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Acre

Redes sociais se tornam desaguadouro de denúncias que não são noticiadas em veículos de comunicação do Acre

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Da redação, com Ray Melo – ac24horas

A população não acredita mais nos veículos de comunicação do Acre. As emissoras de tv, rádios e jornais perderam a credibilidade e as redes sociais se tornaram o principal meio de comunicação para apresentação de denúncias e reclamações dos serviços públicos de saúde, segurança e educação.

Os denunciantes não escondem a insatisfação com a imprensa do Estado e atribuem a mordaça dos veículos de comunicação ao contrato de mídia que as empresas de comunicação mantêm com o Governo do Acre e com as administrações municipais que controlam a linha editorial das empresas.

A verba de mídia que a princípio era um assunto pouco comentado em outros tempos virou assunto dominantes nas postagens que vinculam denúncias. No Facebook, os denunciantes fazem questão de enfatizar que chegaram a procurar jornais e emissoras de TV, mas não tiveram seus apelos atendidos.

No dia 6 de setembro, a internauta Tathy Ferreira usou seu perfil para demonstra toda sua indignação com o atendimento público de saúde em Rio Branco. Ela relata que estaria agindo “em nome de muita gente que não tem coragem de reclamar desse descaso que ocorre em muitos hospitais do Estado do Acre”.

Ela publica ainda uma série de fotografias feita através de uma celular mostrando como os pacientes e acompanhantes são tratados no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB). “Venho mostrar o que anda ocorrendo neste local, onde dizem que paciente podem ter acesso à saúde de primeiro mundo”.

A internauta reclama da demora no atendimento. “Fui muito mal atendida. Funcionários superignorantes, tratando mal não só eu, mas outros pacientes. Isso é uma verdadeira falta de respeito. Quando chegou a hora de retornar para mostrar o resultado do exame não encontrei nenhum médico em seus consultórios”, diz Tathy Ferreira.

Outras pessoas também usam o Facebook para denunciar problemas na rede pública de saúde. O que não sai nas páginas de jornal nem é exibido nas telas de televisões ganha espaço generoso na internet. Os posts são compartilhados por internautas que repercutem o assunto e fazem o papel dos meios de comunicação “social”.

Uma denúncia que vem repercutindo e chamando atenção pelo número de compartilhamento é a de um ex-presidiário que sofreu uma tentativa de assassinato após sair do sistema prisional de Rio Branco. O material foi postado por Suziane Souza, que revela a falta de um especialista para fazer uma cirurgia no presidiário.

“Acabei de chegar do pronto socorro e me deparei com uma situação desumana. Encontra-se internado na enfermaria A, leito 138 – o jovem Alan Pereira da Silva, ex-presidiário. Alan sofreu uma tentativa de homicídio há 16 dias, foi alvejado do lado esquerdo do pulmão. Seu estado é gravíssimo, porém até hoje espera passar por um processo cirúrgico”.

redes_in2Segundo Suziane Souza, “o pulmão dele está apodrecendo e os médicos alegam que não tem médico especializado para fazer a cirurgia. A cada dia, Alan piora, sua família é muito humilde. Alan está entregue somente a Deus, mesmo dentro de um hospital não recebe a devida assistência, ele está perecendo a própria sorte”, revela.

A internauta finaliza fazendo um apelo: “o rapaz está morrendo. Não é por que ele já foi presidiário que mereça morrer, vamos compartilhar essa denúncia para que as autoridades tomem as devidas providências. Já pensou, isso poderia está acontecendo com alguém da sua família? Ajudem-me a compartilhar, por favor…”.

A rede social também é usada para denunciar problemas de infraestrutura nos bairros. Os moradores publicam fotos e fazem apelos em páginas de políticos. Aos poucos a internet está substituindo emissoras de rádio e de TV. Os jornais escritos também estão se tornando obsoletos para a velocidade das notícias.

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No Acre, os jornais impressos estariam sendo usado apenas para manter os contratos com a mídia oficial. A circulação dos jornais caiu vertiginosamente. Os portais de notícias se sustentam no embalo da notícia em tempo real. O que antes era visto apenas como mundo virtual está fazendo cada vez mais parte do mundo real.

