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Quem não chora, não mama: reclamação de deputados governistas contra secretários já está dando resultado

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POR THIAGO CABRAL

Acabou chorare

Nos últimos dias, o que mais tem se ouvido na Aleac são reclamações dos deputados da base governista contra os “secretários candidatos” do Governo Gladson. Mas as reclamações valeram a pena, chegaram aos ouvidos do governador, que prometeu tomar uma atitude drástica: exonerar ainda este ano quem quiser disputar cargo político em 2022.

Causa

A causa das queixas dos deputados é com relação ao uso da máquina para se promover. Segundo eles, alguns gestores têm usado suas pastas como trampolins políticos, o que bota em risco o mandato de quem já está dentro da Aleac e quer garantir a reeleição.

Consequência

A consequência das reclamações é um decreto que vai proibir a atuação de pré-candidatos nas secretarias de Estado. Pelo menos é o que garante o governador Gladson Cameli (PP), que disse hoje ao ContilNet que vai publicar o decreto na próxima semana, com o objetivo de impedir que qualquer um de seus secretários que pretenda disputar as eleições de 2022 continue à frente das pastas do Executivo. “Não vou esperar abril, não. Se quer disputar eleição, que saia do cargo antes e entregue os postos”, disse o governador.

Falta de quórum

A Câmara de Vereadores de Rio Branco foi palco de uma situação inusitada na manhã de hoje. O Projeto de Lei Complementar (PLC) referente à bonificação por alcance de metas para os auditores fiscais do município foi retirada de votação por falta de quórum. Para um projeto ser votado é necessário que ao menos nove parlamentares estejam presentes no Plenário, o que não ocorreu.

Debandada

Se no início da sessão, 12 vereadores estavam presentes, quando a PLC iria entrar em votação apenas oito vereadores permaneceram no plenário: Adailton Cruz (PSB), Antônio Morais (PSB), Emerson Jarude (MDB), Francisco Piaba (DEM), Ismael Machado (PSB), Lene Petecão (PSD), Raimundo Neném (PSB) e Rutênio Sá (PP). Como o presidente da Casa, N. Lima (PP), não pode votar, o quórum não foi batido.

Motivos

Alguns parlamentares alegam que caso o PLC seja aprovado, pode gerar um aumento de multas aplicadas pelos auditores fiscais, já que a bonificação está atrelada ao cumprimento de uma meta de R$ 130 milhões. A outra justificativa para o esvaziamento do Plenário, e consequentemente a não votação do projeto, é que se for aprovado, pode gerar a revolta de outras categorias, que não têm reajustes há anos.

CPI do Busão

Ainda no parlamento municipal, a CPI que vai investigar os problemas do transporte público na Capital deve avançar em breve. Já comunicados, os líderes dos partidos com representantes na Casa devem agora indicar os nomes para dirigir a CPI, que contará com cinco membros titulares e dois suplentes. Tá mais perto do que longe.

Impeachment

O presidente da Câmara de vereadores de Rio Branco e correligionário do prefeito Tião Bocalom (PP), o vereador N. Lima, quer submeter o pedido de impeachment contra o prefeito ao Plenário na próxima terça-feira (31). O pedido de impeachment foi protocolado na última segunda (23) pela advogada Joana D’arc, que alega que o prefeito cometeu crime político-administrativo ao “proteger” o secretário de Saúde Frank Lima, que é acusado de assédio sexual por servidoras da pasta.

Preocupado

Ao que tudo indica, o prefeito começou a ficar preocupado com a possibilidade do impeachment. Se quando foi protocolado o pedido, o discurso dos aliados de Bocalom era que ele não iria pra frente, agora já há articulações sendo feitas para que os vereadores não apoiem o prosseguimento do rito. É o perigo batendo na porta.

MP x Frank

O Ministério Público do Acre aceitou nesta quinta (26) as denúncias dos supostos assédios sexuais cometidos pelo secretário municipal de Saúde, Frank Lima. As denúncias foram feitas em julho por servidoras da pasta comandada por Lima. O MP deve agora apurar as queixas para saber se houve, de fato, os assédios.

