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Acre

Navio que naufragou durante Ciclo da Borracha reaparece com seca de rio

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Cidade de Tarauacá quer tombamento de navio naufragado.
Navio pode ter afundado durante o 1º ciclo da borracha, que iniciou em 1870.

G1

Navio só pode ser visto durante vazante do Rio Muru, em Tarauacá (Foto: Silvia Ciacci)

Navio só pode ser visto durante vazante do Rio Muru, em Tarauacá (Foto: Silvia Ciacci)

Um tesouro histórico que surge sempre na época de vazante do Rio Muru, em Tarauacá, distante 400 quilômetros de Rio Branco, impressiona quem passa pela comunidade de Vitória Velha, às margens do rio. Com a baixa das águas, é possível ver um navio a vapor que naufragou ainda durante o Ciclo da Borracha, que ocorreu entre 1870 e 1912, quando o látex do Acre era exportado para outros países.

A professora Silvia Ciacci, de 52 anos, conseguiu flagrar parte do navio que já começa a ficar exposta com a seca do rio. “A história que sabemos é que aquilo ali foi naufragado no apogeu da borracha e quando o rio desce ele fica praticamente todo do lado de fora. Quando ele está completamente fora, tem gente que tira foto em cima dele. O interessante é que está praticamente intacto, só enferrujado pela ação do tempo”, conta.

A viagem até o local onde a embarcação naufragou dura de 4 a 5 horas de voadeira. A professora sempre passa no local porque trabalha com a coordenação de educação e faz visitas à zona rural algumas vezes.

O historiador Liberio Souza, ex-chefe do Departamento Histórico do Acre, chegou a ir ao local do naufrágio por duas vezes, mas conta que nunca conseguiu ver o navio por completo.

“Quando fui, só dava para ver a caldeira, porque só aparece quando o rio está seco. No mesmo local, há ainda o único chalé que foi feito durante a exportação da borracha. Uma das histórias do naufrágio é que estavam fazendo o desembarque da mercadoria quando o barco afundou. Uns dizem que foi acidente, outros alegam que foi proposital”, conta.

O secretário de Cultura de Tarauacá, João Maciel, conta que muitas histórias surgem no município sobre a embarcação. Outra versão, segundo ele, é que estaria tendo uma festa no navio, quando começou um incêndio e a embarcação afundou.

“Como não há um estudo histórico sobre isso, é difícil precisar a data. Sabe-se que foi durante o Ciclo da Borracha no Acre, tanto que, bem perto, ainda existe o barracão usado naquela época para a preparação do látex. A gente está tentando se informar para saber como podemos solicitar o tombamento, tanto do barracão, como do navio. O que a gente sabe também é que é um navio a vapor”, diz.

Pelo fato do navio ser a vapor, o historiador Marcos Vinícius Neves, esclarece que há uma possibilidade do naufrágio ter sido durante o primeiro Ciclo da Borracha, mas ressalta que é difícil fazer apontamentos históricos sem que haja uma pesquisa mais aprofundada no local.

“Provavelmente deve ter sido no primeiro ciclo, mas é preciso ter uma pesquisa, levantar os naufrágios que ocorreram no Rio Muru nessa época e aí com o nome do navio, poderíamos saber qual a época do acidente e o que aconteceu. Essas embarcações eram muito comuns nos rios do estado, que sempre tiveram muitos obstáculos”, explica.

Neves explica que naquela época, os navios eram parte crucial na exportação do látex. “Tanto no primeiro, como no segundo ciclo, o transporte de pessoas, mercadoria e borracha só era viável graças a essas navegações”, salienta.

