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Brasil

Inflação em alta: veja dicas de como fazer o salário sobreviver até o fim do mês

Aumento dos preços dos produtos tem prejudicado a saúde financeira de muitas famílias

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Elaborar uma planilha de gastos é um passo importante na busca pela saúde financeira
Getty Images

João Pedro Malardo - CNN Brasil Business

Com a inflação subindo mês após mês no Brasil, muitas famílias têm visto não apenas o seu poder de compra cair, mas também um aumento de gastos para comprar cada vez menos produtos.

O cenário apresenta uma enorme dificuldade para essas famílias, e gera um questionamento: como terminar o mês no azul? O CNN Brasil Business reuniu algumas dicas para ajudar a organizar o orçamento e se preparar para os próximos meses. Confira:

1) Faça uma planilha

Aplicativos e planilhas ajudam a planejar gastos e manter o equilíbrio financeiro / Foto: @campaign_creators/Unsplash

Celso Ribeiro Campos, professor da PUC-SP, diz que o primeiro passo para melhorar a saúde financeira da família é construir uma planilha reunindo todas as despesas, de forma detalhada.

“Uma despesa de supermercado precisa ser detalhada em todos os itens adquiridos. A despesa de cartão de crédito precisa também ser detalhada item por item”, diz.

A elaboração da planilha ajuda não apenas a entender para onde está indo o dinheiro, mas também para ver o que pode ser cortado, ou não.

Rodrigo De Losso da Silveira Bueno, professor titular do departamento de economia da FEA-USP, afirma que uma planilha também permite estabelecer metas mensais ou anuais. É possível definir quanto poupar, quando poupar, e também tentar encontrar formas de aumentar a receita familiar, apesar do contexto econômico desafiador.

2) Defina o que é possível cortar

Getty Images/EyeEm

Se em momentos de crise é comum ouvir a sugestão de cortar gastos, é importante lembrar que o processo de escolher o que pode ou não ser cortado não é igual e simples para todas as famílias.

Campos observa que a definição de gasto essencial depende do perfil de cada família. É importante priorizar o que ele chama de consumo de subsistência, ou seja, que não pode ser diminuído.

Para Bueno, produtos são consumidos por hábito, sem muita necessidade. Para ele, é importante que a família se pergunte o que ocorrerá se deixar de consumir o produto, e ver se a resposta justifica continuar a comprá-lo, algo que demanda tempo para uma reflexão. “É preciso identificar os desperdícios e evitá-los.”

Por isso, os cortes de gasto envolvem, primeiro, entender o que realmente é essencial.

3) Mude alguns comportamentos de consumo

Foto: Tom Werner / Getty Images

Em momentos de crise mais grave é necessário realizar o que Campos chama de redução de “patamar de nível de consumo”, ou seja, da qualidade e preço dos produtos e serviços consumidos.

“Comer carne pode ser essencial, mas essa carne não precisa ser das mais caras, pode ser uma carne de segunda, ou outra mais barata, como carne de frango ou de porco”, explica o professor.

Bueno também aconselha usar critérios como o de saúde na hora de escolher o que cortar. Um consumo excessivo de doces ou produtos industrializados gera danos à saúde, por isso, cortar esse consumo ajuda não apenas o bolso, mas também o corpo.

O professor afirma que “não precisa ser uma redução drástica, mas precisa ter um planejamento para que os efeitos sejam mais suaves”.

Já para os serviços, a principal dica é buscar formas de reduzir gastos com o carro, em um contexto de preços altos dos combustíveis, optando pelo transporte público ou por caronas com vizinhos, amigos e colegas para dividir os gastos.

É recomendável, ainda, buscar reduzir o consumo de energia elétrica e de água, em meio ao aumento da conta de energia com a crise hídrica. Assim, reduzir o tempo do banho, garantir que as torneiras estejam fechadas e que as luzes estejam apagadas em cômodos vazios ajudam o orçamento.

4) Negocie os gastos fixos

Foto: Hassan OUAJBIR / Unsplash

Vale a pena tentar reduzir gastos recorrentes que subiram de valor. “Renegociar escola, plano de saúde, planos de telefone celular e internet para pacotes família, que costumam ser mais baratos, e tudo mais que for possível”, diz Bueno.

O professor aconselha ainda que, caso as renegociações já tenham sido feitas, as famílias não tenham vergonha de entrar em contato com essas empresas e admitir que, sem um desconto, não será possível pagar a conta no fim do mês, o que pode abrir espaço para a negociação.

