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Brasil

Festival da Matemática atrai mais de 5 mil estudantes no primeiro dia

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2º Festival Nacional da Matemática, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Evento conta com programação de palestras, oficinas, jogos, exposições, cinema e teatro

A segunda edição do Festival Nacional da Matemática foi aberta nessa quinta-feira (29) na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. O objetivo do evento é comprovar que a matemática pode ser divertida e lúdica e encantar crianças e adultos. O festival é promovido pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), em parceria com a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Nos dois primeiros dias do evento, participam 8.251 estudantes do ensino fundamental e do ensino médio de 179 escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro. Hoje (30), eles dividem o espaço com o público em geral, mas, amanhã (1º), dia do encerramento, o festival será exclusivo para as experiências do público geral nos vários estandes disponíveis.

Um dos destaques é o projeto Meninas Olímpicas, do Impa, coordenado pela professora Letícia Rangel. Ela disse à Agência Brasil que o Meninas Olímpicas é um projeto de educação que visa investigar e promover o incentivo de meninas para área de STEM (do inglês ciência, tecnologia, engenharia e matemática) nas escolas. “É muito barulho! Barulho bom de criança se divertindo, de contato prazeroso com a matemática”, comemorou Letícia, ao falar sobre a abertura do festival.

A primeira versão foi realizada em 2019, com cinco escolas públicas. Durante a pandemia, o projeto não ocorreu, mas o sucesso alcançado há três anos foi tão grande que o Impa dobrou agora para dez escolas, contando com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Participam alunos de todas as universidades públicas do estado.

Segundo Letícia, o que mostra que é possível fazer é o fato de quatro das cinco primeiras escolas que participaram do projeto em 2019 terem permanecido este ano. “Isso já é um sinal. A equipe é a mesma. Não perdi nenhum professor, nenhuma graduanda. E mais do que isso: meninas que eram alunas da educação básica em 2019 hoje são graduandas e estão atuando no projeto como graduandas. Elas foram motivadas, decidiram pela carreira na área de exatas e hoje estão sendo modelo para outras meninas.”

Nas escolas, o projeto funciona com atividades rotineiras semanais. “Em cada escola tem um professor que coordena o projeto. Ele recebe uma graduanda de licenciatura em matemática e atende a comunidade escolar. E alunas da educação básica desenvolvem atividades de matemática e de robótica e Arduíno (placa eletrônica de código aberto baseada em hardware e software descomplicados). A intenção é, primeiro, motivar as meninas, encorajá-las para as áreas de STEM”.

De acordo com Letícia, diferentemente do que ocorre com os meninos, de forma geral, as meninas, para seguir nas áreas das ciências exatas, precisam ser incentivadas para vencer os estereótipos. “A literatura mostra que as meninas precisam vencer os estereótipos para que possam fazer suas escolhas.”

Atualmente, o Meninas Olímpicas tem envolvimento direto de 90 integrantes – dez professores, 13 graduandas e alunas da educação básica, a partir da 8ª série do ensino fundamental e do ensino médio. Letícia enfatizou a importância de projetos que incentivem meninas para as áreas de STEM nas escolas porque é nessa etapa da escolaridade que o estudante escolhe as áreas para a universidade e que profissão querem seguir. O projeto visa também formar o professor e as graduandas para enfrentar a questão da falta de representatividade feminina na área de exatas.

Desenvolvimento

Para o diretor executivo da Firjan Senai Sesi, Alexandre dos Reis, a matemática é peça fundamental para o futuro da indústria e do país. “Estimular crianças e jovens a se desenvolver em matemática é também cuidar do desenvolvimento industrial e tecnológico e faz parte do que acreditamos como instituição”, afirmou.

O coordenador de Educação Básica da Firjan Sesi, Vinicius Mano, disse à Agência Brasil que o festival é uma iniciativa importante para estimular o ensino da matemática. “Infelizmente, a matemática é vista como uma ciência fora do alcance, longe das pessoas, do dia a dia, da brincadeira, do que as crianças gostam. E o festival tem muito dessa ideia: mostrar que a matemática não é uma ciência feita para nerds, e sim uma ciência para investigar padrões, descobrir formas. É uma ciência interativa, em que se pode botar a mão, ver as coisas acontecerem”. Nesse sentido, o festival tem um peso importante de “desmistificar um pouco dessa cara de malvada que a matemática tem.”

O estande da Firjan apresenta o projeto Arena, uma exposição itinerante com peças do Museu de Matemática de Nova Iorque. São experiências e atividades em que a criança pode “botar a mão na matemática”, ressaltou Mano. A roda quadrada em um triciclo, o cubo cabeça, formado por sete peças tridimensionais, o desafio do labirinto, a Legolândia e o xadrez gigante são algumas das atividades propostas.

Além disso, equipes de robótica das Escolas Firjan Sesi Resende, Barra do Piraí, São Gonçalo e Tijuca também estão presentes no estande. “São várias atividades que mostram o lado lúdico da matemática e a maneira de enxergar a matemática a partir da experiência.”

