de Patos, interior da Paraíba. O ponto crucial em sua trajetória criminosa foi o assassinato de seu próprio comparsa, seguido por uma fuga desesperada para João Pessoa, a capital paraibana.

A polícia paraibana, através da Delegacia de Homicídios, estava empenhada em capturar Luciano. Em uma tentativa de evitar a prisão, o fugitivo abriu fogo contra um delegado e um agente da DHPP da Paraíba, conseguindo escapar do cerco policial.

Após retornar ao Acre, Luciano conseguiu emprego em uma empresa terceirizada no pronto-socorro de Rio Branco. As autoridades paraibanas, em coordenação com a DHPP de Rio Branco, finalmente conseguiram localizá-lo enquanto o mesmo trabalhava no Hospital de Urgência e Emergência do Acre (Huerb).

Luciano foi imediatamente detido e encaminhado para a Delegacia de Investigação Criminal (DEIC) e, posteriormente, para a Delegacia de Flagrante (Defla), temporariamente alojada na Delegacia da Mulher, no Segundo Distrito de Rio Branco, para as devidas providências legais.

Os delegados responsáveis estão considerando a transferência de Luciano de volta ao estado da Paraíba, onde os crimes pelos quais é acusado ocorreram, incluindo o homicídio e as duas tentativas de assassinato contra os policiais civis. O acusado deverá responder pelas graves acusações que pesam sobre si diante da justiça paraibana.

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Gianecchini, Mariana Ximenes, Agatha Moreira, Sabrina Sato; Douglas Richer bomba entre os famosos em SP

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Assessoria

A 57ª edição do São Paulo Fashion Week foi marcada por uma presença inusitada e vibrante: o jornalista Douglas Richer, que trouxe consigo o brilho e a energia do Acre para a cobertura do renomado evento de moda. Pela primeira vez, o estado deixou sua marca no mundo fashion, graças ao trabalho arrojado de Richer.

Sua missão era clara: mostrar não apenas as tendências da moda, mas também os bastidores do evento. E ele não apenas cumpriu essa missão, como a superou, levando consigo um alto astral contagiante que conquistou celebridades e influenciadores, arrancando elogios, risadas e momentos descontraídos.

Com um estilo único e espontâneo, Douglas Richer realizou entrevistas marcantes ao lado de grandes nomes como Renato Gianecchini, Rodrigo Simas, Agatha Moreira, Mariana Ximenes, Mariana Rios e Ticiane Pinheiro. Nas redes sociais, trocou risadas e experiências com influenciadores como Thaynara OG, Jaqueline (campeã de A Fazenda), Arlindo Grund, Isabella Fiorentino e Raissa Barbosa.

Além de destacar as estrelas, Richer valorizou também os estilistas, promovendo marcas como Cria Costura, Led, Silvério e Walério Araújo nos grandes desfiles. Sua cobertura se estendeu até a Expo Ótica, onde apresentou as novidades do mercado ótico.

Para fechar com chave de ouro, o jornalista teve a oportunidade de conversar rapidamente com a apresentadora da Globo, Sabrina Sato, que lançou sua coleção na feira.

Douglas também fez história ao ser o primeiro acreano na casa do ídolo do fisiculturismo, Ramon Dino. Richer gravou uma entrevista exclusiva na casa do fisiculturista Ramon Dino, recebido calorosamente por Ramon e sua esposa, Vitória Viana.

Ao todo 18 celebridades foram entrevistas pelo acreano em sua primeira agenda em São Paulo.

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