Mais do MP

Outra investigação que o Ministério Público vai iniciar é sobre as diárias e viagens dos vereadores e assessores da Capital. Uma das justificativas para a investigação é que mesmo no período de pandemia, quando os cursos presenciais não eram recomendados, os vereadores continuaram viajando. Cada diária de um vereador custa aos cofres públicos quase R$ 1 mil, e como as viagens sempre duram mais de um dia, esse valor é multiplicado. A farra das viagens vai sofrer um duro golpe.

Já teve

Em agenda no Bujari, o ex-senador Jorge Viana (PT), que visitou o município ao lado do deputado federal Leo de Brito (PT), disse que o Acre virou a terra do “já teve”. O petista usou as redes sociais para alfinetar a gestão do governador Gladson Cameli. “Quem já viveu bons tempos, enfrenta os dias difíceis com mais certeza de que ‘o sol há de brilhar mais uma vez’, como diz a canção do saudoso Nelson Cavaquinho”, escreveu. Em outro trecho da postagem, JV diz que a população tem feito um esforço perseverante “para superar a tristeza de ver o Acre, mais uma vez, sendo ‘a terra do já teve’. Tantas coisas boas que fizemos ao longo de nossa história, e agora tudo está abandonado ou sendo destruído”, lamentou.

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Feijo: Homem que matou mulher a pauladas tentou simular suicídio e pendurou vítima pelo pescoço com corda

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Uma mulher indígena, identificada apenas por Zeza Kulina, de 38 anos, foi encontrada morta em um acampamento indígena às margens do Rio Envira, na Aldeia Nova Morada, em Feijó, na última segunda-feira (22). O suspeito pelo crime é o próprio marido da vítima, Josimar Pereira Kulina, de 40 anos, que teria matado a esposa a pauladas e simulado um suicídio.

A vítima foi encontrada já sem vida/ Foto: Extra do Acre

De acordo com o delegado Railson Ferreira, responsável pela investigação do caso, o casal estaria ingerindo bebidas alcóolicas e, após uma discussão, Josimar utilizou o cabo de um terçado para atingir a cabeça da vítima.

Após matar a mulher, ele teria tentado simular um suicídio, pendurando a vítima com uma corda no pescoço. No entanto, um médico da saúde indígena foi acionado e constatou que a morte de Zeza teria se dado por traumatismo craniano.

O laudo pericial também contestou a versão dada pelo suposto autor do crime e atestou a morte por traumatismo craniano. O indígena foi levado para a delegacia de Feijó, onde está preso aguardando audiência de custódia.

Veja o vídeo do delegado Railson Ferreira explicando o caso:

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Gladson afirma que não vai revogar decreto que reduz o tempo para promoção de militares

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O governador Gladson Cameli (Progressistas) comentou nesta terça-feira (23), durante o ato de promoção de praças e oficiais da Polícia Militar do Acre (PMAC) e do Corpo Bombeiros (CBMAC), acerca da recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em suspender o decreto que reduz o espaço de tempo para promoção de militares.

Durante entrevista, Cameli informou que não deverá acatar a recomendação, baseado nas conclusões da Procuradoria-Geral do Estado (PGE).

Foto: Juan Diaz/ContilNet

“Eu não vou acatar porque estou embasado com a PGE. A decisão está tomada e vou responder. Vou pedir para nossa equipe sentar com o Tribunal de Contas para fazer os esclarecimentos e tirar qualquer dúvida para que a gente não deixe de fazer a nossa política de valorização do servidor público”, destacou.

A recomendação foi assinada pelo presidente da Corte de Contas, conselheiro Ribamar Trindade, por meio de ofício encaminhado ao governador Gladson Cameli. O decreto estadual foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), na última quinta-feira (18). A recomendação ocorre após uma sugestão da Diretoria de Auditoria Financeira e Orçamentária do Tribunal (DAFO), que sugeriu a suspensão de qualquer ação derivada desse decreto, devido à possibilidade de violação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A preocupação é com o comprometimento excessivo da Receita Corrente Líquida (RCL) do Estado com gastos de pessoal, que ultrapassou o limite prudencial estabelecido pela lei.