Olimpíada

Outro estande de grande afluência é o da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep). A coordenadora de Logística da Olimpíada, Erika Sholl, disse que tem sido grande a procura pelas provas já efetuadas. “Temos os momentos Obmep, que são pequenos desafios de 5 minutos, com a colaboração de alunos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). “Eles colocam em uma tela desafios rápidos, de raciocínio lógico. Estamos tendo uma grande resposta, porque as crianças procuram as provas e livros com as questões. Já é a terceira vez que o motorista vai ao Impa para trazer material. A gente não esperava isso.”

Segundo Erika, o festival tem se mostrado um incentivo fantástico para a Olimpíada de Matemática. Com a realização este ano da primeira Obmep Mirim, para alunos da segunda à quinta série do ensino fundamental, o incentivo tem sido grande. “As oficinas contribuem para isso”. No turno da manhã, 2,4 mil estudantes das escolas públicas e privadas fluminenses participaram do evento. À tarde, mais 2,6 mil. Nas telas disponibilizadas no festival, são veiculados lembretes das provas da segunda fase da Obmep, no dia 8 de outubro, e da Obmep Mirim, no dia 11 do próximo mês.

Fiocruz

Está presente ainda no Festival Nacional da Matemática o programa Ciência Móvel, do Museu da Vida, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com o coordenador do programa, Paulo Henrique Colonese, o Ciência Móvel leva exposições para municípios do interior e que, desde sua primeira edição, em 2017, traz atividades que envolvem experimentos sobre ações de física, biologia, química e matemática. “As crianças estão participando bastante das ações. Pensamos que a chuva fosse atrapalhar um pouco, mas as escolas estão vindo. Está muito cheio aqui”, comemorou Colonese.

Dois conjuntos de atividades do programa atraem o interesse dos estudantes, reunindo jogos e quebra-cabeças geométricos, que provocam desafio visual. Colonese destaca ainda as oficinas de aviões de papel. “Trouxemos dez modelos de aviões com tamanho e formas diferentes, e isso afeta o voo das gaivotas”. Foi disponibilizada uma faixa de 10 metros para ver quais aviões vão mais longe. “As crianças estão interessadas e participando”. O projeto, que tinha sido criado antes da pandemia da covid-19, passa agora pelo primeiro teste. “Está dando muito certo.”

O Ciência Móvel conta com duas equipes de 25 pessoas que se revezam de manhã e à tarde durante o festival.

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Brasil

Milhares de indígenas marcham em Brasília

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Milhares de indígenas e apoiadores participaram, na manhã desta terça-feira (23), de uma caminhada pela área central de Brasília. A marcha faz parte da programação do Acampamento Terra Indígena (ATL) – mobilização que, anualmente, reúne milhares de participantes de centenas de etnias na capital federal e que começou, oficialmente, nessa segunda-feira (22). 

Este ano, o ATL está na 20ª edição. Segundo dirigentes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), entidade organizadora do acampamento, a expectativa é atrair cerca de oito mil representantes de mais de 200 etnias, além de integrantes de organizações sul e centro-americanas e da Indonésia, superando os resultados anteriores.

Portando faixas e cartazes, os participantes deixaram o acampamento montado no Eixo Monumental, ao lado do Centro Ibero-Americano de Culturas (antigo Complexo Cultural da Funarte) por volta das 9 horas da manhã.

Demarcação

Após ocuparem parte da principal via de Brasília, os manifestantes seguiram sob sol forte em direção ao Congresso Nacional, a cerca de quatro quilômetros de distância. Acompanhados por um carro de som, o grupo pedia que o Estado brasileiro conclua os processos de demarcação dos territórios tradicionais indígenas e garanta os direitos constitucionais dos povos originários, como o acesso à saúde e educação de qualidade, entre outras reivindicações.

Muitos dos participantes exibiam pinturas corporais e usavam adereços tradicionais característicos de seus povos, mas, por força de um acordo com autoridades de segurança pública do Distrito Federal, foram orientados a não portarem lanças, bordunas e arcos e flechas durante a marcha.

“Esta é uma marcha de luta, de resistência, para reivindicarmos ao governo brasileiro, ao Estado, aos Três Poderes [Executivo, Legislativo e Judiciário], que avance em nossos direitos. Principalmente em relação à demarcação das terras indígenas”, disse Kleber Karipuna, um dos coordenadores-executivos da Apib, durante a caminhada.

Os manifestantes se aproximaram do Congresso Nacional pouco depois das 10h30 e ocuparam o gramado central do Eixo Monumental, onde se espalharam para acompanhar a transmissão da cerimônia que a Câmara dos Deputados realiza esta manhã, em homenagem aos 20 anos do Acampamento Terra Livre.  

Fonte: EBC GERAL

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Dia Nacional do Choro é celebrado no Rio

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Declarado patrimônio cultural imaterial do Brasil em fevereiro deste ano, o choro tem seu dia nacional celebrado nesta terça-feira (23). Para comemorar a data, é tradição a realização de uma roda musical inusitada no Rio de Janeiro.