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Acre

Obras do Asfalta Rio Branco avançam nas 10 regionais da capital acreana

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As obras do maior programa de infraestrutura viária já realizado na capital acreana, o Asfalta Rio Branco, avançam em ritmo acelerado pelas ruas das 10 regionais da cidade.

Um exemplo é a rua 7 de Setembro, no bairro Alto Alegre, parte alta da cidade. Na via pública, onde é um corredor de ônibus, a pavimentação já está em processo avançado e comemorado pelos moradores.

“O asfalto está ficando de primeira. Tinham muitos buracos na rua dificultando a passagem dos carros, das crianças, mas agora está ficando bom, as calçadas estão ficando bem feitas, o esgoto que escorria à céu aberto há mais de seis anos e agora está ficando tudo certinho, estão caprichando”, comemorou o morador e comerciante, Jhonatan Liberato.

A Prefeitura de Rio Branco investirá R$ 190 milhões no Asfalta Rio Branco que tem por objetivo atender todas as regionais da capital acreana com obras estruturantes na malha viária dos bairros e principais ruas e avenidas da cidade, além de recapeamento, construção e recuperação de calçadas, rede de drenagem, esgoto e água potável.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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Acre

Prefeito de Rio Branco visita Usina de Processamento de Resíduos, em São Bento do Sul, Santa Catarina

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O prefeito de Rio Branco esteve visitando, nesta segunda-feira (22), a Usina de Processamento de Resíduos (UPR), que fica em São Bento do Sul, Santa Catarina.

O local é referência em todo o país em reciclagem (Foto: Assecom)

O local é referência em todo o país responsável em transformar o lixo recolhido nas casas dos são-bentenses em diferentes tipos de materiais plásticos, como tijolos, tubos, pavers entre outros. O material pode ser utilizado em calçadas ou outras obras pelo município, inclusive na pavimentação. Na usina até 95% de todo o lixo recolhido é reaproveitado.

De acordo com o gestor a Prefeitura de Rio Branco pretende implantar o mesmo modelo na capital acreana.

“É um trabalho único que tem hoje no Brasil com o aproveitamento de até 95% do lixo, enquanto que na Europa esse aproveitamento é de apenas 65%. É um trabalho lindo”, informou o prefeito.

Fonte: Prefeitura de Rio Branco – AC

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Acre

Magistrados do Poder Judiciário do Acre visitam aldeias para interação com indígenas

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Visita faz parte da aula prática do curso “Direito dos Povos Indígenas e Poder Judiciário”, oferecida pela Escola do Poder Judiciário (Esjud)

Para reconhecer e valorizar a importância das culturas indígenas na sociedade, magistradas e magistrados do Poder Judiciário do Acre visitaram nesta terça-feira, 23, a aldeia indígena Kamanawa, na cidade de Cruzeiro do Sul.

A visita faz parte da aula prática do curso “Direito dos Povos Indígenas e Poder Judiciário”, oferecida pela Escola do Poder Judiciário (Esjud), que foi destinado aos novos juízes empossados recentemente na magistratura acreana e também aos magistrados discentes do mestrado em Prestação Jurisdicional e Direitos Humanos.

A atividade tem a finalidade de fazer com que os participantes interajam com os indígenas, vejam como é a vivência deles para que nesse processo de reconhecimento e valorização, seja promovida a justiça social e o respeito pelos povos originários, combatendo estereótipos e preconceitos que muitas vezes são associados a essas comunidades e, assim, contribuir para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária.

Segundo o presidente da Associação Geral do Povo Kone Kui, Levir, que representa a comunidade, são doze aldeias integradas na localidade somando 384 famílias. Somente na aldeia indígena Kamanawa, por exemplo, são 62 famílias.

“O povo Kamanawa tem iminência povo onça. É a maior aldeia que nós temos, realizamos nossos eventos culturais aqui nesse salão, atividade de medicina e espiritualidade. Para nós é uma honra receber esses juízes aqui na minha terra”, disse.