No mesmo local que navio naufragou existe um barracão também usado durante o Ciclo da Borracha (Foto: Liberio Souza/Arquivo pessoal )

No mesmo local que navio naufragou existe um barracão também usado durante o Ciclo da Borracha (Foto: Liberio Souza/Arquivo pessoal )

Ciclo da Borracha
O Ciclo da Borracha foi o apogeu da exportação de látex na Amazônia. Dividido em duas fases, o primeiro momento vai de 1870 a 1912. O historiador Marcos Vinícus das Neves destaca que o início dessa exploração no Acre ocorreu, especificamente, a partir de 1880. “Após a decadência da economia da borracha, essa exploração continuou ainda até os anos 70 do século 20, mesmo com o seu fim em 1912”.

A segunda fase é motivada pela Segunda Guerra Mundial, quando o Japão atacou os Estados Unidos, que perderam o acesso ao cultivo de borracha no Sudoeste asiático bloqueado. “Foi quando os EUA fazem os acordos de Washington, e inicia o que a gente chama de Batalha da Borracha, que vai de 1942 a 1945, justamente o ciclo que durou três anos”, finaliza.

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Acre

Presidente do TJAC articula com prefeito de Cruzeiro do Sul sobre Família Acolhedora

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Entre as pautas para o fortalecimento institucional, a desembargadora-presidente tratou sobre o programa Família Acolhedora

Em agenda no Juruá, a presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), desembargadora Regina Ferrari visitou nesta quarta-feira, 24, o prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha Lima. A magistrada esteve acompanhada da juíza de Direito titular Gláucia Gomes, da Comarca de Mâncio Lima, e do juiz de Direito substituto da Vara da Infância e Juventude da Comarca de Cruzeiro do Sul, Luís Rosa.

Entre as pautas para o fortalecimento institucional, a desembargadora-presidente tratou sobre o programa Família Acolhedora, que seleciona famílias e fornece capacitação para que essas famílias recebam, em suas residências, até duas crianças, em regime de guarda provisória. O programa é executado pela Prefeitura de Rio Branco em parceria com o TJAC, e a desembargadora-presidente, entusiasta nas causas da criança e do adolescente, dialogou com o prefeito de Cruzeiro do Sul para que ele também faça parte da ação.

“Não há restrições de gênero, raça ou orientação sexual, apenas é preciso cuidar, dar carinho e ter disponibilidade para atender temporariamente a criança ou adolescente. Contamos muito com a adesão da Prefeitura de Cruzeiro do Sul. O prefeito apresentou interesse na causa e vamos alinhar a questão”, disse a desembargadora.

Os juízes de Direito que acompanharam a presidente na agenda também compartilharam situações de famílias que acolhem as crianças e adolescentes em vulnerabilidade tanto no município de Mâncio Lima quanto em Cruzeiro do Sul.

O prefeito agradeceu pela visita, mostrou interesse em aderir à causa como forma de demonstrar respeito e inclusão permitindo que os jovens possam ter a esperança de uma vida melhor e garantiu que o assunto estará sendo trabalhado pela equipe da Assessoria Jurídica do município.

Estiveram presentes na agenda o secretário de Gestão, Matheus Lima; o secretário da Casa Civil, Ney Wilian; o secretário de Comunicação Chico Melo, e a controladora-geral, Marcelle Martins.

Família Acolhedora

O trabalho tem a missão de propiciar que crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade, sejam recebidas em um lar e não direcionadas para instituições. Assim, essas crianças ou adolescentes ficam provisoriamente com famílias acolhedoras pelo período que se busca a reintegração na família biológica.

Em Rio Branco, é oferecida uma bolsa-auxílio de um salário mínimo, para os cuidados necessários do infante.

Os participantes precisam estar sempre cientes de que o serviço de acolhimento familiar é, por natureza, provisório, uma vez que a qualquer momento a criança ou adolescente acolhido pode ser reinserido na família de origem, se houver a possibilidade. Portanto, ao entrar para o programa o participante deve saber que os laços afetivos devem ser construídos com base na devolução futura do menor ao núcleo familiar biológico.

