Brasil
Lojas não poderão vender eletrodomésticos sem selo do Inmetro
A partir de terça-feira, 1º de janeiro, lojistas de todo o Brasil não poderão mais vender eletrodomésticos sem certificação do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial).
A medida vale para 97 famílias de eletrodomésticos, que inclui cafeteiras, liquidificadores, batedeiras, fogões, fornos elétricos, secadoras de roupa, ferros de passar, torradeiras, sanduicheiras, máquinas de lavar louças, adegas, congeladores e secadores de cabelo, entre outros produtos.
A fiscalização será feito pelos Ipem (Instituto de Pesos e Medidas) estaduais.
Segundo o Ipem-SP, a partir de 2013 fabricantes, importadores e comerciantes estarão sujeitos à fiscalização do órgão e poderão ser multados caso descumpram a norma. As multas variam entre R$ 800 e R$ 30 mil, e dobram em caso de reincidência.
O Ipem-SP é uma autarquia vinculada à Secretaria da Justiça estadual e um órgão delegado do Inmetro. Sua equipe de fiscalização tem cerca de 300 especialistas e técnicos em todo o Estado.
“O objetivo da certificação é aumentar a segurança dos produtos, principalmente em relação à parte elétrica”, disse José Tadeu Rodrigues Penteado, superintendente do Ipem-SP, em nota. “Nossa recomendação ao consumidor é que redobre a atenção na hora da compra e somente leve o produto para casa se tiver com o selo afixado.”
Desde o dia 1º de julho deste ano, fabricantes e importadores de eletrodomésticos já estavam impedidos de disponibilizar ao varejo equipamentos fora das exigências do Inmetro. Antes disso, houve um prazo de um ano para que os produtos fora dos padrões estabelecidos parassem de ser fabricados.
Os testes de segurança para os eletrodomésticos receberem a certificação são realizados por OCPs (Organismos de Certificação de Produtos). Em seu site, o Inmetro disponibiliza um guia sobre a regulamentação, que detalha os aparelhos abrangidos e os excluídos da obrigatoriedade.
Em São Paulo, o consumidor que desconfiar de ou encontrar irregularidades pode entrar em contato com a ouvidoria do Ipem estadual pelo telefone 0800-013-0522 (de segunda a sexta, das 8h às 17h) ou pelo e-mail [email protected].
Folha de São Paulo
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Brasil
SP: prefeitura quer transparência em pagamentos a empresas de ônibus
A prefeitura de São Paulo publicou, na edição de terça-feira (16) do Diário Oficial, projeto de lei (PL) para o orçamento de 2025, que propõe discriminar os subsídios pagos às empresas de ônibus, mostrando o valor usado para cobrir despesas correntes, como gastos com combustível, e o de aquisição de capital, como compra de ônibus. Apesar de constar no orçamento de 2025, a proposta diz que a medida será válida retroativamente para 2024.
Questionada sobre a forma como são pagos os subsídios a essas empresas, a administração municipal respondeu, por meio de nota, que segue o disposto no Artigo 9º da Lei Federal 12.587/2012, nos artigos 11, VI, e Artigo 13 da Lei Municipal 13.241/2001, e no Artigo 18, Parágrafo único, do Decreto Municipal 58.200/2018.
“O subsídio, autorizado em lei federal, cumpre historicamente o papel de manter o sistema de transportes financeiramente equilibrado, mesmo quando as tarifas pagas pelos usuários não sejam suficientes para a cobertura total dos custos de operação do sistema. Dessa forma, evita-se a precarização do serviço ou o encarecimento da tarifa aos usuários, o que terminaria por desincentivar o uso do transporte público”, diz a nota.
Segundo a prefeitura, a Secretaria Municipal da Fazenda estuda, de forma permanente, oportunidades de melhoria das informações contábeis e orçamentárias produzidas no âmbito municipal, de maneira a atender à legislação nacional, além de aumentar o grau de utilidade da informação contábil disponível.
A proposta apresentada no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2025, com aplicação já em 2024, já vinha sendo estudada pela Secretaria da Fazenda em um contexto de aumento das despesas orçamentárias com o subsídio à tarifa de ônibus, em linha com a política pública municipal de estímulo ao transporte público. A medida reflete o empenho permanente da prefeitura para aumentar a transparência sobre o gasto público, seja na área de transportes ou em qualquer outra política pública municipal, acrescenta nota.
Fim da Linha
A medida vem depois da Operação Fim da Linha, do Ministério Público de São Paulo (MPSP), deflagrada para desbaratar um esquema de lavagem de recursos obtidos de forma ilícita pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Foram presos diretores de duas empresas de ônibus que operam na cidade de São Paulo: Transwolff e Upbus.
Responsáveis pelo transporte de cerca de 650 mil passageiros por dia e proprietárias de 1.365 ônibus, as duas companhias receberam R$ 800 milhões da prefeitura de São Paulo em 2023. Logo em seguida à operação, a prefeitura anunciou que assumiria a operação das linhas de ônibus das duas empresas, que atuam, respectivamente, nas zonas sul e leste paulistana.
A Justiça deferiu 52 mandados de busca domiciliar, quatro de prisão e cinco medidas cautelares. No entanto, a operação resultou na prisão de nove pessoas, três delas em flagrante, e na apreensão de 11 armas, 813 munições diversas, R$ 161 mil, computadores, HDs e pen drives, assim como dólares e barras de ouro. Além disso, as investigações levaram ao bloqueio de R$ 596 milhões, determinado pela Justiça. Veículos, lanchas e motos aquáticas também estão entre os itens que foram apreendidos durante a operação, bem como um helicóptero usado quando foram mortos dois líderes de facções criminosas.