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Uso da tecnologia reforça monitoramento, preservação e manejo florestal em unidades de conservação estadual

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Com 85% do território preservado, a questão ambiental tem sido prioridade no governo do Acre e, na última segunda-feira, 22, ganhou um reforço importante. Um termo de cooperação entre a Secretaria de Meio Ambiente e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vai empenhar mais de R$ 8 milhões na execução de estudos para geração e gestão do conhecimento em geoprocessamento, monitoramento ambiental e em unidades de conservação estaduais e fomento florestal.

O documento da cooperação foi publicado no Diário Oficial da União de segunda-feira e o valor também abrange ações de transferência de tecnologias com foco na capacitação de técnicos em uso de drones e de seus produtos para monitoramento de gestão florestal, em ferramentas de gestão territorial e etnopedologia (combinação de ciências naturais e sociais) com ações de comunicação e educação ambiental, visando ao apoio de formulação de políticas públicas para a atualização contínua do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do estado.

O montante deverá ser executado em 48 meses, a contar do dia da assinatura. O chefe da Embrapa no Acre, Bruno Pena, explica que há anos a empresa já atua em parceria com secretarias estaduais.

Termo de cooperação entre Sema e Embrapa vai capacitar técnicos para uso de tecnologias. Foto: Mauricilia Silva/Embrapa

“Vamos fazer também o zoneamento de algumas culturas, como milho e soja, para que o produtor saiba onde plantar, onde tem aquele solo que vai ter aptidão ou não para certas culturas. Mais recentemente, a Embrapa vem desenvolvendo algumas tecnologias com base em drones e inteligência artificial; a gente também vai fazer a aplicação disso, que é o Netflora”, relata.

O Acre sempre foi pioneiro em tecnologia aplicada na área florestal. Com o novo sistema desenvolvido pela Embrapa, é possível treinar algoritmos por meio de inteligência artificial, o que vai ajudar no manejo florestal e também vai ser um aliado na detecção de desmatamento e queimadas.

“Captamos imagens de sobrevoo da floresta, por meio de drone, e a equipe consegue, dependendo do número, mapear de mil a dois mil hectares por dia. Trazemos essas imagens para o computador e avaliamos. De maneira muito simples e rápida, a gente consegue identificar as espécies de interesse pela imagem, que vai nos mostrar exatamente qual é aquela espécie”, explica.

Nesse caso, o algoritmo vai ser um aliado no manejo dos açaizais nativos, assim como castanheiras, em apoio às comunidades extrativistas, por exemplo. “Além disso, podemos ensinar o algoritmo a identificar clareiras, derrubadas e queimadas. Então, a gente vai conseguir fazer um monitoramento muito preciso da floresta e a gente quer passar essa tecnologia para eles”, informa Bruno Pena.

A informatização desse trabalho resulta em benefícios como redução de tempo no trabalho de campo e também de risco ao se fazer um inventário manual.

“Uma equipe de mateiros bem treinados faz em um dia, se a equipe for muito boa e dependendo da floresta, a identificação dessas espécies em 20 hectares com o GPS no ponto que a árvore está e reconhece a espécie. Já com essa tecnologia, podemos ampliar para mil ou até dois mil hectares por dia. Isso reduz muito o custo, a necessidade de mão de obra, visto que causa até risco às pessoas que precisam passar vários dias na floresta fazendo todo o mapeamento. Vai reduzir muito o custo e acelerar todo o processo de inventário florestal”, informa.

A secretária de Meio Ambiente do Estado, Julie Messias, enfatizou que essa parceria é uma ação importante para que os conhecimentos sejam compartilhados em prol da população, principalmente das comunidades que devem se beneficiar diretamente com o acesso a essa tecnologia.

