Acre
‘Isolada’, Porto Walter, no AC, é a única cidade do país sem carro
Município de 10 mil habitantes não tem nenhum automóvel registrado.
Dificuldade de acesso e ruas sem asfalto estão entre as causas.
G1/Ac
Sem acesso por terra e com a maioria das ruas sem asfalto, a pequena cidade de Porto Walter, no interior do Acre, é a única do país que não tem nenhum automóvel registrado. No município de pouco mais de 10 mil habitantes, o que se vê são motos, bicicletas, carros de boi e caminhonetes. Mas avistar um carro é quase impossível.
O G1 viajou quatro horas de lancha voadeira de Cruzeiro do Sul até a cidade e durante um dia inteiro só cruzou com três automóveis – todos com placas de municípios vizinhos, apenas de “passagem” pelo local.
O isolamento geográfico e a falta de ruas pavimentadas estão entre as explicações dadas pelos moradores para a ausência de automóveis. Segundo o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), o município conta com 113 veículos ao todo – sendo 87 motos.
Para chegar à cidade, é preciso cruzar o Rio Juruá – em uma viagem que dura de três a cinco choras. Em caso de barcos e balsas transportando mercadorias, o percurso pode levar até dois dias, dependendo do nível d’água.
A logística complicada e a falta de infraestrutura urbana fazem os moradores desistirem da ideia de adquirir um automóvel. O aposentado Deusdite Barauna Bezerra, de 73 anos, diz que possuía dois carros quando morava em Cruzeiro do Sul, mas decidiu vendê-los ao retornar para Porto Walter, sua cidade natal.
“Não compensa. Há poucas ruas (asfaltadas) e as estradas de terra são perigosas. A gente leva os filhos para a escola a pé e quando precisa transportar alguma coisa mais pesada freta um carro de boi. Vale mais a pena investir na compra de um barco, porque assim a gente pode seguir pelo rio até Cruzeiro do Sul”, diz.
O carro de boi, comum nas ruas do município, é o meio de transporte do autônomo Francisco Jurandir Pinheiro, de 53 anos. “Eu faço as minhas compras e transporto tudo o que preciso na carroça. Nessa época há muitas estradas com atoleiros, aonde os carros não chegam. Aí eu aproveito para fazer frete e ganhar um dinheirinho com o boi”, afirma.
Além das motocicletas, os poucos veículos que circulam no município são utilitários e caminhonetes e caminhões que pertencem a órgãos públicos e construtoras.
Para o servidor público Emerson Rodrigues Semeão de Souza, de 26 anos, um outro fator que inviabiliza a compra de um carro é a falta de oficina mecânica e mão de obra especializada na cidade. “Quando um carro apresenta um problema aqui, é preciso pagar R$ 1,2 mil de frete para levar para Cruzeiro do Sul ou trazer um mecânico de lá. Aí fica inviável.”
Ivo Dias de Oliveira, de 43 anos, que também é servidor público, acredita que já existe uma cultura de se andar a pé, inclusive pelo tamanho da cidade. “Nós temos aqui no máximo três quilômetros de ruas pavimentadas. Os estudantes e as pessoas andam tudo a pé, com exceção daqueles que têm motos. Eu acredito que alguns até têm vontade de comprar um carro, mas, no geral, a renda de todo mundo é baixa e isso não é possível”, afirma. O preço do litro da gasolina na cidade também é quase um impeditivo: R$ 4,25.
O comerciante José Tomé, de 68 anos, um dos mais tradicionais do município, diz que tem condições de adquirir um carro de passeio, mas também acha que não vale a pena o investimento. “Um carro aqui se estraga muito rápido, as ruas não prestam. A gente já é acostumado. Eu vejo por aí as pessoas colocando toda a família no carro para ir passear, ir para um sítio. Aqui a gente já se acostumou. Não sente falta disso.”
A secretária municipal de Administração, Suiane Sarah, diz que a prefeitura planeja gastar R$ 600 mil na pavimentação de ruas em 2014, dinheiro que será destinado pelo governo federal por meio de emenda parlamentar.
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Acre
MPAC participa de reunião da Rede de Ouvidorias do Ministério Público
O procurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), Danilo Lovisaro do Nascimento, participou nesta quinta-feira, 18, da primeira reunião ordinária de 2024 da Rede de Ouvidorias do Ministério Público.
