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No Acre, quase 70% dos indígenas aldeados receberam a primeira dose da vacina contra Covid-19

Dados são dos Distritos Sanitários Especiais do Alto Rio Purus e Alto Rio Juruá. Mais de 8,4 mil receberam a primeira dose e 6,3 mil a segunda, do total de mais de 12 mil.

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Mais de 8,4 mil receberam a primeira dose e 6,3 mil a segunda – Foto: Arquivo/Dsei Purus

Por Iryá Rodrigues

Após menos de seis meses desde o início da vacinação, quase de 70% dos indígenas que vivem em aldeias no Acre receberam a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Os dados são dos Distritos Sanitários Especiais do Alto Rio Purus e Alto Rio Juruá, a primeira dose e 6,3 mil (51,6%) receberam a segunda. A vacinação dos indígenas aldeados começou dia 20 de janeiro no Acre.

Doses recebidas para aldeados

Segundo os dados divulgados pelo governo do estado, do total de 40.760 vacinas recebidas no primeiro lote no Acre, no dia 19 de janeiro, 24.834 foram destinadas aos 12,4 mil índios aldeados com idade acima de 18 anos, para primeira e segunda dose.

A cidade que recebeu o maior número de doses para imunizar indígenas foi Feijó, com um total de 4.856 unidades, referente à primeira e segunda dose da vacina para mais de 2,4 mil indígenas. Em seguida, vem a cidade de Tarauacá que deve imunizar mais de 2,2 mil índios aldeados.

Dificuldades

Entre os motivos para o percentual de imunização ainda não ter alcançado sua totalidade está a questão da logística para que as equipes de saúde cheguem até as localidades, que são de difícil acesso e a maioria com acesso somente fluvial. Em alguns casos, as equipes chegam a ficar oito dias viajando para chegar.

Outra situação é que, em alguns casos, houve resistência por parte dos indígenas para receber o imunizante, mas, após todo um trabalho de conversa e explicações, eles têm aceitado, segundo os distritos.

Essas situações são mais comuns em comunidades mais próximas da cidade, onde chegaram informações desencontradas a respeito da vacinação.

Dados Dsei Alto Rio Juruá

Os dados do Dsei Alto Juruá apontam que do total de 9.596 indígenas aldeados que vivem na região, 6.276 foram imunizados com a primeira dose da vacina até o último dia 7 de julho, que representa 65,37% de cobertura. Além disso, 4.593 receberam a segunda dose do imunizante.

A região tem 162 aldeias de 14 etnias, com uma população de 18,2 mil indígenas em oito municípios.

No município de Jordão, do total de 1.739 indígenas que devem ser imunizados, 1.052 receberam a primeira dose, o que representa 60,49% e 704 receberam a segunda dose. Em Cruzeiro do Sul, dos 343 indígenas aldeados 230 receberam a primeira dose e 175 a segunda.

Na cidade de Feijó, do total de 2.425 índios que devem ser imunizados, 1.611 receberam a primeira dose e 1.113 receberam a segunda. Em Mâncio Lima, do total de 1.147 que devem receber a vacina, 1.072 foram imunizados com a primeira dose e 869 com a segunda.

Na cidade de Marechal Thaumaturgo, 866 dos 1.352 indígenas foram vacinados com a primeira dose e 680 com a segunda dose. O município de Porto Walter deve imunizar um total de 269 indígenas aldeados e até o dia 7, 256 foram imunizados com a primeira dose e 218 com a segunda dose.

Já Rodrigues Alves, do total de 115 indígenas que devem receber a vacina, 89 foram imunizados com a primeira dose e 86 com a segunda. Por fim, em Tarauacá, dos 2.206 índios aldeados, 1.097 foram imunizados com a primeira dose e 748 com a segunda.

Vacinação dos indígenas aldeados começou dia 20 de janeiro no Acre – Foto: Arquivo/Dsei Purus

Regional Alto Rio Purus

Conforme os dados do Dsei Alto Rio Purus, atualizados até o último dia 9 de julho, a regional imunizou ao todo 2.166 indígenas aldeados no Acre com a primeira dose e 1.754 também receberam a segunda dose.

Assis Brasil deve imunizar uma população de 808 índios e vacinou 605 com a primeira dose e 525 com a segunda dose. A cidade de Manoel Urbano deve vacinar 387 indígenas aldeados e desses 335 receberam a primeira dose e 304 a segunda dose do imunizante.

Em Santa Rosa do Purus a meta é imunizar 1.420 índios que vivem nas aldeias e que têm idade acima de 18 anos. Segundo os dados, desses 1.080 receberam a primeira dose e 779 a segunda dose.

Na cidade de Sena Madureira, dos 173 indígenas aldeados com mais de 18 anos, 146 receberam a primeira dose da vacina e 146 receberam a segunda.

