Acre
Governo do RS reclama do Acre por não avisar sobre chegada de haitianos
Estava demorando que os acreanos acompanhassem mais um capítulo da imigração haitiana para o Brasil. Desta vez, o Governo do Rio Grande do Sul afirma não ter sido avisado sobre a chegada dos ônibus fretados pelo Governo do Acre, para o transporte dos estrangeiros até o território gaúcho. Ao todo serão gastos R$ 1,1 milhão com as viagens.
A situação ficou ainda mais tensa quando o governo acreano enviou quatro veículos para Porto Alegre, capital daquele estado. Os ônibus chegaram ontem, 26, à cidade e levaram haitianos, porto-riquenhos e senegaleses. Todos passaram pelo Acre e seguiram em veículos custeados com recursos públicos.
Em entrevista ao Jornal Zero Hora, Fábio Balestro, assessor Internacional do governo gaúcho, reclamou da situação e criticou a postura do Executivo acreano. “Nós estamos preparados para recebê-los da forma que vierem, mas gostaríamos de ter sido avisados ao menos do local e da data [de chegada]”, reclama o membro do Comitê de Abrigo a Migrantes e Refugiados (Comirat).
Nilson Mourão, secretário de Direitos Humanos do Acre, afirmou, em entrevista, que o “Acre é só uma porta de entrada”. Para o gestor, “eles não vêm para o Brasil para ficar no Acre, todos sabemos disso. A maioria quer ir para o Sul, onde tem grandes obras e indústrias. Mas já que eles chegam por aqui, nós damos toda a assistência necessária, desde atendimento de saúde, três refeições por dia, abrigo e encaminhamento de documentação”, reforçou Mourão ao Zero Hora.
O ac24horas conversou com a equipe da SEJUDH na tarde desta quinta-feira, 27. Segundo a Assessoria do órgão, o governo acreano informou, sim, sobre a ida dos imigrantes.
A Secretaria destaca ainda, que vê preocupação na reclamação do governo do Rio Grande do Sul, pois os imigrantes já se deslocam ao estado há cerca de cinco anos e diariamente, novos estrangeiros chegam ao território sul-rio-grandense, sem causar polêmica.
FATOS SE REPETEM
Em maio deste ano, um semelhante impasse institucional foi criado entre os governos de São Paulo e Acre. O foco da critica dos paulistas era o fato do governo acreano enviar para o sudeste de forma “irresponsável”, centenas de haitianos. A informação foi reportada pelo Jornal Folha de São Paulo.
De acordo com a publicação, a secretária de Justiça do Estado de São Paulo, Eloisa Arruda, chamou de “irresponsável” a conduta do governo do Acre ao facilitar a ida de 400 haitianos para a capital São Paulo em apenas 15 dias.
Assim como o governo Tarso Genro, chefiado pelo colega partidário de Sebastião Viana, o governo Geraldo Alckmin, de São Paulo, também reclamou que não houve comunicação entre as autoridades acreanas. À imprensa, a secretária Eloisa Arruda afirmou o seguinte: “Quero demonstrar a minha preocupação e indignação [com o governo do Acre]”, exclamou.
CRÍTICA DE ESPECIALISTAS AO ACRE
Também ao Zero Hora, um especialista em imigração afirmou que o governo do Acre “lota ônibus e envia sem aviso ou acordo prévio. Os haitianos têm o direito de sair de lá em busca de uma vida digna, mas eles precisam ser recebidos com dignidade aqui e, se soubéssemos com antecedência, poderíamos unir esforços para a acolhida”, analisa o profissional.
GASTO MILIONÁRIO
Há cerca de 10 dias, o ac24horas veiculou nota informando que R$ 1,1 milhão serão empenhados no transporte de imigrantes do território acreano, para o restante do país. O documento, publicado no Diário Oficial do Estado (DOE/AC) é assinado pela secretária-adjunta de Desenvolvimento Social, Nara Regina Sandri Schafer.
De acordo como Extrato do contrato nº 131/2014, que contratou empresa para a prestação de serviços de transporte por meio de fretamento de ônibus, o governo acreano deve custear a ida dos imigrantes para as cidades de São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS). Num total, serão 24 veículos fretados. O valor final do contrato é de R$ 1.153.107,20.