Fonte: Tribunal de Justiça – AC

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Acre

Asfalta Rio Branco mostra resultado de trabalho em vários bairros da cidade

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O programa Asfalta Rio Branco da prefeitura da capital vem demonstrando resultados positivos em todos os bairros da cidade. Exemplo disso pode ser visto na Avenida Amadeu Barbosa, onde os trabalhos de tapa-buraco, remendo profundo e capa asfáltica estão em pleno andamento. Em toda avenida, os pontos comprometidos terão intervenção da empresa construtora GBM, contratada pela prefeitura.

“Temos que aproveitar o verão para fazer um bom trabalho”  (Foto: Rodilson Bardales/Assecom)

O encarregado de obras, Teomarcos Silva, falou dos resultados até aqui.

“O verão está chegando aí para dar continuidade a essas obras. Aproveitar o verão que é muito curto no nosso estado. Então a gente tem que aproveitar o máximo para fazer um bom trabalho e aproveitar bem essa parte do verão.”

Já no Bairro Santa Helena, na regional Vila Acre, a rua Rosa de Saron com a Jerusalém está em fase final. No local, a empresa Impacto Terraplenagem e Construção está com quatro frentes de serviço, com mais de 40 homens trabalhando, além de máquinas pesadas. Mais de trezentas toneladas de asfalto estão sendo aplicadas em tapa-buraco, remendo profundo e capa asfáltica, trabalho bem feito que tem agradado quem mora no bairro.

“Graças a Deus, está bom, estava muito ruim. Agora está melhorando, indo pra frente.  Estão mexendo em toda a rua aqui no bairro. Começou lá embaixo, agora está chegando aqui já”, disse o aposentado, Rubens Luiz.

Fabiana: “Hoje concluimos essa primeira etapa” (Rodilson Bardales/Assecom)

Segundo a engenheira civil da empresa Impacto, Fabiana Barroso, desde o dia 8 de abril, a equipe responsável pelo serviço de tapa-buracos entrou em ação no bairro Santa Helena seguindo as prioridades estabelecidas pela prefeitura focando, segundo ela, principalmente os corredores de ônibus. A primeira etapa está prestes a ser concluída, com planos de avançar para a Vila Acre.

“Nesse momento, a gente já está concluindo. Hoje a gente conclui essa primeira etapa e, amanhã, se tudo der certo, nós já vamos entrar na Vila Acre, trabalhando na travessa do Mineiro e, em seguida, na travessa Bom Jesus.”

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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Sistema de coleta e tratamento de esgoto do loteamento Portal Ipê é reativado

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A Prefeitura de Rio Branco, por meio do Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb), reativou as elevatórias do Portal Ipê I e II e a Estação de Tratamento de Esgoto (Ete). Devido a furtos e vandalismo, o sistema que compõe a coleta e o tratamento de esgoto da capital estava parado.

O Saerb tem buscado melhorias no esgotamento sanitário, com ativação de estações que não funcionavam. Essas reformas das elevatórias foram custeadas integralmente com recursos próprios do município, vindos de arrecadação da fatura de esgoto que a população contribui.

De acordo com o diretor-presidente, Enoque Pereira, o município tem investido em melhorias para aumentar o tratamento de esgoto.

“Estamos visando elevar o percentual de tratamento em prol da população. Uma vez que na reversão do sistema, apenas 2,6% do esgoto era tratado, mas as ações já estão acontecendo e evoluindo”, explica.

Segundo o engenheiro sanitarista ambiental do Saerb, Jorginey Araújo, o sistema de tratamento trabalha com 15 litros por segundo, atendendo cerca de 400 lotes.

“Os empreendimentos que foram revitalizados vão atender uma população de mais de 1.200 pessoas e a gerência técnica de esgoto do Saerb pretende continuar com as revitalizações de novos empreendimentos como Jacarandá e o Cabreúva”, afirma.

As estações elevatórias e as Ete’s desempenham um papel importante na coleta, transporte e tratamento adequado do esgoto, contribuindo diretamente para a preservação do meio ambiente, a higiene e a saúde pública.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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