Casos de Covid-19 entre indígenas

Os casos confirmados do novo coronavírus entre os indígenas do Acre chegaram a 2.596. O número corresponde a levantamento feito até o último dia 10 de julho, pela Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-AC). Os dados são divulgados semanalmente.

Ao todo, no estado são 14 povos atingidos com casos de Covid-19. De acordo com os dados, 33 indígenas morreram vítimas da doença. Dos casos registrados de contaminação, 1.326 são de índios que vivem em terras indígenas e outros 1.270 entre indígenas que vivem nos municípios.

O boletim que é divulgado pela CPI-AC e Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (Amaaiac), Organização dos Professores Indígenas do Acre, com informações das lideranças e organizações indígenas, Dseis Juruá e Purus e Sesacre.

O documento aponta que entre os povos atingidos estão: Puyanawa; Jaminawa; Jaminawa Arara; Manxineru; Huni Kui (Kaxinawa); Madijá (Kulina); Shawãdawa (Arara); Shanenawa; Yawanawa; Nikini; Nawa; Noke Ko í (Katukina); Apolima Arara e Ashaninka.

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Operação Escudo: PMs viram réus acusados de matar homem desarmado

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Policiais da Rota durante Operação Escudo
Reprodução/Polícia Militar do Estado de São Paulo

Policiais da Rota durante Operação Escudo

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou, nesta quarta-feira (24), a denúncia do Ministério Público (MP) contra dois da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) , a tropa de elite da PM paulista. Ambos se tornaram réus por matar um homem desarmado, em 29 de julho de 2023, durante a Operação Escudo , realizada no Guarujá, em São Paulo.

A denúncia afirma que os policiais Rafael Perestrelo Trogillo e Rubem Pinto Santos teriam matado Jefferson Ramos Diogo, de 34 anos, com quatro tiros que atingiram queixo, costas, perna esquerda e braço direito, em uma favela localizada na rua Quatro.

Além disso, os dois agentes da Rota são acusados de plantar uma pistola no local do assassinato. Segundo o depoimento dos policiais, o homem teria apontado uma arma aos policiais após avistar a viatura em que estavam. Depois disso, eles teriam disparado oito tiros de fuzil contra a vítima.

No Boletim de Ocorrência, ambos afirmaram que Jefferson não conseguiu reagir. Porém, o B.O foi atualizado, contendo a informação “troca de tiros”. Com as versões conflitantes, o MP decidiu denunciar os agentes.

Esta não é a primeira vez que agentes da Operação Escudo viram réus. Em dezembro, dois policiais foram denunciados por um duplo homicídio no Guarujá .

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Fonte: Nacional

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Radioagência Nacional vence Prêmio de Jornalismo do Poder Judiciário

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A série de reportagens Declaração Universal dos Direitos Humanos, da Radioagência Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), foi a vencedora na categoria jornalismo de áudio no eixo 3 do I Prêmio Nacional de Jornalismo do Poder Judiciário – 35 anos da Constituição Cidadã. A premiação foi entregue nesta quarta-feira (24), no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília.

De autoria de Eliane Pereira Gonçalves e equipe, a série aborda os 75 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, completados em 2023, e como está sendo aplicada. O prêmio é dividido em cinco eixos, relacionados a diferentes tribunais superiores. O trabalho da Radioagência Nacional foi premiado no eixo 3, do Superior Tribunal de Justiça. 

Na cerimônia, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou o importante papel dos veículos de comunicação no combate à desinformação, aos discursos de ódio e teorias conspiratórias. “Nós nunca precisamos tanto da imprensa como nós estamos precisando agora”, disse. 

A EBC foi finalista em outras categorias, com quatro episódios do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, e um especial da Rádio Nacional de Brasília.

Ao todo, foram 261 trabalhos inscritos nas categorias disponíveis. As comissões julgadoras, constituídas pelos tribunais, foram compostas por ministros, juristas especializados e profissionais da imprensa. 

O prêmio é uma ação conjunta do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do Superior Tribunal Militar (STM) para celebrar o 35º aniversário da Constituição Federal de 1988 (comemorado em 5 de outubro do ano passado) e promover uma reflexão sobre os direitos que ela assegurou.

Fonte: EBC GERAL

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A cada 8 minutos há um registro de estupro contra mulheres no país

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Em 2022, foram registradas 67.626 ocorrências de estupros em mulheres no Brasil. “Isso equivale a, aproximadamente, um estupro a cada 8 minutos no país”, descreve a edição deste ano do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (Raseam), lançado hoje (24), em Brasília, pelo Ministério das Mulheres.

Conforme o documento, o Sudeste, região mais populosa do país, teve o maior número de ocorrências de estupro, somando 22.917 casos. Em seguida, ficou a região Sul, com 14.812 ocorrências. No Nordeste, foram registrados 14.165 estupros; no Norte, 8.060 casos; e no Centro-Oeste, 7.672 episódios desse tipo de violência.

