Cotidiano
Sem gás para cremações, até morrer vira um desafio na Venezuela
Venezuelanos passaram a escolher cremações, que custam cerca de um terço do preço, mas espera pode ser de até 10 dias. Falta de madeira e de metal para caixões e de cimento para os túmulos encareceu enterros tradicionais.
Angelica Vera, do Estado venezuelano de Zulia, no oeste do país, planejava cremar os restos mortais do pai após sua morte por câncer em novembro já que a hiperinflação levou o custo dos serviços funerais para além de suas possibilidades financeiras.
Mas o cemitério não podia oferecer o serviço de cremação pois não havia gás natural, que está em baixa oferta mesmo com as gigantescas reservas energéticas do país membro da Opep.
Ela também não conseguia deixar os restos mortais de seu pai no necrotério enquanto espera pelo fornecimento de gás. Cada dia a mais custa mais de um mês de salário mínimo.
Ela então recorreu à única opção disponível: deixar o corpo de seu pai em uma cova comum anônima, no final do cemitério, uma área tradicionalmente reservada para indigentes.
“Meu pai faleceu e eu não consegui nem fazer um velório porque eu não tinha como conseguir o dinheiro”, disse Vera, de 27 anos, que trabalha como caixa. “O que nós venezuelanos estamos vivendo é depreciativo”.
A decadência da indústria de petróleo da Venezuela atingiu cidadãos por meses com longas filas para abastecer e períodos de falta de gás de cozinha, e agora atinge as famílias que dão adeus a seus entes queridos.
Os venezuelanos passaram a escolher cremações, que custam cerca de um terço do preço de enterros, mas a demanda crescente viu os crematórios com dificuldades para obter gás natural.
Membros de uma dezena de famílias disseram em entrevistas que precisam esperar até dez dias.
Até agora, as covas comuns têm sido usadas em Zulia, onde os apagões e a falta de gás chegam a ser mais extremas. Mas os serviços em decadência em outro estados podem chegar a generalizar a prática.
Alta de preços
A falta de madeira e de metal para caixões e de cimento para os túmulos complicaram os enterros tradicionais. Algumas famílias esperam os crematórios obterem gás propano. Mas a espera também aumenta os custos, com a inflação anual chegando a 1 milhão por cento.
“O custo de cremação cresceu 108 por cento em apenas uma semana”, disse Ana Hernández, de 36 anos, que está se preparando para cremar sua irmã em um cemitério na cidade de Barquisimeto, no oeste do país.
A escassez de medicamentos, alimentos e produtos básicos é constante desde que o colapso nos preços do petróleo atingiu a economia socialista da Venezuela em 2014. Cerca de 3 milhões de pessoas emigraram desde 2015, de acordo com as Nações Unidas.
O presidente Nicolás Maduro culpa a “guerra econômica” liderada por adversários políticos com a ajuda de Washington. O Ministro da Informação não respondeu imediatamente por um pedido de comentário sobre as cremações.
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Gonzaga e Nicolau recebem atleta que representará o Acre na “Copa do Mundo” do fisiculturismo e destacam importância do esporte
O presidente e o primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), deputados Luiz Gonzaga e Nicolau Junior, receberam nesta quarta-feira (17) a visita do fisiculturista Everson Costa que irá representar o Acre no campeonato de fisiculturismo Mr. Olympia, que vai ocorrer em Las Vegas, nos Estados Unidos.
O presidente da Aleac destacou o papel do Legislativo no incentivo ao esporte no estado do Acre. Gonzaga lembra que a Aleac apoia atletas e torneios em todo o estado. O parlamentar disse ainda que Everson pode contar com apoio do Legislativo acreano.
“A Aleac sempre tem apoiado o esporte. Nós fazemos, inclusive, o maior campeonato feminino de futebol do Acre que é realizado em Porto Walter. E hoje ao recebermos o Everson e sua equipe é muito importante e ficamos feliz ao saber que ele representa tão bem o nosso estado nas competições nacionais e internacionais. A Aleac estará apoiando mais esse atleta que participará no final do ano de competição nos Estados Unidos”, disse Gonzaga.
O primeiro-secretário Nicolau parabenizou Everson e sua equipe pelas conquistas e destacou que a Aleac trabalha em parceria com o governo do Estado para incentivar a prática de esportes entre as crianças e jovens acreanos.
“É uma visita muito importante para a Aleac, pois se trata de um atleta acreano que vai morar em São Paulo e representar o Acre em competições internacionais. Quero dizer que a Aleac tem esse papel fundamental, junto com o governo do Estado, de apoiar o esporte acreano. Cada deputado hoje tem emendas que são destinadas para ajudar as prefeituras a incentivar crianças a praticarem esportes. O esporte é vida e traz motivação aos nossos jovens. Vamos continuar apoiando o esporte em nosso estado”, disse Nicolau.
O atleta Everson Costa afirmou que a competição que irá participar em Las Vegas representa a “Copa do Mundo” do fisiculturismo, onde os melhores do mundo participarão do evento. Ele agradeceu o apoio da Aleac para a disputa do torneio fora do Brasil.
“Esse campeonato representa a ‘Copa do Mundo’ do fisiculturismo, onde os melhores do mundo vão participar e vou estar lá representando o Acre ao lado do Ramon Dino. Quero agradecer ao presidente Gonzaga e o Nicolau pelo incentivo que nos deram para essa disputa”, disse Everson.
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Dirigentes da FEAV e da Fade programam reunião e devem estabelecer parceria
Os presidentes da Federação Acreana de Voleibol (FEAV), professor João Petrolitano, e da Federação Acreana do Desporto Escolar (Fade), João Renato Jácome, devem se reunir na próxima semana e estabelecer parcerias paras competições escolares em 2024 no indoor e na praia.
“Fiquei surpreso com a notícia do phdesporteclube.com.br de que a federação não quis uma parceria com a Fade. Na verdade, ocorreu um mal entendido porque o nosso esporte precisa desse acordo para um maior desenvolvimento. Vamos nos reunir e pensar no melhor para a modalidade no escolar”, declarou o presidente da FEAV, professor João Petrolitano.
Precisamos construir pontes
Segundo João Petrolitano, o esporte acreano, de uma maneira geral, precisa construir pontes e não muros.
“Podemos desenvolver muito o esporte acreano com ações combinadas. Esse processo precisa ser acelerado para podermos ter melhores resultados”, avaliou João Petrolitano.
Assembleia no Rio
João Petrolitano participou na manhã desta quarta, 17, no Rio de Janeiro, da assembleia geral da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV).
“Foi mais uma assembleia importante e teremos boas novidades para o nosso vôlei”, disse o dirigente.