Outra dica é para quem mora de aluguel. Em geral, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) é a referência para o reajuste nas mensalidades, mas o indicador atingiu níveis bastante elevados em 2021. Assim, Bueno recomenda que as famílias também toquem no assunto com seus locadores.

“Quem paga aluguel deve solicitar a mudança de indexador para o IPCA e evitar o IGP-M”, diz o professor. Ele aconselha que o argumento nessa negociação é a de que, sem a mudança, o locatário terá dificuldades para pagar o aluguel. “O locador deverá preferir quem paga direito mesmo que em um índice de reajuste menor”.

5) Renegocie dívidas

Getty Images

Buscar formas de renegociar dívidas também pode ajudar. “O cartão de crédito ou o cheque especial nunca serão a solução de problemas financeiros. Eles devem ser evitados ao máximo ou até eliminados”, ressalta Campos.

Ele aconselha que famílias endividadas tentem trocar a dívida do cartão ou cheque especial por outra, como de crédito pessoal ou consignado, que possuem taxas de juros menores. Em casos mais difíceis, pode ser necessário vender um produto, como um carro, para pagar uma dívida de compra.

6) Tente novas fontes de renda

Unsplash/Conscious Design

Bueno afirma que outra alternativa é tentar encontrar novas fontes de renda, algo difícil no momento atual, mas que é ele classifica como um “esforço importante”.

7) Seja sincero com a família

Pessoas trabalhando em computador / Unsplash/ John Schnobrich

Mesmo tomando todas essas medidas, é importante que uma família lembre que qualquer tentativa de redução de gastos deve ser sempre coletiva, não individual.

“Não adianta um membro da família fazer todo o trabalho de controle dos gastos se não for ajudado por todos os outros”, afirma Campos.

Para o professor, o diálogo sempre será a melhor opção. “Todos precisam estar conscientes das dificuldades e dos desafios, todos devem se engajar. É como um barco, todos devem remar na mesma direção, se um remar na direção contrária, vai prejudicar o esforço de todos os outros”.

Já Bueno observa que é importante conscientizar toda a família sobre as necessidades e desafios atuais, sem vergonha ou meias-palavras. “Naturalmente alguns sacrifícios serão necessários, ao menos temporariamente, até que voltarem a uma situação mais normal”.

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Brasil

Apostador de Campinas leva prêmio de R$ 5,5 milhões da Mega-Sena

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Um apostador de Campinas (SP) acertou sozinho as seis dezenas do concurso 2.717 da Mega-Sena, sorteadas nesta quinta-feira (25), no Espaço da Sorte, em São Paulo. Ele vai receber o prêmio de R$ 5.581.371,93.  Segundo a Caixa, a aposta foi feita em canais eletrônicos. 

Os números sorteados foram: 06 – 22 – 34 – 36 – 44 – 50

A quina teve 31 apostas ganhadoras e cada uma vai receber R$ 52.426,96. Já a quadra registrou 1.883 apostas vencedoras, e cada ganhador receberá um prêmio de R$ 1.233,01. 

O próximo sorteio da Mega-Sena será no sábado (27), com prêmio estimado em R$ 3 milhões. As apostas para o próximo concurso podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) do dia do sorteio, nas casas lotéricas credenciadas pela Caixa, em todo o país ou pela internet.

Fonte: EBC GERAL

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Brasil

Mortes violentas têm queda de 31% no primeiro trimestre no Rio

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O estado do Rio de Janeiro fechou o primeiro trimestre do ano com queda no número de crimes contra a vida, com a letalidade violenta atingindo o menor percentual em 34 anos. O indicador, que engloba homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção de agente do Estado, caiu 31% no primeiro trimestre e 25% no acumulado de março, em comparação com o mesmo período de 2023.

A tendência aparece também nos homicídios dolosos, quando há a intenção de matar, que diminuíram 16% nos três primeiros meses de 2024, marcando o patamar mais baixo desde 1991, quando teve início a série histórica do Instituto de Segurança Pública (ISP).

Com o aumento do efetivo das equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no patrulhamento das estradas federais de acesso ao Rio e no Arco Metropolitano, os roubos de cargas alcançaram reduções históricas: 54% em março e 47% no trimestre, os índices mais baixos desde 1999.

As mortes por intervenção de agente do Estado caíram 53% de janeiro a março: foram 152 vítimas, 172 a menos do que no mesmo período do ano anterior. Na análise mensal, a queda foi ainda mais expressiva, 66%. Com esse percentual, o estado do Rio chega ao menor número desse indicador para meses de março nos últimos 12 anos.