O Raseam faz a compilação de estatísticas de pesquisas e registros administrativos de diferentes fontes. Os dados sobre estupro das mulheres, por exemplo, são do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O relatório também utiliza de informações produzidas do Ministério da Saúde, dos Esportes, da Justiça Eleitoral, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaI (BGE).

Os dados de diferentes fontes podem ter complementariedade. Sobre o estupro, a Pesquisa Nacional de Amostra Domiciliar Contínua, do IBGE, sugere que a alta ocorrência dessa forma de violência contra as mulheres está refletida na percepção de risco. Uma em cada cinco mulheres entrevistadas em 2021 relatou sentir “risco médio ou alto de ser vítima de agressão sexual.”

O relatório assinala que “a violência contra as mulheres é uma instituição social, que funciona como um mecanismo mantenedor de relações sociais de dominação e exploração.” Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, contabilizados nos atendimentos ambulatoriais e hospitalares, somaram 344.242 registros de violência sexual, doméstica e outras formas de violência. Sete de cada dez desses episódios ocorreram contra as mulheres.

Agressão

As estatísticas da Saúde ainda revelam que o principal local de agressão contra mulheres adultas, de 20 a 59 anos de idade, naquele ano foi a própria residência: 73% dos episódios, contra 14,5% de ocorrências em vias públicas e 3,2% em bares e restaurantes.

Quanto à situação conjugal, 44,7% das mulheres vítimas de violência na mesma faixa etária eram solteiras; 42,4% estavam casadas; e 10,6% eram solteiras. Os homens foram “os principais agressores de mulheres” nos registros do Sinan. “No ano de 2022, em 77,2% dos casos registrados, os agressores eram do sexo masculino”, revela o documento.

Mulheres negras 

O Censo Populacional de 2022 verificou que o maior grupo do Brasil, cruzando cor e gênero, é composto por mulheres negras (pardas e pretas), 54,5%. Elas também formam o grupo mais exposto à violência sexual, doméstica e outras formas de violência. Dados da Saúde mostram que, naquele ano, 47,9% das vítimas eram negras e 11,9% eram pretas – um total de 59,8%. Mais de 38% das mulheres agredidas eram brancas e quase 1% delas eram indígenas.

A taxa de mortalidade por assassinato de mulheres em 2022 foi de 3,2 casos por cem mil habitantes. O grupo etário mais exposto a homicídio são mulheres jovens, de 20 a 24 anos – 6,4 mortes por cem mil habitantes. De acordo com o Sistema de Informações sobre Mortalidade (Ministério da Saúde), 66,7% das vítimas eram negras – 60,3%, pardas; e 6,4% pretas. O total registrado das mulheres negras foi mais que o dobro das brancas: 32%.

O Relatório Anual Socioeconômico da Mulher traz 270 indicadores em sete eixos temáticos. Além dos dados relativos ao eixo temático “enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres”, o estudo mostra que as mulheres negras enfrentam condições mais adversas que as mulheres brancas e os homens de todas as cores em outras situações, como por exemplo no mercado de trabalho.

Força de trabalho feminina 

Quase 54% das mulheres e meninas brancas (14 anos ou mais) participavam do mercado de trabalho em 2022, e entre as mulheres pretas ou pardas a taxa era de 51,3% (dados da Pnad Contínua). A taxa de participação da força de trabalho feminina foi de 52,5%, enquanto a dos homens foi de 71,9%.

A taxa de informalidade foi maior entre mulheres e meninas pretas ou pardas: 42,8% contra 32,6% das mulheres e meninas pretas ou pardas. Como consequência, o rendimento do trabalho também revela discrepâncias, conforme o relatório do Ministério das Mulheres.

“Mesmo quando as mulheres estão ocupadas no mercado de trabalho, as desigualdades aparecem em sua menor remuneração. O rendimento-hora médio das mulheres era de R$ 16 no segundo trimestre de 2022, abaixo do estimado para os homens, de R$ 18. Homens brancos ganhavam em média R$ 23 por hora, e as mulheres brancas, R$ 19. Na comparação entre homens e mulheres de cor preta ou parda, a diferença era um pouco menor, R$ 2 por hora em média.”

A Lei 14.611/2023, estabelece que “a igualdade salarial e de critérios remuneratórios entre mulheres e homens para a realização de trabalho de igual valor ou no exercício da mesma função é obrigatória.” A norma prevê que na hipótese de discriminação por motivo de sexo e raça – assim como etnia, origem ou idade – caberá o pagamento das diferenças salariais devidas à pessoa discriminada, além de indenização por danos morais.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC) ingressaram com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a Lei 14.611/2023.

Para a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, presente ao lançamento do relatório, buscar a igualdade entre homens e mulheres faz parte do “processo civilizatório.”Se queremos democracia em um país civilizado, nós precisamos ter democracia, nós precisamos ter igualdade e nós precisamos ter justiça social”, disse a ministra.

Fonte: EBC GERAL

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