O curso “Direito dos Povos Indígenas e Poder Judiciário” é credenciado pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e é justificado em virtude de uma lacuna na grade curricular das escolas judiciais relativa ao conhecimento das realidades e das necessidades dos povos indígenas, em contraste com as visões projetadas pela sociedade.

Abertura da atividade

A tribo recebeu a equipe do Poder Judiciário do Acre: com dança, cantoria sagrada e mostra artesanal. O diretor da Escola do Poder Judiciário, desembargador Elcio Mendes enfatizou que a atividade envolve mais de 50% da magistratura do Estado do Acre.

De acordo com ele, a Esjud, junto à Presidência tem dado todo o apoio para a efetivação da atividade. Ele citou ainda o vice-presidente, desembargador Luís Camolez, e o corregedor-geral da Justiça, desembargador Samoel Evangelista, que beneficiam momentos como estes para entendimento e a vivência dos povos originários. Como forma de agradecimento, o desembargador pediu uma salva de palmas para os indígenas.

O vice-presidente do TJAC, desembargador Luís Camolez dividiu a felicidade de visitar o local. “Somos gratos por essa receptividade. Achei interessante que, durante a dança, todos sempre no sentido horário, o pé direito sempre à frente e um com a mão sobre o outro ou dado à mão no ombro seu. Isso representa irmandade e isso é muito importante. Espero que permaneça dessa forma. Através desses exemplos é que nós, homens brancos, tiramos muita sabedoria”, compartilhou.

A presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari, agradeceu a receptividade e destacou que o reconhecimento e a defesa dos direitos indígenas são essenciais para a preservação da identidade cultural e para a sustentabilidade das populações indígenas.

“Todos nós somos humanos e, em todos nós, deve palpitar a vontade se sempre fazer o bem para a nossa terra, para os nossos irmãos e famílias. Que todos aqui possam estar contribuindo para um mundo melhor. Um mundo de mais respeito, igualdade e de mais amor”, disse.

Novidades

Na ocasião, a presidente anunciou duas grandes ações a serem executadas pelo Poder Judiciário acreano. Uma delas foi sobre o programa de Residência Judicial. O programa abrirá portas de acesso para as comunidades indígenas, para além do aumento que será feito nas cotas raciais. Serão, a priori, 20 vagas na área de Direito e 20 vagas na área da Tecnologia.

Outra novidade anunciada pela desembargadora-presidente é referente ao Ponto de Inclusão Digital do Judiciário (PIDJus). Ela se comprometeu a instalar um PIDJus na aldeia para facilitar aos indígenas o acesso à justiça.

Conhecimento

No contexto do Judiciário há um aumento expressivo de ações judiciais, cada vez mais complexas, sofisticadas e profundas, as quais exigem de juízas e juízes uma formação orientada por uma abordagem transdisciplinar e multidisciplinar, a fim de prepará-las(los) cada vez mais para os novos temas que são judicializados. Por isso, a relevância da atividade destinada a demandas dos Povos Indígenas.

Desde questões relacionadas à demarcação de territórios, a conflitos ligados a impactos e procedimentos de grandes empreendimentos: mineração, hidrelétricas, avanço da fronteira agrícola, direitos de patentes, dentre outros.

Ao final do curso, os participantes terão suas habilidades e competências desenvolvidas para adotar uma postura dialógica com as diferentes partes e interesses de indígenas envolvidos no processo, utilizando os referenciais teórico-empíricos, precedentes judiciais e legislação que auxiliem na fundamentação das decisões judiciais, fazendo dialogar o Direito Internacional dos Direitos Humanos e o Direito Brasileiro.

A equipe foi composta também pelos docentes do curso de mestrado Patrícia Medina e Társis Barreto, além de Nedina Yawanawá e equipes da Diretoria Indígena da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre (Semapi), assim como, contou com o apoio do Estado do Acre. 

Os magistrados visitarão outra aldeia nesta quarta-feira, 23, porém, no município de Mâncio Lima.

Fonte: Tribunal de Justiça – AC

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