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Acre

Médica que socorreu bebê abandonada em bacia quer adotá-la

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Recém-nascida foi encontrada ainda na placenta, em cidade boliviana.
‘Quando vi o rostinho dela não prestei atenção em mais nada’, conta.

 G1/Ac
Risoneide conta que se apaixonou pela criança ao atendê-la no Hospital de Brasileia, no interior do Acre (Foto: Risoneide Nunes/Arquivo Pessoal)

Risoneide conta que se apaixonou pela criança ao atendê-la no Hospital de Brasileia, no interior do Acre (Foto: Risoneide Nunes/Arquivo Pessoal)

Quando pediu para trocar de plantão com um colega no Hospital Raimundo Chaar, no último sábado (6), no município acreano de Brasileia, a 232 km da capital Rio Branco, a médica Risoneide Nunes, de 43 anos, não imaginava que sua vida estava prestes a se transformar. Foi a médica quem prestou socorro a uma recém-nascida que havia sido abandonada, ainda na placenta, dentro de uma bacia em uma avenida na cidade boliviana de Cobija, na fronteira do Acre. Agora, ela luta para conseguir adotar a bebê.

Segundo a médica, a criança, que é prematura, havia nascido há menos de 1 hora, quando foi levada até a unidade de saúde. “A mãe, se é que podemos chamar de mãe, jogou a criança com placenta e tudo, mas, graças a Deus, não cortou o cordão umbilical, senão teria provocado um sangramento e ela poderia ter morrido”, explica.

Risoneide conta que a criança foi encontrada por dois rapazes que, sem condições financeiras para levar a criança até um hospital boliviano, resolveram levar a bebê ao hospital público no lado brasileiro. De acordo com ela, a menina veio ao mundo após aproximadamente 8 meses de gestação, pesando pouco mais de 2 quilos.

A médica diz ainda que após prestar os primeiros socorros e colocar a bebê em uma incubadora. Apaixonada pela pequena, ela agora está determinada a adotar a menina. “Sempre quis adotar uma criança, mas nunca tive oportunidade. Porém, quando vi a criança pensei, ela vai ser minha, Deus mandou ela para mim. Não quis nem saber se ela tinha duas mãos, dois pés, quando vi o rostinho dela não prestei atenção em mais nada”, lembra.

Mesmo sendo madrugada, Risoneide conta que começou então a ligar para todos os familiares para falar sobre a criança. “Às 4h da manhã liguei para meu marido que não botou nenhuma dificuldade. Como ele é policial, me orientou a ir na delegacia registrar um boletim de ocorrência e entrar em contato com nosso advogado para dar entrada no processo de adoção”, diz.

Quem também aprovou a adoção, segundo ela, foi Adrian, o filho dela de cinco anos. “Ele amou, disse que foi um presente de Deus, que ele sempre quis uma irmãzinha”, diz.

A criança até mesmo recebeu um nome, Ádria Rebeca, o primeiro para homenagear o potencial irmão adotivo e o segundo que reflete a história da pequena. “Rebeca além de ser um nome bíblico significa guerreira, que é o que ela é”, afirma.

Criança está sob guarda do Conselho Tutelar
A saga da criança, todavia, ainda não terminou. Na última segunda-feira (8), ela teve uma piora no quadro clínico e precisou ser transferida para o Hospital Santa Juliana, em Rio Branco. Na capital, a criança acabou sendo entregue ao Conselho Tutelar.

“Entrei em desespero. Falei com a médica que a atendeu em Rio Branco e ela me disse que como a criança não tinha mãe ou pai, não era possível que ela mantivesse o nome que eu havia dado e passaria a ser responsabilidade do Conselho Tutelar”, diz.

A médica, então, enviou uma declaração atestando que já havia dado entrada no processo de adoção da criança. Agora, ela aguarda que a história tenha um final feliz. “Tenho certeza que essa batalha a gente vai vencer. Quero muito essa criança, já a tenho no meu coração”, finaliza.

Processo será analisado pela Justiça
O G1 entrou em contato com a 2ª Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Rio Branco, para onde o processo da criança foi encaminhado. De acordo com o órgão, em casos de abandono são analisadas as circunstâncias em que a criança foi encontrada, e se nenhum familiar reclamar a guarda, o menor é encaminhado para o Educandário Santa Margarida, na capital acreana.

Estando apta para adoção, os procedimentos seguem as regras do cadastro de pretendentes estabelecidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). É dada, primeiramente, prioridade para potenciais pais com residência no Acre. Se não houver nenhum interessado no perfil da criança, a possibilidade de adoção é aberta para os demais estados do Brasil.

Sobre o interesse da médica em adotar a criança, a 2ª Vara da Infância explica que ela precisa se cadastrar e aguardar na fila de adoção. O Juizado informou que ainda vai analisar o processo e confirmar se a criança realmente foi encontrada na Bolívia e trazida para o Brasil.

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Professores da Ufac rejeitam proposta do Governo Federal e discussão sobre greve é antecipada

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Após rejeição de docentes, discussão foi adiada para a próxima segunda-feira (29)

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Acre

Acre já registra mais de mil casos de malária em 2024

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Equipe técnica da Sesacre já está traçando uma visita técnica em conjunto com o Programa Nacional de Controle Malária do Ministério da Saúde Foto: Arquivo

No Dia Mundial da Luta Contra a Malária, celebrado em todo o mundo nesta quinta-feira, 25, dados registrados pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) revelam que, em 2022, foram notificados 6.139 casos da doença e, em 2023, 5.204 casos, o que representa uma redução de 15,2% das ocorrências no estado.

