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Garis mudam a noite de natal de uma catadora de latinhas por doar cestas básicas que haviam ganhado de moradores

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A história ganhou as redes sociais e ainda vem repercutindo (Foto Arquivo Pessoal)

“A corrente do bem não pode se quebrar”.  No início de dezembro, um jantar oferecido por moradores da Cohab do Bosque aos garis que atuam na Rua Luzanira Gomes, como forma de agradecimento pelo excelente trabalho que realizam repercutiu e ganhou bastante notoriedade. Um mês depois, os nobres trabalhadores entram novamente em cena, desta vez, por levar à diante a iniciativa de fazer o bem a quem ainda mais precisa.

Tudo começou na manhã dia 24 de dezembro, véspera de natal. Os trabalhadores passaram recolhendo o lixo no bairro Aviário e foram surpreendidos por moradores que compraram presentes e doaram cestas básicas para todos da equipe. Até ali, a ceia de natal estava garantida, mas, uma senhora com carrinho cheio de latinhas, visivelmente cansada e preocupada, passou pela localidade e chamou a atenção do grupo.

Garis doam cestas básicas para catadora de latinha que não tinha o que comer na noite de natal (Foto Arquivo Pessoal)

“O motorista [Maycon Nobre] percebeu que ela estava cansada e preocupada. De repente, ele parou e desceu do caminhão, sem falar nada, entregou o sacolão para ela e desejou Feliz Natal. A gente sempre cruzava com ela nas ruas, percebemos que é uma senhora batalhadora e muito animada”, relatou o gari, Wendel Souza sendo interpelado por Paulo Silva: “Só que naquele dia, ela não sorria e estava preocupada, bastante preocupada. Nós não sabíamos o motivo dessa tristeza até comentar que fomos enviados por Deus”.

Eles falam na Dona Maria do Carmo, de 56 anos. Catadora de latinha e vendedora de picolé que nas horas vagas trabalha para oferecer mais conforto para seus familiares. Dona Maria, que não é casada, tem uma história de vida bastante dura. Há um ano, após perder o Bolsa Família, trabalha cerca de oito horas diárias com reciclados. Além disso, quando surge oportunidade, faz trabalho mais pesado por capinar quintais na região do Bosque. Ela vive numa casa às margens do Igarapé São Francisco, bairro Oscar Passos, com filho e netas.

“Naquele dia, eu acordei bem cedo e ainda na cama perguntava o que iríamos jantar na ceia. Eu estava triste porque não tinha latinha suficiente para trocar e muito menos dinheiro para comprar comida. Mesmo assim fui pras ruas, pedi uma luz a Deus, comecei a catar latinhas e ainda pela manhã topei com os garis generosos. Foi um presente de Deus e uma resposta ao meu esforço. Ganhei comida suficiente para muitos dias e pude ajudar os meus vizinhos que também vivem do mesmo sofrimento”, disse dona Maria acrescentando “Eu fiquei honrada pelo gesto e posso dizer que humanidade, sim, tem jeito”.

Garis doam cestas básicas para catadora de latinha que não tinha o que comer na noite de natal (Foto Arquivo Pessoal)

A iniciativa do motorista de doar seu sacolão comoveu e incentivou os próprios colegas a ponto de cada fazer o mesmo e garantir, assim, alguns meses de alimento para Dona Maria. Maycon Nobre disse que ao avistar a catadora sentiu apenas um aperto no peito e influenciado pelo sentimento de compaixão resolveu doar o que tinha no momento.

“Simplesmente avistei ela, de longe, e algo me disse que deveria entregar o sacolão. Foi um sentimento muito forte, talvez de compaixão, sei lá. Desci do caminhão, pedi para ela esperar, entreguei e desejei feliz natal. Meus colegas fizeram o mesmo e acho que conseguimos fazer uma família feliz. Para registrar o encontro, fizemos uma foto e postamos no nosso grupo. Não sabíamos da dimensão disso”, comentou Nobre.

A imagem do ato repercutiu nas redes sociais, centenas de compartilhamentos acompanhados de comentários positivos, deu um toque a mais para essa belíssima história. Porém, Maycon Nobre lembra que o gesto precisa ser realizado com frequência independente da época do ano. Ele fala ainda que é essencial não tirar proveito com holofotes e sim ter iniciativa voluntária de ajudar os outros.

“Acredito que por mais que a pessoa ganhe menos, ela pode doar para os mais necessitados. Hoje em dia, muitas pessoas podem comprar um sacolão de R$ 70 reais e fazer uma doação para quem precisa. Nossa cidade tem muita gente carente e precisa só de um gesto voluntário. Eu espero que os corações das pessoas, a partir de 2019, sejam mais sensíveis e abertos para fazer o bem. Nunca deixando essa corrente do bem se quebrar por mais pouco que você ganha ou independente do que você trabalha seja como gari, secretário ou simplesmente se for um estudante precisa fazer o bem”, ressaltou.

Por Wanglézio Braga

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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Internações por covid na UTI e enfermarias estão em queda no Acre, diz subsecretária de Saúde

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Ala Covid-19 no Acre – Foto: Odair Leal/Secom/arquivo

A subsecretária de Saúde do Acre, Paula Mariano, disse em entrevista que o número de internações por covid-19 vem diminuindo consideravelmente nos últimos dias.

A notícia tem a ver com a ocupação de leitos comuns e da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Temos percebido uma diminuição satisfatória nos últimos 15 dias no Pronto-Socorro e no Into, além de uma queda no número de internações também em Cruzeiro do Sul, no Hospital de Campanha”, disse Paula.

Na última quarta-feira (5) o Into registrou 11 leitos disponíveis de UTI, e o PS desocupou outras 7 vagas. Em Cruzeiro do Sul, 6 leitos estavam disponíveis.

No maior hospital de referência do Acre, apenas 49 leitos de enfermaria, dos 160 disponíveis, estavam ocupados na data.

De acordo com o consórcio de veículos de imprensa do Brasil, o Acre está em queda no número de novas mortes pela doença.

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