“A parceria com a Embrapa abrange uma série de atividades das diferentes áreas do meio ambiente. Foi construída com as equipes técnicas das duas instituições e visa à aplicação do conhecimento, por meio de políticas públicas, facilitando a tomada de decisões baseadas em evidências científicas. Essa abordagem colaborativa e tecnológica é essencial para enfrentar desafios ambientais complexos e promover ações eficazes ao desenvolvimento ambiental”, observa.

Algoritmo vai ser um aliado no manejo dos açaizais nativos, assim como castanheiras, em apoio às comunidades extrativistas. Foto: Embrapa

Tecnologia a favor do meio ambiente

Os novos métodos tecnológicos não são benéficos apenas para a gestão pública, mas também para a iniciativa privada, como a indústria que trabalha com manejo florestal madeireiro, uma das principais atividades que impactam na balança comercial.

“Já é usado no estado o Modeflora [Modelo Digital de Exploração Florestal], que foi desenvolvido entre 2007 e 2008 e visa reduzir o impacto ambiental do manejo florestal. Com um tempo, como temos essa expertise muito boa nessa área florestal, com a criação de novas metodologias, como drones, inteligência artificial, algoritmos e aprendizado de máquina, colocamos toda essa nova tecnologia para permitir fazer o manejo florestal ainda mais tecnológico, permitindo reduzir custo e aumentar a eficiência”, esclarece o chefe da Embrapa.

O Modeflora é um processo que utiliza tecnologias digitais para mapear a paisagem e gerar informações que facilitam o planejamento, a execução e o monitoramento da atividade de manejo florestal. Com isso, promove custos mais baixos para o produtor e menor impacto para o meio ambiente.

A empresa Laminados Triunfo é uma das indústrias que se beneficiam, desde sua implantação, das técnicas de manejo fornecidas pelo Modeflora. Inclusive, destaca que o estado foi o pioneiro a usar esse modelo digital de manejo florestal, atualmente em seis estados da Amazônia: Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Amazonas e Pará.

“O Modeflora nos proporciona agilidade, precisão e economia em todas as etapas da realização do manejo florestal, principalmente no momento de inventário das árvores existentes em uma área, através do uso de um aparelho de GPS, que fornece a localização exata das árvores”, destaca Paulo Roberto Parente, engenheiro da empresa.

Além disso, ele destaca que com esse método há a possibilidade de reunir e acompanhar muitas informações de maneira simultânea. “Existe um ganho de tempo significativo no uso das técnicas do Modeflora, pois o geoprocessamento da área, feito por softwares específicos, permite trabalhar com muitas informações referentes a uma região de maneira simultânea. Durante a execução do projeto, a localização das árvores a serem exploradas também se torna mais simples, bastando a utilização de um GPS para encontrar qualquer árvore que tenha sido inventariada na área, o que acaba proporcionando uma redução de tempo também”, acrescenta.

Tecnologias aceleram processo de inventários florestal. Foto: Felipe Sá/Embrapa

Estoque de carbono

Os avanços nessas tecnologias devem trazer, futuramente, dados ainda mais precisos sobre o estoque de carbono nas áreas do estado, como explica Bruno Pena, ao falar sobre o recurso Lidar (Light Detection And Ranging), um tipo de escaneamento a laser.

“A ferramenta consegue ter uma imagem tridimensional muito precisa da floresta e isso, futuramente, vai gerar modelo de biomassa e vai poder ajudar a gente a estimar estoque de carbono nas florestas e isso tá previsto dentro do acordo. E a ideia é que a Embrapa capacite os técnicos da Sema, para que eles possam também, por conta própria, aplicar essa metodologia”, diz.

Essa tecnologia gera o barateamento dos inventários florestais, necessários para aprovação dos planos de manejo florestal, assim como o planejamento de todas as operações florestais e, como consequência disso, a execução dos planos também é facilitada, uma vez que todas as atividades de campo ficam disponíveis para as equipes em formato digital.

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