O MPSP denunciou, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), 26 pessoas suspeitas de envolvimento em crimes de organização criminosa, lavagem de capitais, extorsão e apropriação indébita relacionados à operação.
Se a Justiça aceitar a denúncia, as 26 pessoas deixam de ser investigadas na Operação Fim da Linha e se tornam rés no processo que investiga o esquema de lavagem de dinheiro que utilizava as duas empresas de ônibus.
Caixa-preta
Na avaliação do urbanista e diretor do Instituto Pólis, Rodrigo Iacovini, a medida da prefeitura parece ser uma resposta da administração ao Ministério Público de São Paulo, mas é interessante, porque durante muito tempo, e não só em São Paulo, o gasto de recursos públicos para o sistema de transporte coletivo é uma grande caixa-preta.
“Não temos transparência do uso dos recursos, não sabemos como são usados, nem como deveriam ser empregados para garantir maior qualidade e atendimento que vai contemplar a universalização do transporte coletivo”, ressaltou Iacovini. Ele acrescentou que não se sabe que tipo de transporte está sendo financiado e qual é a real margem de lucro das empresas.
Iacovini lembrou que a população já venceu diversas batalhas na busca de um transporte público mais justo e adequado e que, em muitas ocasiões, a administração pública travou embates com grupos responsáveis pelo serviço.
“Nós vemos que a atuação de grupos criminais estava presente desde o início dos anos 2000 e muito provavelmente desde os anos 90 e 80. Isso já é um indício de que o fenômeno que vemos agora não é novo. Quem é especialista e acompanha o tema sabe que a máfia do transporte existe há muitas décadas aqui no Brasil e em São Paulo”, afirmou.
Para o urbanista, o sistema de remuneração do transporte público precisa ser totalmente revisto e repensado, não só em São Paulo, com o governo federal entrando na questão. Tem que entrar também nessa cotização dos sistemas de transporte.
“Temos que rumar em direção à tarifa zero, porque transporte público coletivo é essencial para mobilidade como direito humano. Se houvesse a tarifa zero, como vem sendo proposto pela população e reivindicado pela sociedade civil, minimizaria muito esse problema que vem sendo detectado: a atuação de grupos criminosos e remuneração excessiva do sistema para essas empresas”, finalizou Iacovini.
Fonte: EBC GERAL
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“Não vamos recuar para fascista do MBL”, diz Glauber Braga sobre briga
O deputado federal Glauber Rocha (Psol-RJ), usou seu perfil no X para se pronunciar sobre sua briga com o militante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costernaro, que aconteceu na terça-feira (16).
No vídeo, Glauber diz que essa Gabriel tem um histórico de violência contra a mulher, além de já ter ameaçado a mãe de um militante do Psol em outra circunstância. O congressista também diz não se arrepender do que fez e comunicou que fez um boletim de ocorreência sobre o caso. “Não vamos recuar para militante fascista do MBL, nem de organização nenhuma”, disse.
Quem é Gabriel Consternaro
Gabriel Costanaro é motorista de aplicativo e estava junto de outros profissionais na Câmara dos Deputados na terça-feira (16), sob a justificativa de reivindicar direitos.
Depois da confusão entre ele e Glauber Braga, ambos foram conduzidos à Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados. O Psol estuda entrar com um recurso para limitar o acesso de Costanaro ao Congresso Nacional para que o episódio não se repita.
Veja na íntegra o que disse Glauber Braga
“Gente, Glauber por aqui. É a 5ª vez que esse sujeito provoca, ele tem um histórico de agressão a mulher. Da última vez, no Rio de Janeiro, na 4ª vez, ele ameaçou a mãe de um militante nosso de mais de 70 anos dizendo que sabia onde ela morava.
Nós não podemos aceitar esse tipo de intimidação de militante fascista do MBL. Não vamos aceitar. Eles tentam nos intimidar, tentam, através do medo, fazer com que a gente recue. Nós não vamos recuar para militante fascista nem do MBL, nem de organização nenhuma. Não me arrependo de nada do que eu fiz”.
Fonte: Nacional
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Cúpula do G20: Câmara do Rio aprova ‘megaferiadão’; saiba quando
O Rio de Janeiro se prepara para receber uma grande cúpula internacional em novembro, quando ocorrerá o encontro do G20, que reúne as maiores economias do mundo, além de líderes de diversos países e organizações internacionais. Nesta quarta-feira (17), os vereadores aprovaram um projeto de lei que estabelece um megaferiadão para facilitar a logística do evento, que acontecerá nos dias 18 e 19.
O megaferiadão emenda os feriados de 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, e 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, criando um período de folga prolongado para a população carioca.
O projeto agora segue para a análise do prefeito Eduardo Paes, que tem 15 dias para sancionar ou vetar a proposta. No entanto, a tendência é que o prefeito aprove a medida, já que o PL foi apresentado pela própria prefeitura.
A decisão de criar o megaferiadão visa facilitar a mobilidade dos líderes mundiais e suas comitivas durante o evento, além de contribuir para o sucesso das reuniões paralelas que ocorrerão durante a cúpula do G20.
Setores como comércio de rua, bares, restaurantes, hotéis, centros comerciais, estabelecimentos culturais, pontos turísticos e empresas jornalísticas não serão afetados pelo megaferiadão e funcionarão normalmente.
A estrutura de segurança montada para o G20 no Rio de Janeiro será superior àquela utilizada na Copa do Mundo de 2014 e nos Jogos Olímpicos de 2016.
A cidade se prepara para receber representantes das 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia, da União Africana, 12 países convidados e 15 órgãos internacionais.
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Fonte: Nacional