“Os números apresentados pelo ISP são um importante indicativo da atuação das forças policiais no estado do Rio”, disse o secretário de Segurança Pública, Victor dos Santos. Ele ressaltou que os dados são monitorados e analisados constantemente e servem como balizadores do planejamento de segurança.

A produtividade policial das forças de segurança estaduais também está em alta. Em três meses, as secretarias de Polícia Civil e Militar recuperaram cerca de 4 mil veículos roubados ou furtados, 8% a mais do que no primeiro trimestre de 2023. Foram feitas 10.609 prisões em flagrante e cumpridos 3.547 mandados, com aumento trimestral de 13% e 21%, respectivamente. No mesmo período, 1.592 armas de fogo foram apreendidas no estado, cerca de 17 por dia. Dessas, 190 eram fuzis.

A diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz, destacou que a cultura de uso dos dados tem papel fundamental no planejamento, avaliação e monitoramento de cada região do estado. Isso, sem dúvida, vem contribuindo para as reduções históricas nos roubos de cargas e na letalidade violenta, disse Marcela.

Indicadores

De acordo com o ISP, houve 766 homicídios dolosos no primeiro trimestre, dos quais 277 ocorreram em março. Na comparação com março de 2023, houve queda de 19% e, no acumulado do trimestre, de 16%. Foi o menor número de mortes para o mês desde 2022 e para o acumulado desde 1991.

De janeiro a março, foram registrados 587 casos de roubo de carga, dos quais 222, no mês passado. Em relação a março de 2023, houve queda de 54%. No acumulado do trimestre, a diminuição foi de 47%. Este foi o menor número para o mês e o acumulado desde 1999.

No primeiro trimestre, houve 5.801 apreensões de drogas no estado, com aumento de 1% no mês passado e de 8% no acumulado.

As armas apreendidas no período somaram 1.592, com a retirada de 17 armas retiradas de circulação por dia. Foram apreendidos 190 fuzis no primeiro trimestre, o que representa deixaram de circular duas armas desse tipo por dia no estado.

Segundo o ISP, houve 10.609 prisões em flagrante no primeiro trimestre, sendo 3.754 no mês passado. Na comparação com 2023, o indicador aumentou 11% no mês e 13% no acumulado.

Fonte: EBC GERAL

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Mais de 24 milhões de pessoas deixaram de passar fome no país

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O número de pessoas com insegurança alimentar e nutricional grave no Brasil recuou de 33,1 milhões em 2022 para 8,7 milhões em 2023, passando de 15,5% da população para 4,1%, uma queda de 11,4 pontos percentuais. 

Os dados de 2023 são do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já os números de 2022 foram colhidos pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). 

A pesquisa do IBGE foi realizada em parceria com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDA), usando como referencial metodológico a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA), que permite a identificação e classificação dos domicílios de acordo com o nível de segurança alimentar de seus moradores. 

Recorde

De acordo com o ministro do MDA, Wellington Dias (foto), este é o segundo melhor resultado de toda a série da EBIA. “Sair de 15,5% da população em situação de fome para 4,1% em apenas um ano é recorde. Importante pontuar que, de 2019 a 2022, não deixaram o IBGE fazer o EBIA, mas o Brasil não ficou sem pesquisa. Os pesquisadores brasileiros, incluindo cientistas e técnicos de várias universidades e técnicos do próprio IBGE, foram a campo e fizeram pela Rede Penssan”, disse o ministro à Agência Brasil.  

Ele também lembrou que os dados apresentados são resultado do esforço do governo federal em retomar as políticas públicas de redução da fome e da pobreza. “No ano de 2023, tiramos dessa situação 24,4 milhões de pessoas que passaram a tomar café, almoçar e jantar todos os dias”, assinalou. 

Segundo o IBGE, em 2023 o país tinha 27,6% (ou 21,6 milhões) dos seus domicílios em situação de insegurança alimentar, sendo 18,2% (ou 14,3 milhões) com insegurança alimentar leve, 5,3% (ou 4,2 milhões) com insegurança alimentar moderada e 4,1% (ou 3,2 milhões) com insegurança alimentar grave. 

Para a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, os números indicam que – em um período curto – as políticas públicas de combate à fome e à pobreza foram muito efetivas. Ela lembra que o país passou por um período muito grande, a partir de 2016, de retrocesso de políticas públicas no setor. 

“A gente comemora, mas nós sabemos que ainda tem muito trabalho pela frente, e vamos continuar fazendo para conseguir vencer a situação de fome e também garantir alimentação como direito, garantir segurança alimentar e nutricional para a população brasileira”, diz a secretária, que é responsável pelo plano Brasil Sem Fome.

Fonte: EBC GERAL

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