Músicos e fãs do choro se reúnem na icônica Central do Brasil e embarcam em um trem com destino a Olaria, bairro da zona norte da cidade, que era reduto de Pixinguinha, um dos maiores representantes do gênero musical.

Dentro das composições, chorões (músicos que executam o choro) tocam canções do gênero surgido no Rio e tocado por várias gerações, como Carinhoso, de Pixinguinha e Braguinha.

Músicos mais novos

Organizador do Trem do Choro, que está em sua 11ª edição, Luiz Carlos Nunuka destaca que o estilo musical continua atraindo a atenção dos músicos mais jovens.

“Existe o interesse principalmente dos jovens [pelo choro]. O choro tem uma complexidade que a pessoa que aprende a tocá-lo realmente toca qualquer tipo de gênero musical”, explica Nunuka.

*Com informações de Cristiane Ribeiro, repórter do Radiojornalismo

Fonte: EBC GERAL

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Brasil deve enfrentar onda de calor no fim do mês; veja áreas afetadas

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Regiões da onda de calor
Climatempo

Regiões da onda de calor

O Brasil irá enfrentar uma nova onda de calor , prevista para o fim do mês de abril, segundo o Climatempo. Esta será a quarta onda de calor desde o início do ano, desta vez provocada por uma área de alta pressão na média atmosfera que atuará como um bloqueio, favorecendo a manutenção do ar seco e quente, resultando em altas temperaturas.

Essa massa de ar quente se acumulará sobre o Mato Grosso do Sul e Paraná, e lentamente migrará para o leste da região Sudeste do país entre o fim de abril e início de maio. Este sistema ficará praticamente estacionado sobre áreas do centro-sul brasileiro por vários dias, dificultando a chegada de frentes frias para o Centro-Oeste e Sudeste. Como resultado, o ar seco será mantido, e o ar quente será intensificado.

Capitais como Campo Grande, Cuiabá, Goiânia, São Paulo e Belo Horizonte devem observar uma elevação nas médias climatológicas durante o mês de abril.

Por exemplo, as médias de temperatura para o mês de abril nessas capitais devem ser em torno de:

  • • Campo Grande: 29ºC
  • • Cuiabá: 33ºC
  • • Goiânia: 31ºC
  • • São Paulo: 26.6ºC
  • • Belo Horizonte: 27.6ºC

Em especial, a onda de calor afetará a faixa central e oeste de São Paulo, noroeste do Paraná, Mato Grosso do Sul, Triângulo Mineiro e sul de Goiás, onde as temperaturas devem atingir ou superar os 35º C em vários pontos.

Além das tardes escaldantes, as noites também devem permanecer abafadas para esta época do ano, especialmente no Mato Grosso do Sul, Paraná e oeste de São Paulo, devido à circulação do ar quente próximo à transição de abril para maio.

Por outro lado, em áreas como Minas Gerais, partes do leste de São Paulo, Goiás e Distrito Federal, as temperaturas mínimas podem cair mais devido à subsidência e à falta de umidade no ar, resultando em uma grande diferença entre as temperaturas máximas e mínimas durante o dia.

Espera-se que esse padrão de calor persista em grande parte do centro-sul do Brasil até pelo menos o dia 2 de maio, com possibilidade de continuar além desse período.

Veja dicas para amenizar os impactos da onda de calor

  1. Mantenha-se hidratado: Beba bastante água ao longo do dia para evitar a desidratação. Evite bebidas com cafeína ou álcool, pois podem aumentar a desidratação.
  2. Use roupas leves e respiráveis: Opte por roupas de algodão ou outros tecidos leves e soltos que permitam a circulação de ar e ajudem a manter o corpo fresco.
  3. Evite atividades ao ar livre durante o pico de calor: Se possível, evite atividades ao ar livre durante as horas mais quentes do dia, geralmente entre as 10h e as 16h. Se precisar sair, use protetor solar e um chapéu de abas largas.
  4. Mantenha sua casa fresca: Mantenha as cortinas fechadas durante o dia para bloquear a entrada de luz solar direta. Use ventiladores ou ar condicionado, se disponíveis, para manter sua casa fresca. Considere passar algum tempo em locais com ar condicionado, como shoppings ou bibliotecas.
  5. Refresque-se com banhos ou compressas frias: Tome banhos frios ou use toalhas molhadas e compressas frias para reduzir a temperatura do corpo.
  6. Evite refeições pesadas e quentes: Opte por refeições leves e frias, como saladas, frutas e sanduíches, em vez de alimentos pesados e quentes que podem aumentar o calor do corpo.
  7. Monitore os sinais de superaquecimento: Esteja atento aos sintomas de superaquecimento, como tonturas, fraqueza, náuseas, dor de cabeça e pele vermelha e quente. Se sentir algum desses sintomas, procure um local fresco e beba água imediatamente.
  8. Mantenha-se informado sobre alertas meteorológicos: Esteja ciente de quaisquer avisos ou alertas de calor emitidos pelas autoridades locais e siga suas recomendações para se manter seguro durante a onda de calor.

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Fonte: Nacional

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