Do ac24horas.com
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Acre
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Acre
Acre já registra mais de mil casos de malária em 2024
No Dia Mundial da Luta Contra a Malária, celebrado em todo o mundo nesta quinta-feira, 25, dados registrados pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) revelam que, em 2022, foram notificados 6.139 casos da doença e, em 2023, 5.204 casos, o que representa uma redução de 15,2% das ocorrências no estado.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, os municípios com maior incidência da enfermidade se encontram no Vale do Juruá: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Nos três primeiros meses de 2024, foram confirmados 1.042 casos. Desses, 95,3% foram registrados nesses municípios.
O Acre está entre os estados com as maiores taxas da doença, representando 3,9% do total de número de casos de malária registrados na região amazônica em 2023. “Por isso, o Estado aderiu ao Plano Nacional de Eliminação da Malária, que prevê a extinção da doença no território brasileiro até 2035”, declarou o chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde da Sesacre, Júnior Pinheiro.
Apesar de potencialmente fatal, a malária é uma doença curável e evitável. É causada por parasitas inoculados por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles infectadas, também conhecidos como mosquito-prego. Existem cinco espécies de parasitas que causam malária em humanos; entre elas, o Plasmodium falciparum e o Plasmodium vivax representam a maior ameaça.
Sintomas
Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.
Transmissão
O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como ocorre no compartilhamento de seringas (comum no caso de usuários de drogas), transfusão de sangue ou da mãe para o feto, na gravidez.
Tratamento
Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves devem receber hospitalização imediata.
O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante, a idade do paciente e condições associadas, como gravidez e outros problemas de saúde, além do nível de gravidade da doença.
Prevenção
Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, uso de repelentes e telas em portas e janelas.
Medidas de prevenção coletiva: drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterros, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho e uso racional da terra.
Fontes:
Ministério da Saúde. Saúde de A a Z
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Acre
Prefeito participa do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, em Rio Branco
O prefeito de Rio Branco participou, nesta quinta-feira (25),do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, que é realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac). O encontro reúne especialistas do setor, autoridades políticas e empresários, onde são discutidos propostas para o avanço da construção civil nessas regiões. O evento ocorrerá durante dois dias na capital acreana.
No primeiro dia foram abordados temas relacionados aos desafios enfrentados pelo setor, a importância da construção civil para a primeira infância, as articulações entre o governo federal e as secretarias de habitação dos estados, além de destacar o papel do Acre na integração regional com os países vizinhos e o apoio do Sebrae para aumentar a produtividade do setor.
“Estamos reunidos num grande debate sobre como desenvolver a região Norte-Nordeste. A engenharia está presente através dos presidentes dos CREAs, dos estados da região norte-nordeste, que juntamente com a Federação Nacional da Indústria da Construção estão aqui nesse debate de trazer a discussão, identificar os desafios e propor as melhores soluções para o desenvolvimento dessas duas regiões, com a participação da prefeitura, grandes obras que trazem melhorias para a nossa população, na infraestrutura, na mobilidade e na habitação também”, explicou a presidente do CREA/AC.
O prefeito de Rio Branco falou sobre a importância do Fórum na capital e lembrou do avanço da construção civil nos últimos três anos.
“Aqui em Rio Branco, a construção civil, as empresas da construção civil, estão felicíssimas pelo trabalho que a prefeitura vem fazendo, pelas gerações de oportunidades que a Prefeitura de Rio Branco vem criando, com tantas obras que nós estamos lançando e continuamos lançando de construção civil aqui. Sabemos que a construção civil é onde gera o maior número de empregos e principalmente empregos onde as pessoas não têm muita qualificação técnica. Então, isso é muito importante, porque significa que as pessoas podem levar o dinheirinho para casa para comprar a sua comida e botar na mesa, com dignidade.”
O presidente do CREA da Paraíba Renan Guimarães, falou da importância da troca de experiência entre os participantes do evento.
“O Fórum Norte-Nordeste veio realmente para ficar. Acredito que ele vai elevar a construção civil em todos esses estados e aí consequentemente nós vamos ter frutos, no futuro, que vão alavancar a engenharia e toda essa construção a qual rege economicamente nosso setor. É uma troca de ideias, de experiência. É poder trazer a realidade de cada estado. Uma pauta única. Então é muito importante agregar esse valor e esse conhecimento.”