De acordo com o Departamento de Vigilância em Saúde da Sesacre, os municípios com maior incidência da enfermidade se encontram no Vale do Juruá: Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves. Nos três primeiros meses de 2024, foram confirmados 1.042 casos. Desses, 95,3% foram registrados nesses municípios.

O Acre está entre os estados com as maiores taxas da doença, representando 3,9% do total de número de casos de malária registrados na região amazônica em 2023. “Por isso, o Estado aderiu ao Plano Nacional de Eliminação da Malária, que prevê a extinção da doença no território brasileiro até 2035”, declarou o chefe da Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde da Sesacre, Júnior Pinheiro.

Apesar de potencialmente fatal, a malária é uma doença curável e evitável. É causada por parasitas inoculados por meio da picada de fêmeas do mosquito Anopheles infectadas, também conhecidos como mosquito-prego. Existem cinco espécies de parasitas que causam malária em humanos; entre elas, o Plasmodium falciparum e o Plasmodium vivax representam a maior ameaça.

Sintomas

Os sintomas mais comuns são: calafrios, febre alta (no início contínua e depois com frequência de três em três dias), dores de cabeça e musculares, taquicardia (aumento dos batimentos cardíacos), aumento do baço e, por vezes, delírios. No caso de infecção por Plasmodium falciparum, também existe uma chance em dez de se desenvolver o que se chama de malária cerebral, responsável por cerca de 80% dos casos letais da doença. Além dos sintomas correntes, aparece ligeira rigidez na nuca, perturbações sensoriais, desorientação, sonolência ou excitação, convulsões, vômitos e dores de cabeça, podendo o paciente chegar ao coma.

Transmissão

O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente pela picada da fêmea do mosquito Anopheles infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como ocorre no compartilhamento de seringas (comum no caso de usuários de drogas), transfusão de sangue ou da mãe para o feto, na gravidez.

Tratamento

Em geral, após a confirmação da malária, o paciente recebe tratamento em regime ambulatorial, com medicamentos que são fornecidos gratuitamente em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente os casos graves devem receber hospitalização imediata.

O tratamento indicado depende de alguns fatores, como a espécie do protozoário infectante, a idade do paciente e condições associadas, como gravidez e outros problemas de saúde, além do nível de gravidade da doença.

Prevenção

Medidas de prevenção individual: uso de mosquiteiros impregnados ou não com inseticidas, roupas que protejam pernas e braços, uso de repelentes e telas em portas e janelas.

Medidas de prevenção coletiva: drenagem, obras de saneamento para eliminação de criadouros do vetor, aterros, limpeza das margens dos criadouros, modificação do fluxo da água, controle da vegetação aquática, melhoria da moradia e das condições de trabalho e uso racional da terra.

Fontes:

Fundação Oswaldo Cruz

Ministério da Saúde. Saúde de A a Z

Organização Mundial da Saúde

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Acre

Prefeito participa do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, em Rio Branco

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O prefeito de Rio Branco participou, nesta quinta-feira (25),do Fórum Norte e Nordeste da Indústria da Construção, que é realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac). O encontro reúne especialistas do setor, autoridades políticas e empresários, onde são discutidos propostas para o avanço da construção civil nessas regiões. O evento ocorrerá durante dois dias na capital acreana.

No primeiro dia foram abordados temas relacionados aos desafios enfrentados pelo setor, a importância da construção civil para a primeira infância, as articulações entre o governo federal e as secretarias de habitação dos estados, além de destacar o papel do Acre na integração regional com os países vizinhos e o apoio do Sebrae para aumentar a produtividade do setor.

“Estamos reunidos num grande debate sobre como desenvolver a região Norte-Nordeste. A engenharia está presente através dos presidentes dos CREAs, dos estados da região norte-nordeste, que juntamente com a Federação Nacional da Indústria da Construção estão aqui nesse debate de trazer a discussão, identificar os desafios e propor as melhores soluções para o desenvolvimento dessas duas regiões, com a participação da prefeitura, grandes obras que trazem melhorias para a nossa população, na infraestrutura, na mobilidade e na habitação também”, explicou a presidente do CREA/AC.

Bocalom: “A construção civil gera grande número de empregos” (Foto: Evandro Derze/Assecom)

O prefeito de Rio Branco falou sobre a importância do Fórum na capital e lembrou do avanço da construção civil nos últimos três anos.

“Aqui em Rio Branco, a construção civil, as empresas da construção civil, estão felicíssimas pelo trabalho que a prefeitura vem fazendo, pelas gerações de oportunidades que a Prefeitura de Rio Branco vem criando, com tantas obras que nós estamos lançando e continuamos lançando de construção civil aqui. Sabemos que a construção civil é onde gera o maior número de empregos e principalmente empregos onde as pessoas não têm muita qualificação técnica. Então, isso é muito importante, porque significa que as pessoas podem levar o dinheirinho para casa para comprar a sua comida e botar na mesa, com dignidade.”

O presidente do CREA da Paraíba Renan Guimarães, falou da importância da troca de experiência entre os participantes do evento.

“O Fórum Norte-Nordeste veio realmente para ficar. Acredito que ele vai elevar a construção civil em todos esses estados e aí consequentemente nós vamos ter frutos, no futuro, que vão alavancar a engenharia e toda essa construção a qual rege economicamente nosso setor. É uma troca de ideias, de experiência. É poder trazer a realidade de cada estado. Uma pauta única. Então é muito importante agregar esse valor e esse conhecimento.”

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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