A reunião, realizada no plenário do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), foi o primeiro encontro da rede na gestão da atual ouvidora nacional, conselheira Ivana Cei, e contou com a participação presencial e remota dos ouvidores-gerais dos MPs, dos procuradores-gerais de Justiça e dos conselheiros do CNMP. Representando a Ouvidoria-Geral do MPAC, esteve presente o ouvidor-geral substituto, promotor de Justiça Romeu Cordeiro.
Na ocasião, foram tratados assuntos estratégicos para a atuação da Rede de Ouvidorias neste ano, entre os quais a apresentação e discussão do Plano de Gestão para 2024; da estratégia de atuação das Ouvidorias nas Eleições de 2024, a partir da experiência das Eleições de 2022; e das proposições do Conselho Nacional dos Ouvidores do Ministério Público (CNOMP).
A ouvidora nacional e conselheira do CNMP apresentou a proposta de atuação da Ouvidoria Nacional, correspondente ao período de março de 2024 a abril de 2025, com o objetivo de debater as ações apresentadas e ouvir contribuições dos participantes, respeitando suas experiências e o diálogo com o sistema de ouvidorias do MP.
Ivana Cei também anunciou, na reunião, a apresentação do plano de trabalho do Sebrae relativo ao protocolo de intenções que foi assinado no ano passado com o CNMP, para promover ações de prevenção e combate à violência contra a mulher. O plano foi apresentado pela diretora nacional de Finanças do Sebrae, Margarete de Castro Coelho.
Além do procurador-geral de Justiça e do ouvidor-geral substituto, pelo MPAC também esteve presente o procurador-geral adjunto para Assuntos Jurídicos, Celso Jerônimo de Souza.
Com informações do CNMP
Fotos: Sergio Almeida (Secom/CNMP)
Fonte: Ministério Publico – AC
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Prefeitura de Rio Branco e Compir realizam encontro sobre letramento racial
Na manhã dessa quinta-feira (18), o Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Compir), órgão vinculado à Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH), realizou um encontro formativo no Museu dos Povos Acreanos.
Com o tema central o “Letramento Racial Crítico”, o evento contou com a presença de representantes do Compir, da sociedade civil, do Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) e da Prefeitura de Rio Branco, além de outros atores das políticas de direitos humanos.
O encontro foi ministrado pelos mestres, Andressa Queiroz e Danilo Rodrigues, ambos da Universidade Federal do Acre (Ufac), representando o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi/Ufac).
Durante as palestras, os professores abordaram questões relacionadas ao racismo estrutural e institucional, destacando a necessidade de enfrentamento por meio de políticas públicas e conscientização social coletiva.
“Agradecemos a parceria do Compir na realização desse encontro educativo que promove entendimento sobre as relações raciais presentes na sociedade, preconceitos, discriminações e injustiças, além de valorizar a equidade entre as pessoas”, afirmou Rila Freze, diretora de Direitos Humanos da SASDH.
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Prefeito assina ordem de serviço para revitalização da unidade de saúde no Rui Lino
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) realizou assinatura da ordem de serviço para reforma da UBS Francisco Eduardo Paiva. A reforma completa será executada pela prefeitura através de empresas terceirizadas de construção civil. Os serviços vão desde a troca do forro, parte elétrica, portas, pias, melhoramento da acessibilidade entre outros serviços.
“A reforma vem para otimizar a oferta dos serviços. Vamos ter a oportunidade de separar alguns serviços, de ofertar os serviços um pouquinho melhor pra comunidade, ampliar a oferta de serviços. Então, o prédio necessita de várias intervenções, desde a parte de pintura, de troca de pias, reforma de banheiros, enfim”, destacou o diretor da Unidade, Antágoras Mesquita.
A obra é fruto de emenda da ex-deputada federal Jessica Sales no valor de R$ 199.866,32. Durante a atual gestão já foram reformadas 26 unidades de saúde e atualmente estão com obras em andamento em mais 8 unidades. Todas serão entregues totalmente reformadas ainda este ano para a população.
“Nós já reformamos 26 das 58 unidades que temos. Essa é a oitava que nós estamos dando ordem de serviço já para reformar esse ano. Evidentemente que quando se faz uma reforma, você tem que fechar a unidade, mas normalmente se arranja algum campo para poder continuar fazendo atendimento e distribuir também para as outras unidades. Por isso que eu digo, é impossível a gente reformar todas as unidades rapidamente, pois nós temos o problema de que não poder prestar todos os dados na reforma, e aí vai faltar atendimento. Eu espero que essa reforma que não é muito grande seja concluída rapidamente para que a população possa ser atendida”, destacou o prefeito.